Galiza: O Entroido vem a caminho com a Festa dos Reis da Mezquita

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A Festa dos Reis é considerada a tradição mais típica do concelho da Mezquita, realizada mais afincadamente nas localidades da Mezquita e de Chaguazoso.

Realiza-se no início de janeiro e marca também o começo das festas pagãs que culminam nos entroidos, em fevereiro, tão conhecidos na Galiza e no Norte de Portugal. A Festa dos Reis perdeu-se na década de setenta do século passado, mas em 1985 reavivou-se a tradição e acontece ininterruptamente desde então.

Realiza-se no início de janeiro e marca também o começo das festas pagãs que culminam nos entroidos, em fevereiro, tão conhecidos na Galiza e no Norte de Portugal. A Festa dos Reis perdeu-se na década de setenta do século passado, mas em 1985 reavivou-se a tradição e acontece ininterruptamente desde então.

Atualmente, a Festa dos Reis desperta muito interesse no meio académico, já que existem inúmeras teses e trabalhos sobre o assunto.

Os responsáveis da Festa são o Rei e o Virrei, figuras que são nomeadas com dois anos de antecedência. É importante salientar que o Rei é um homem solteiro e o Virrei é um homem casado, e no momento da nomeação são colocadas as respetivas coroas.

A evolução social também tem sido importante na realização desta importante tradição, já que antigamente a Festa tinha algumas atitudes machistas como a proibição da participação das mulheres, mas hoje em dia, nalguns casos participam totalmente nas atividades e noutros são realizadas festas alternativas.

No primeiro dia da Festa dos Reis é a “Nomeação dos Ofícios”, a “Matança da vitela” e a “Cantiga dos Reis”. No segundo dia toca “Pedir os Reis” e no terceiro é o “Dia dos Convidados” onde participam as pessoas que são de fora do concelho. No quarto dia realiza-se a tradicional “Corrida dos Galos” e consistia em matar um galo que estava pendurado no meio da rua com um pau e homens montados em burros, esta atividade também é um exemplo da evoluçãosocial da Festas dos Reis já que antigamente os galosutilizadosestavamvivos e hoje em dia utilizam-se galos de borracha. O último dia é o “Dia da Parranda”, dia em que se nomeia o Rei e o Virrei para dois anos depois.

Carlos Sousa, Rei da Festa deste ano, e Tamara Ballesteros, uma das responsáveis da organização, em declarações ao jornal La Región, no dia 5 de janeiro, referiram que já foram cantar os reis “casa por casa da Mezquita e hoje fomos pedir o aguinaldo e para pedir o aguinaldo acompanham-nos os zamarreiros que quer dizer que começa o entroido ourensán. No último dia, o dia da Parranda fazemos um desfile pela Mezquita com todas as pessoas que participaram na Festa, o Rei e o Virrei”.

A Festa dos Reis da Mezquita nada tem a ver com a conhecida celebração, ligada às práticas cristãs, que se realiza em praticamente todo o território espanhol, já que a da Mezquita, por sua vez, marca o início do entroido da província de Ourense.