Plano Eólico : Traição a Galiza

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A nossa história está cheia de traições e de fatos heroicos. Classes populares defendendo a sua Terra e senhoritos e fidalgos a olhar para as cortes de Madrid na procura de privilégios. Ainda, esta é a Pátria do Padre Feijoo, de Sarmiento, de Rosalia, de Curros, Castelao e um longo elenco de pessoas fieis a Galiza. Como as plataformas e associações umas integradas em Eolica Asi Non outras noutros coletivos. O que está a acontecer agora é um assalto total ao País. Memoria guardada nas montanhas, regos e manto freático em perigo, aves ameaçadas, muitas já matadas polas aspas assassinas, saúde da vizinhança posta em perigo. Se Galiza cobrasse proporcionalmente aos benefícios das elétricas, agora seriamos bem ricas. Pois temos até agora 3.900 Mw em eólica mais 3.434Mws de hidráulica. Mais 1.309Mw aprovados em dous meses e 11.700 em fase de trâmite. Agora há 4000 aerogeradores em mais de 180 parques eólicos por toda Galiza. 300 novos parques estão projetados. Mas parece que o nosso sacrifício não lhe abunda à metrópole insaciável.

Se Galiza cobrasse proporcionalmente aos benefícios das elétricas, agora seriamos bem ricas. Pois temos até agora 3.900 Mw em eólica mais 3.434Mws de hidráulica. Mais 1.309Mw aprovados em dous meses e 11.700 em fase de trâmite. Agora há 4000 aerogeradores em mais de 180 parques eólicos por toda Galiza. 300 novos parques estão projetados. Mas parece que o nosso sacrifício não lhe abunda à metrópole insaciável.

Onde não se vai por nenhum parque eólico embora ser Madrid a maior consumidora de eletricidade. Galiza vai ficar cruzada de linhas de alta tensão e todas as nossas montanhas ficaram crucificadas de ventoinhas. A paisagem mudará de vez e para sempre e reduzir-se há a biodiversidade, os aquíferos, a memoria da nossa ancestral cultura guardada nelas e a nossa riqueza global. Já foram sacrificados os nossos rios com a consequente perda generalizada de riqueza ambiental e de capital humano. Empurrado a emigrar pola confiscação da sua terra. No caso de Lugo a perspetiva é dramática. Esta cidade bi-milenária, a mais antiga de Galiza, ficará totalmente rodeada de aspas girando permanentemente sobre as montanhas que a circundam. Os Ancares e seus aquíferos que fornecem água para os núcleos das abas e para a cidade de Lugo ficarão derramados, poluídos ou perdidos. O Picato emblemático levará 11 aerogeradores dos que vários vão sobre montes vizinhais. Em Monte da Meda vai um no Monte de Varas que tradicionalmente era aproveitado pola vizinhança. O Concelho de Lugo numa atuação sorrateira inclui-o no inventário de bens no ano 2005. Nosso Concelho deixou passar sem intervir para defender-nos. Tentará cobrar polo moinho que vai nele e mais polo uso da pista de instalação?

Muras, o concelho de maior ocupação eólica da Galiza reduziu a sua população desde 1998 a 2020 de 1200 a 600 habitantes. A Terra Chá segunda em ocupação eólica perdeu 10.000 habitantes em quanto a potencia instalada nunca deixou de subir. Denunciamos que este é um modelo económico colonial.

Os montes de Guntim também vão ser afetados como as águas que neles nascem. A Declaração de Impacto Ambiental é um disparate mas foi admitida pola “Xunta”, ainda que as zonas tampom da Reserva da Biosfera sejam ocupadas e o humidal que está no cume, catalogado polo IBADER não figura na DIA. Por cima das montanhas que nos protegiam irão aerogeradores com um voo de mais de 60 metros. Um apelo a cidadania é necessário. A Xunta vendeu por nada os nossos montes. A riqueza que destroem nunca vai compensar a miséria que pagam pola ocupação do território que passa de ser agrícola para industrial. Esta industria só traz riqueza para as empresas extrativas que nos vendem a eletricidade e ás que o governo lhes permite marcar o preço. Muras, o concelho de maior ocupação eólica da Galiza reduziu a sua população desde 1998 a 2020 de 1200 a 600 habitantes. A Terra Chá segunda em ocupação eólica perdeu 10.000 habitantes em quanto a potencia instalada nunca deixou de subir. Denunciamos que este é um modelo económico colonial. Defendemos a auto-suficiência, validando os montes vizinhais como comunidades energéticas, reduzir o consumo potenciando o transporte público para limitar emissões de C. Reclamar as competências para Galiza do Trem recolhidas no nosso estatuto para termos umas comunicações baratas eletrificadas com a nossa energia. Transparência nas negociações dos parques eólicos e das hidroelétricas. Quanto recebe a Xunta por cada Kw instalado? Quanto deveria receber cada habitante da Galiza polo prejuízo ambiental da usurpação do Território? Quem indemniza as aves, morcegos e biodiversidade destruída? Esta não é energia limpa. É um negocio contra o povo e a biosfera.