A Conselharia de Cultura da Junta da Galiza proíbe a utilização do português embora a lei de aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia que obriga à Junta a promover e fomentar o conhecimento da língua portuguesa entre os integrantes do poder público e os empregados públicos.
Tudo a meio de uma Resolução que inadmite um documento redigido em língua portuguesa pela Fundação Ernesto Guerra Da Cal. Esta apresentou um Recurso de Resolução em que utiliza os textos da lei de aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia para mostrar a arbitrariedade, capricho, ignorância, censura, desapreço e mesmo ódio contra todo o que nós somos, da Resolução emitida pela Conselharia de Cultura da Junta da Galiza que obriga a redigir em uma das duas línguas oficiais da Galiza, dando-se o paradoxo de que a oficial e denominada língua galega é intercompreensível com o português como estabelece a lei de aproveitamento da língua portuguesa. Isto é, toda a secular literatura galega fica proibida por não estar redigida em uma das duas línguas oficiais na Galiza.
Embora a dificuldade dos textos legais, achamos de muita importância a publicação e leitura do Recurso de Reposição a seguir porque faz um retrato do estado atual de liberdade ou democracia relativo à utilização na Galiza da nossa própria língua e cultura que não é outra do que a portuguesa.
Também chama a atenção o silêncio, a falta de iniciativas democráticas contra esta proibição de todas as pessoas ou coletivos que apoiaram e defenderam a dita lei de aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia. Tudo foi posto em conhecimento das pessoas alegadas representantes democráticas dos parlamentos galego, português, espanhol. Reiteradamente demandada qualquer iniciativa contra a proibição do português da parte do Conselheiro de Cultura Sr. Romão Rodrigues.