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Feixe Levián, um livro de poemas inédito de Ricardo Carvalho Calero

A poesia do polígrafo Ricardo Carvalho Calero teve, junto com a sua biografia e ensaios, grande relevância durante o ano 2020, por lhe ser dedicado o Dia das Letras Galegas.

Foram publicadas duas antologias, uma em 2019: Antologia da poesia em galego: Ricardo Carvalho Calero, na Através editora e editada por mim e, no ano 2020: Ricardo Carvalho Calero. Beleza, Verdade. na editora Chán de Pólvora, editada por Pilar Palharês. Posteriormente, neste ano 2022, Pilar Garcia Negro e Manuel Castelao publicaram a obra completa de Carvalho Calero, na qual estavam os livros de poemas que tinham sido impressos durante a vida do autor e o póstumo Reticências….
Porém, trabalhando na minha tese de Doutoramento sobre a poesia do senhor Carvalho, achei no Arquivo Carvalho Calero do Parlamento Galego um volume jamais publicado. Estou a falar de um poemário inédito cujo título é Feixe Levián (1934-1948). Está composto por 61 poemas, dos quais 38 são inéditos. Os restantes foram publicados em jornais, revistas e noutros livros do poeta.

Estou a falar de um poemário inédito cujo título é Feixe Levián (1934-1948). Está composto por 61 poemas, dos quais 38 são inéditos. Os restantes foram publicados em jornais, revistas e noutros livros do poeta.

Este poemário tem a sua história. Foi enviado a Buenos Aires para participar num certame do Centro Galego que tinha sido convocado em 1948 e cujos ganhadores foram, em 1949, Dictino del Castillo Elejabeitia e José Díaz Jácome. Feliz ou infelizmente, das quatro cópias que foram feitas, só conservamos uma, a única que não foi enviada para o país sul-americano e que agora mesmo tenho o prazer de observar e analisar. De momento, e para comprazer os vossos olhos, partilho convosco o poema (inédito) que abre o poemário, com a sua transcrição e a capa do livro. Estou a elaborar um artigo com todos os detalhes sobre esta obra, que não tardarei em publicar, lá podereis saber mais sobre assunto se tiverdes interesse. Bem-haja a todas e todos.

Modelar quero o meu verso
como ti fas a túa cunca,
barreiro de Niñodaguia.

Se en traballar antre límites
a mestría recoñécese,
quero o meu verso facer
como fror de artesanía,
adeprendiz do meu grémio.

Non alcendidos os ollos
n-unha fremosa tolemia,
no peito abalando o deus,
profetizar alleado;
chafarís escintilante
a abrollar, arbre de luz.,
dende a raigaña do sono.

Pranta e alzada previstos,
letra encol de letra, así
o meu verso erixiréi
arquitectónicamente.

Non bouta de groria, non,
nen pináculos de orgulo,
nen oxivas de ousadía.
Humilde arco tem de ser
o meu verso, angueira fiel
de mester de artesanía.

Verso no torno adoado,
de faterna frorecido.

Como ti, barreiro, fas
do barro que te arrodea
o teu cazolo sinxelo,
da miña arxila teimosa
quero o meu verso facer,
com afinco, com suor,
com homildosa cobiza.

Que dormente o deus en min
e o artesán se erga e traballe.

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