As vagas que finalmente se oferecem na oferta pública de emprego para 2022 passam de 4 para 6 especialistas, após reclamação de agentes sociais e sindicatos, o que, para a DPG é “mais um pequeno avanço no clima de entendimento gerado à volta do português”. A Associação de professoras e professores de Português na Galiza difundiu o seguinte comunicado:
Quer o Governo quer amplos setores representativos da sociedade galega têm defendido publicamente que a Galiza deve liderar as políticas de língua portuguesa no conjunto do Estado e implementar de maneira efetiva os compromissos derivados da Lei Paz Andrade e dos atuais avanços nas instituições internacionais. Na nossa opinião, atendendo a essa vontade de liderança e compromisso com a língua portuguesa a cifra continua a ser insuficiente para dar conta das necessidades atuais de assentamento da matéria e sobretudo para as expectativas de crescimento.
Contudo, avaliamos positivamente a disposição para ouvir e mudar os posicionamentos iniciais. Nesse sentido, e apesar de que o momento político e as condições criadas no ensino indicavam um aumento significativo que realmente devia ter sido superior já na própria convocatória inicial, consideramos positivo o próprio facto da retificação.
Ainda, acreditamos que um modelo planificado de avanço da matéria deve ser colocado o quanto antes a funcionar. Da DPG defendemos que a planificação e sistematização dum processo de incorporação progressiva do português a todos os centros de ensino começa a passar neste momento por um maior desenvolvimento normativo e uma concretização legal na área da educação para o qual oferecemos todo o nosso apoio ao governo e aos diferentes grupos parlamentares.
É por isso que na linha das últimas atuações do nosso coletivo continuamos a oferecer a nossa boa disposição para participarmos do desenvolvimento normativo da lei na nossa área de trabalho e, nesse sentido, os novos passos a dar deveriam fugir do tratamento da nossa especialidade como se fosse uma outra matéria qualquer.
Os apoios e defesa pública constante duma maior presença do português já têm demonstrado que este é um assunto consensual e especialmente sentido como próprio por múltiplos agentes sociais.
Sendo uma aposta estratégica do governo, da sociedade civil e de todo o arco parlamentar por uma língua global isto deve continuar a ser defendido com políticas públicas de implementação decididas e geradoras de consensos unânimes.
Para concluir insistimos em que a atual conjuntura é talvez um momento apropriado para preparar o caminho à expansão planificada da matéria, assegurando o abrigo legal de departamentos pedagógicos e para consensualizar, entre todos os atores envolvidos, um quadro normativo específico que desenvolva e concretize o cumprimento da lei 1/2014 no âmbito do ensino.