
O moçambicano Mbate Pedro e o galego Mário Herrero são os autores finalistas do certame literário Glória de Sant’Anna 2015, precisamente na primeira edição em que o certame se abriu à Galiza e outros territórios da Lusofonia. Herrero chega à final do prémio com Da vida conclusa, editada por O Figurante Edicións, enquanto Pedro o faz com Debaixo do silêncio que arde, com carimbo de Índico Editores.
Como indicado, esta terceira edição do prémio, instituído em 2012, é a primeira em que se abre a todas as regiões lusófonas. Aquando o anúncio da nova edição, o pintor Rui de Paes, em representação da família de Glória de Sant’Anna e entidades patrocinadores, explicou

que «a língua permanece como elo de ligação entre lugares dispares» e que lhe parece natural que o prémio «passe também a incluir as regiões lusófonas e reconheça a importância cultural coletiva e as ligações históricas de todo o espaço Lusófono».
O Prémio Literário Glória de Sant’Anna foi instituído em 2012 em memória da poeta e prosista Glória de Sant’Anna (Lisboa, 1925 – Válega, Ovar, 2009), que viveu em Moçambique de 1951 a 1974. O galardão tem o valor de três mil euros e é destinado ao autor ou autora do melhor livro de poesia em língua portuguesa.
Em edições anteriores, o prémio foi concedido a dois escritores moçambicanos, Eduardo White, que venceu em 2013 com a obra O Poeta Diarista e os Ascetas Desiluminados, e Gisela Ramos Rosa, que venceu em 2014 com a obra Tradução das Manhãs.