Que acontece com as árvores?

Partilhar

Que acontece com as águas nas cidades? LUGO Exemplo de mal trato.

Recentemente em Lugo às árvores de Santo Domingo foram ameaçadas por uma remodelación da praça. Afortunadamente, a cidadania responsável unida a favor de conservar suas árvores reagiu conseguindo travar a desfeita e, de momento, as árvores permaneceram adornando uma das praças mais bonitas de Lugo.

Mas a ameaça nunca para. Agora as magnificas magnólias da praça de Campo Castelo estão em grave risco. Para remodelar o que chamam parque infantil estão sendo atacadas. Seu tronco foi coberto de plástico verde na sua base, o que pode por em risco seu bem estar e inclusivamente sua sobrevivência. Estas magnólias estão protegidas polo PEPRI . Têm a máxima proteção ao mesmo nível que pode estar o edifício do Concelho. Estas magnólias têm mais de 70 anos. Para muitas dos habitantes desta cidade são as indicadoras da chegada da primavera em Lugo. Suas flores rosadas e brancas estoupam ao chegar o mês de abril e ficam nas árvores todo o mês antes de que saiam as folhas. Suas pétalas formam uma alfombra que pouco e pouco vai cobrindo o chão e ceiva para o ar seu reacendo suave e doce. As magnólias do Campo Castelo fazem parte das nossas vivencias infantis e juvenis. Fazem parte da nossa cidade. O mau tratamento à que estão submetidas preocupa a muita da cidadania, visto o pouco respeito que os funcionários do Concelho e os políticos/as têm para as nossas árvores. Há pouco tempo foram cortadas uma nogueira, dous chopos e vários plátanos de sombra na Avenida Breogan, a beira do Instituto Leiras Pulpeiro. As terras férteis que formavam as hortas ( agras) tão necessárias para fornecer alimentos sãos e de proximidade à cidade agora cobertas de cimento e o rio chamado de Abelha parcialmente entubado. Querem fazer um estacionamento chamado dissuasor. Uma ironia política. Para cumprir com as normativas europeias de evitar a entrada de automóbiles nas cidades destruí-se o ambiente, as terras, os rios e cortam-se árvores num engano pois este estacionamento será para atender as necessidades dos complexos sanitários e educativos que se estão a construir na zona.

Este rio que nasce na praça do Castinheiro, foi afogado desde o seu nascimento controíndo por cima dele vários prédios. O Centro Comercial da zona precisa de bombear água constantemente pola humidade permanente que existe em seus baixos. Na Praça do Castinheiro estão a ter graves problemas de inundação por terem ignorado as nascentes das águas da zona. Ainda que sabemos que o antigo aqueduto tinha lá suas origens. Desde ADEGA não paramos de queixar e denunciar o desapreço às águas e as árvores da cidade num momento em que a crise ambiental ameaça gravemente o ambiente da Terra e o nosso bem estar e da maioria de espécies animais e vegetais. Árvores e águas vão juntos. As árvores filtram as águas, atraem as chuvas controlam os esgotos, mantêm as beiras dos caules, temperam o clima, abrigam multitude de espécies que colaboram no equilíbrio do ecossistema. E dão-nos sombra e bem estar.

Como cidadãos responsáveis temos a obriga de cuidar da nossa cidade e de exigirmos a nossa classe política que cumpra com este compromisso superior a qualquer outro. Manter as nossas árvores em bom estado cuidar delas e aumentarmos as que já agora há. Cuidar dos cursos de água, respeita-los e fazer que cheguem ao mar no melhor estado possível é objetivo da Diretiva Marco da Água que rege para todos os países europeus. Denunciaremos as más práticas ambientais a todas as instâncias a nosso alcance para cumprir estes objetivos. E pediremos à cidadania ajuda para estes fins.