A coruja de Minerva

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Para Jéssica e Rebeca

letreiro-coruxo

Á aldeia de Corujo dava-lhe muita importância o irmandinho Eugénio Carré Aldao, quem recolhe na Geografía General del Reino de Galicia que, naquela altura (década de 1920), esta era a de maior entidade da freguesia de Barbeiros, com 46 habitantes1. Aliás, o Corujo estava situado num importante caminho vizinhal da época, o que unia a vila de Ordes com o concelho de Frades, passando polos lugares de Lavandeira e Senra, em Poulo; e por Corujo de Barbeiros e Reboredo de Galegos2.

Corujo é um zootopónimo referido a esta ave (Tylo alba) de grande importância na cultura popular, enquanto noctámbulo e mansageiro da morte. A etimologia de coruja nom está de todo clara, embora se constume apontar a duas possíveis origens, quer do latim antigo *corugiam; quer do latim *corusceam, derivado de coruscam, ‘resplandecente, brilhante’, pola olhada característica deste pássaro. Há, nom sei se dentro dos limites de Bascói ou Messia, um lugar chamado a Corujeira quem nom recolhe o Nomenclátor; e também aparecem na microtoponímica um as Crujeiras em Beám, lindando com Pereira; um Riba das Crujeiras no linde entre as paróquias de PereiraMontaos e Deixebre; e um o Corujeiro em Restande. De todos estes topónimos há que lembrar o apontado por Sestay para corujeira: que “tem o significado de ‘lugar casteirento e pedroso, moi enfesto’, metáfora, porque as curuxas adoitaban vivir e aniñar en lugares con estas características”3.