Vite de Compostela. A comunidade (auto-)construída, de Joel Gômez

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Na quarta-feira, dia 19, às 19h da tarde, foi apresentado Vite de Compostela. A comunidade (auto-)construída na Biblioteca Ângelo Casal, em Santiago de Compostela. É a nova obra do jornalista e escritor Joel Gômez, amplamente conhecido pelo seu trabalho investigativo.

Meia hora antes de iniciar-se o evento, o salão de atos da mencionada biblioteca começava a vibrar. As pessoas, como formigas, ocupavam os assentos e o corredor com o seu alegre parolar. O autor, prazeroso e entusiasmado, partilhava palavras com cada uma, até o início da comunicação. Eu, por acaso, fui cúmplice da celebração, já que foi no dia antes que soube da apresentação do amigo Joel. Felizmente, consegui chegar e roubar-lhe uns minutos antes de começar-se a liturgia livresca. Sorrindo, mostrou-me um poema do professor Carvalho Calero, que ocupava uma das páginas do exemplar que tinha na sua mão. Notificou-me que, à saída, toda a malta teria a oportunidade de pegar cada um o seu próprio volume, de graça. Agradecido, sentei-me na minha cadeira e esperei a que encetassem a introdução.

Felizmente, consegui chegar e roubar-lhe uns minutos antes de começar-se a liturgia livresca. Sorrindo, mostrou-me um poema do professor Carvalho Calero, que ocupava uma das páginas do exemplar que tinha na sua mão.

Subiram o degrau que separa a plateia do púlpito, na hora concertada, as investigadoras Paula Ballesteros e Cristina Sánchez, editoras do volume, acompanhadas do autor. Após saudar a audiência e de apresentarem os participantes, incitaram várias pessoas do público para darem a sua opinião sobre o livro, questionando-as sobre quais seriam as palavras mais representativas para sintetizar o seu conteúdo. Explicaram em que é que consistiu o projeto e como foi o seu contacto com o Joel para realizar o trabalho. Findada esta parte introdutória, cederam a palavra ao autor do livro, que explicou com esmero os detalhes do mesmo, lembrando quando se iniciou, o tempo que demorou a gestão das fontes e outros detalhes importantes.

O evento foi um sucesso, o sala ficou cheia e as pessoas chegaram até a mesa para receber o seu exemplar com a dedicatória do Joel. O estudo foi impresso na Sacauntos e publicado sob o carimbo da editora Companha. A capa branca e simples, sem desenhos ou adornos, desvela a típica sobriedade esperável num volume de ensaio destas características. O tamanho é generoso, quase 300 páginas, com uma bibliografia abundante e redigido na norma AGAL. Ficou clara a simpatia das investigadoras ao movimento reintegracionista, uma delas agradecia com um “obrigado” após o seu discurso. Aliás, várias das pessoas presentes, sem nenhum tipo de ligação com o mundo filológico, leram o livro ou parte dele e não mencionaram nada a respeito da norma utilizada.

O tamanho é generoso, quase 300 páginas, com uma bibliografia abundante e redigido na norma AGAL.

Enfim, que cheguem mais obras como esta, a normalização do galego como língua de ensaio longe do plano filológico e a normalização da norma que nos une com o espaço linguístico ao que pertencemos.