As aldeias das leitoras (I): O Seixo

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Com os primeiros artigos do blogue fôrom chegando também mensagens de leitoras que perguntam polas suas aldeias, assim que intentaremos ir dando resposta conforme podamos e saibamos, pois a restriçom às comunicaçons dos presos políticos no Estado espanhol é a que é. Esta é a primeira: A seareira deportivista Pilar Bermúdez Antelo, filha dum homem nado no Seixo de Mercurim, di que quer saber mais sobre a aldeia do seu pai. Este lugar, conforme explica a minha avoa Valentina da Vitória, conformam-no as seguintes cinco casas: a de Margarita, a de Feliciano, a do Guarda Civil, a de Carminha de Ramas e a de Segundo de Manhufe.

Como topónimo, o Seixo é frequentíssimo na Galiza e Portugal, e a palabra vem do latim saxum ‘rocha, penedo’, polo que o topónimo fai alusom a umha terra mui difícil de lavrar pola grande presença de pedra de quarzo. Di o filólogo Sestay, que a forma em singular do topónimo, O Seixo, “pode fazer referencia directa a unha gran pedra, a un penedo, non aos seixos de cuarzo nin ás terras seixentas”[1].

Letreiro no Mesom do Vento para chegar á aldeia do Seixo de Ardemil
Letreiro no Mesom do Vento para chegar á aldeia do Seixo de Ardemil

O Seixo também é um lugar de Ardemil –berço da raça das Bouzas, jornalistas e actrizes-, o primeiro polo que entra o Caminho Inglês no concelho de Ordes nada mais passar a pequeníssima freguesia de Sam Lourenço de Bruma. Ainda, temos na comarca outro Seixo, este sem artigo, em Sam Romám de Passarelos, e um Seixám em Cavaleiros (segundo parece ver-se na cartografia do IGN, pois nom vem no Nomenclátor), topónimo que semelha lamentar um terreno mui abundante em seixo, um “terreno seixám”.

[1]Iván Sestay Martínez, Toponimia do Val do Fragoso, Vol. 2. Lavadores, Vigo, Universidade de Vigo, 2010, p. 168.

Publicado em Aldeias de Ordes, 26,03,2018.