Brasil em Eleições

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* Este texto surgiu trás algumas conversas com amigos do Brasil e da Galiza. Foi como uma resposta a questão de: que está acontecer nas eleições brasileiras? O por quê da sua importância?

Em minha humilde opinião, as eleições do Brasil, tomaram já uma deriva geopolítica global. Steve Bannon, antigo assessor do presidente Trump – começou sua campanha em pró dum Ocidente Ultra conservador. As elites encabeçadas pelo Sr. Rupert Murdoch, magnate da Fox, vão ajudar implementar este plano. Quebrado o sistema económico de dominação global financeiro em 2007-2008, com a queda de Wall Street- Certas elites, que levaram Donald Trump ao poder, acham única forma, do Ocidente, manter o controlo hegemónico passa por: reverter a globalização financeira – para travar o avanço da China no 2º Tabuleiro global – o económico (China tem demonstrado que em uma economia aberta, não tem rival – seu capitalismo financeiro estatal, derrotou já o capitalismo financeiro privado do Ocidente). Com o inicio já das duas primeiras fases da guerra global: guerra monetária e guerra cambial – a 3º fase a militar, pode entrar em qualquer momento em atividade.

No 1º tabuleiro, o militar, a Rússia se tem tornado um rival a considerar. A aliança Russa-Chinesa, alem de reforçar o poder militar – energético da China, com acesso as fontes russas – dispõe o xadrez global – em favor da Eurásia, preconizada por Alexander Dugin (e sua estratégia de unidade pardo-vermelha) em detrimento do Atlântico Norte.

Com a viragem, cada vez maior, das economias africanas e asiáticas – em favor da China – uma hipótese de América do Sul, virar em essa direção via BRICS, é impensável. Dai que o candidato da direita brasileira tenha o apoio de Steve Bannon .

Em realidade Bannon, tenta alongar sua onde de direita (chamada literalmente de “O Movimento”), mesmo a Austrália e a Ásia – num tentativa de contrarrevolta conservadora, para minar a influência comercial e política da China.

Assim que um trunfo do candidato da nova direita brasileira, supõe, a meu humilde entender, um entrelaçamento maior da dependência economia da América do Sul em favor de Washington.

Existe uma 3 via – mais custosa, mas possível – Criação dum Brasil economicamente independente, que permita criar uma independência do sul do continente. Somente viável com uma coligação, de todas as forças sociais, políticas, culturais – em torno dum novo acordo de estado – que ponha a independência em primeiro lugar, nas agendas.

Depois avançar na criação um amplo acordo de mercados Sul-Sul, com incidência no Sul da África e a Índia – com forte aposta na CPLP – Criando assim uma 3º via global de paz – em favor dum acordo – multilateral, que impeça estalar a guerra pela hegemonia, entre Ocidente e China-Rússia (dous poderes claramente totalitários – que mutuamente se alimentam).

E acho, sinceramente, esse caminho, passa por impedir conseguir o senhor Bosonaro a presidência do gigante do Sul – Pois acredito ele, ser um candidato muito favorável, ao poder dependente de Washington. Por isso minha opinião, é muito clara enquanto estas eleições vão ser de vital importância para à humanidade, em seu conjunto: pois elas iniciaram um avanço ou um travão na onda de totalitarismo conservador, no mundo.

Na Galiza um trunfo da direita mais conservadora na América do Sul, vai trazer o reforço na Espanha, das teses do partido ultra-espanhol VOX. Para evitar o crescimento de VOX, a direita tradicional espanhola – recolher-há parte destes postulados. Isso na Galiza, traz consigo, acelerar a pratica de imposição do espanhol, em detrimento do Galego-português (nossa língua comum. Sendo a Galiza o berço desta língua).

Depois de ter lutado séculos pela sobrevivência da nossa língua e cultura (desde que Galiza apoiou Afonso V de Portugal, em contra de Isabel de Castela – numa tentativa de criar uma poder templário em toda a Península Ibérica – resultado para nós, galegos, no padecer secular da chamada “Doma e Castração do Reino da Galiza” e os denominados “Séculos Escuros”. Ação que permitiria retirar a nobreza e clero galego, de todas as posições de poder – perdendo o galego-português a hegemonia cultural e sua culta escrita).

Pois bem, o dia 11 de Outubro o parlamento galego acaba de aprovar um acordo – para que o governo galego, peça a entrada da Galiza, como observador da CPLP (Acreditem senhores, que este grande passo, custou para nós séculos de luta, que não podem ser resumidos aqui).

Galiza é a grande mãe, da nossa obra. Berço da cultura galego-portuguesa, da língua comum e do ramo racial celta que na era zodiacal do carneiro, chegou mesmo a Gália Turca. Havendo uma Galiza de tradição celta também na mesma Polónia, – Ramo celta racial, que retrocede na era zodiacal de Peixes, quando se gesta o domínio germânico.

O mundo celta morre baixo a espada de Roma – Roma cai ante o poder germânico, que ainda comanda, a dia de hoje, o mundo.

Mas Galiza ficou isolada, sendo o Território celta mas sagrado junto a Irlanda… A genética estuda pela Universidade de Santiago, Londres e Trinity College de Irlanda, demonstram esta afirmação. Ao igual que os estudos megalíticos e linguistas… A velha língua Kallaica (da Gallaecia, atual Galiza e Norte de Portugal) – misturada com o latim deu no Proto-Galaico – deste nasceram duas línguas, com a extensão do poder medieval galego: ao oriente o castelhano e a ocidente o galego-português (segundo estudo magistral do nosso Insigne Mestre Carvalho Calero).

A Mãe Galiza, deu a metade do seu corpo, para que o Porto-calem (porto dos galegos) fosse transformado no Porto-Grial ou Portugal, pelo poder da Ordem do Temple, aliada a nobreça borgonhesa, que governava a Galiza Além Minho… Desta rama Brasil usufrutuou a tradição celto galaíca e lusitana, misturada com o resto das sementes do mundo: sendo Brasil o país da futura miscigenação, da qual há surgir um universo mais cosmopolita.

Qualquer tentativa global que reforce o poder do senhor Steve Bannon, reforça o poder dos senhores negros que na Espanha, querem acabar com o Galiza celta e a Catalunha, herdeira dos senhores Templários do Reino de Aragão (Jaime I de Aragão foi educado pelos templários e seu pai, Pedro II, morreu defendendo os Cátaros, contra as hostes negras do Papado. A rainha aragonesa Santa Isabel, que iria casar com o culto D. Dinis, nascera e se criara na mesma época, em que Arnaldo de Vilanova, expandia o poder da luz, pelo levante da península Celtibérica).

A nível mundial, acho que amor-sabedoria, precisa dum Brasil poderoso, que possa criar uma independência económica na América do Sul, trilhando um caminho do meio, no Hemisfério Sul – que irradie ate o Sul da África e na conexão pelo Índico – criando uma zona de interposição – em favor dum acordo global, pela paz – em contra da luta dos extremos: Poder financeiro privado Ocidental – Poder financeiro Estatal Oriental, da qual sempre se alimentam os senhores negros da guerra… Permitindo, assim, uma maior chance à humanidade.

Acho que é assim que o Brasil, pode iniciar a criação de sua grande obra – não tomando partido por um dos lados em confronto. Tarefa árdua, difícil, que levará um imenso esforço de muitos anos, mas não impossível.

Por certo Donald Trump, tem no Donald, incluído a raiz celta Donn – o senhor escuro que guardava o portão, de acesso ao mundo dos mortos – o Hades, celta. Somente dous Donalds, reinaram no mundo celta, os dous na Escócia – Donald I durou apenas 3 anos: morto violentamente. Donald II ficou conhecido na história escocesa – pelo Dásachtach – Rei Louco – ou tradução mais literal: Homem Violento.

Desculpem a extensão.

Grato pela atenção e compreensão.

Abraço fraternos irmãos e irmãs brasileiras e brasileiras. Pensem vem a quem entregam seu voto, não vai acontecer que com ele entreguem também a chave da sua alma…

Como afirmava o ilustre galego Alfonso Daniel Rodriguez Castelão: “O verdadeiro heroísmo consiste em converter os sonhos em realidade e as ideias em factos”

Não deixemos que as ondas escuras apagarem nossos sonhos… E esses sonhos na América do Sul, clamam pela Independência!