Eu lembrava os artigos que publicamos sobre o tema em Irimia já pelos anos 80. Um fazia-se a pergunta “Centrais nucleares ¿si ou non?” (1982) e concluía claramente em contra delas. Primeiro pelo enorme perigo dos acidentes; falava-se só do de Harrisburg (Pensilvânia-USA, 1979), pois ainda não chegaram os de Chernóbyl (Ucrânia, na URSS), 1986 –o pior da história, com uma energia nuclear libertada 500 vezes maior que a da bomba de Hiroshima, com centos de mortos nos meses seguintes, a evacuação de 116 000 pessoas e um alarme pela radioatividade em 13 países– e o de Fukushima em 2011. E segundo, pelo problema dos resíduos atómicos; concretamente na Fossa Atlântica, a só 200 km de Fisterra. Outro, após Chernóbyl (“Silencio nuclear”, 1986), pelo silêncio do governo soviético, em parte mantido até hoje, e o de USA e outros governos pelos seus acidentes nucleares.
Um fazia-se a pergunta “Centrais nucleares ¿si ou non?” (1982) e concluía claramente em contra delas. Primeiro pelo enorme perigo dos acidentes; falava-se só do de Harrisburg (Pensilvânia-USA, 1979), pois ainda não chegaram os de Chernóbyl (Ucrânia, na URSS), 1986 –o pior da história, com uma energia nuclear libertada 500 vezes maior que a da bomba de Hiroshima, com centos de mortos nos meses seguintes, a evacuação de 116 000 pessoas e um alarme pela radioatividade em 13 países– e o de Fukushima em 2011. E segundo, pelo problema dos resíduos atómicos; concretamente na Fossa Atlântica, a só 200 km de Fisterra.
Lembro bem a propaganda que chegava daquela à minha casa para convencer-me das excelências da energia nuclear, que ocultava estes perigos e falava da sua rentabilidade. Porém, por cima dessa rentabilidade… a gente quer viver; por isso a desconfiança popular de viver ao lado duma central. Atualmente França e o lobby nuclear volvem sobre a necessidade delas pela demanda de energia. Mas o problema não será, pelo contrário, que produzimos e consumimos sem jeito, muitas vezes coisas totalmente desnecessárias? Ante tais riscos, ademais da busca doutras fontes de energia, a alternativa não devia ser o decrescimento, produzir e consumir menos?
[Este artigo foi publicado originariamente no Nós Diario]