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María Obelleiro: “Compre habituar as leitoras a se interessarem por outros territórios lusófonos”

maria-obelheiro-diario-nosNeste ano 2021 fam-se 40 anos desde que o galego passou a ser considerado língua co-oficial na Galiza, passando a ter um status legal que permitiria sair dos espaços informais e íntimos a que fora relegada pola ditadura franquista. Para analisar este período, estamos a realizar, ao longo de todo o ano, umha série de entrevistas a diferentes agentes sociais para darem-nos a sua avaliaçom a respeito do processo, e também abrir possíveis novas vias de intervençom de cara ao futuro.

Desta volta entrevistamos a jornalista María Obelleiro, diretora do Nós Diário.

Qual foi a melhor iniciativa nestes quarenta anos para melhorar o status do galego?

Aquelas sociais, convocadas por plataformas como Queremos Galego e A Mesa pola Normalización Lingüística em que se reivindicou a presença do galego em todos os âmbitos sociais, nomeadamente no ensino, um dos lugares em que o idioma estivo, e está, desde a volta do PP ao Governo da Junta da Galiza, mais perseguido. Ante um Executivo que non mira pola língua, compre que a sociedade se mobilize.

Se pudesses recuar no tempo, que mudarias para que a situaçom na atualidade fosse melhor?

Se tivesse capacidade, legislaria para garantir os direitos das pessoas galegofalantes, que até hoje nom estám garantidos. Também adotaria medidas para galeguizar os âmbitos hoje em dia perdidos. Valorizar o idioma próprio suporia um passo de gigante para que mais pessoas se animassen a usá- -lo.

Que haveria que mudar a partir de agora para tentar minimizar e reverter a perda de falantes?

O futuro da língua depende de cada umha de nós, de levar o idioma a todas as partes. A Junta da Galiza tem todo por fazer a este respeito. Compre promover o galego no ensino -em lugar de proibi-lo-, na própria administraçom, na justiça, no audiovisual, nos meios de comunicaçom… Normalizá-lo, em suma, possibilitar que chegue a todos os recunchos para poder viver em galego, um direito que temos hoje furtado.

Em que medida consideras que é possível integrar na programaçom informativa conteúdos e referências de outros países lusófonos?

Cuido que é possível e necessário, compre habituar as leitoras, as ouvintes e espetadoras a se interessarem por outros territórios lusófonos. Temos aí todo um mundo por descubrir. Considero de interesse que as jornalistas trabalhemos por criar a nossa própria agenda temática, afastada daquela que vem importada e que repitem a meirande parte dos meios de comunicaçom. Desta maneira, podemos contribuir para um jornalismo galego que também olhe o mundo desde aqui, e estreitar os laços que nos unem com os outros países da lusofonia.

Considero de interesse que as jornalistas trabalhemos por criar a nossa própria agenda temática, afastada daquela que vem importada e que repitem a meirande parte dos meios de comunicaçom. Desta maneira, podemos contribuir para um jornalismo galego que também olhe o mundo desde aqui, e estreitar os laços que nos unem com os outros países da lusofonia.

 

Achas que seria possível que a nossa língua tivesse duas normas oficiais, umha similar à atual e outra ligada com as suas variedades internacionais?
Possível é, temos o caso do norueguês, e existe umha demanda social para que se caminhe nesse sentido. Na minha opiniom, deveríamos esforçar-nos por afastar-nos dos castelhanismos e achegar-nos ao que é a cerna do galego.

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