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Mário J. Herrero Valeiro ganha o Glória de Sant’Anna 2015

Mário Herrero
Mário Herrero

«Não é um prémio individual, é um prémio para todos nós. Para aqueles que abriram caminhos». São as primeiras declarações do galego Mário J. Herrero Valeiro às poucas horas de conhecer que era o ganhador do prémio literário Glória de Sant’Anna 2015, distinção conseguida graças ao poemário Da vida conclusa(O Figurante Edicións). Conforme noticiado no PGL, o outro finalista foi o moçambicano Mbate Pedro, com Debaixo do silêncio que arde (Índico Editores).

O reconhecimento para o autor galego chega, precisamente, na primeira edição do certame aberta à participação da Galiza e outros territórios da Lusofonia, novidade que visa reconhecer «a importância cultural coletiva e as ligações históricas de todo o espaço Lusófono».

Capa de 'Da vida conclusa'
Capa de ‘Da vida conclusa’

Como recebe um autor galego a notícia de um prémio num certame aberto a toda a Lusofonia? «Resistimos. Persistimos. E agora também existimos. Não é um prémio individual, é um prémio para todos nós. Para aqueles que abriram caminhos (por exemplo, o João Guisan, há já muitos anos) e para aqueles que tentam manter os caminhos limpos, na Galiza e fora dela», explica. Mas também é um reconhecimento «para todos aqueles que teimam em escrever contra o silêncio e contra os silenciadores. Para grandes poetas invisíveis como o Pedro Casteleiro. Para aqueles que escreviam poesia na norma internacional da nossa língua há vinte e cinco anos. E publicavam livros. E publicam livros». Todas estas pessoas ainda «resistem, persistem e existem. Porque nós sim somos os que escrevemos livros que não lê ninguém. Que não lê ninguém? Com certeza? É um prémio grupal. Para a nossa pequena sociedade civil», incide.

Por último, o autor explica que a participação no certame foi uma proposta de Alberte Momán, d’O Figurante Edicións, razão pola qual «é também o seu prémio», agradece, ao tempo que alarga o sentido destas palavras também ao júri do II Prémio O Figurante.

O prémio

O Prémio Literário Glória de Sant’Anna foi instituído em 2012 em memória da poeta e prosista Glória de Sant’Anna (Lisboa, 1925 – Válega, Ovar, 2009), que viveu em Moçambique de 1951 a 1974. O galardão tem o valor de três mil euros e é destinado ao autor ou autora do melhor livro de poesia em língua portuguesa.

Em edições anteriores, o prémio foi concedido a dois escritores moçambicanos, Eduardo White, que venceu em 2013 com a obra O Poeta Diarista e os Ascetas Desiluminados, e Gisela Ramos Rosa, que venceu em 2014 com a obra Tradução das Manhãs.

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