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A Mesa dobrou em 2021 o número de queixas recebidas por vulneraçons de direitos linguísticos

A maioria das queixas recebidas produzírom-se no âmbito sanitário, em relaçom com a covid-19, sendo numerosos os expedientes que denunciam a falta de atençom oral e escrita por parte do serviço galego de saúde nos centros de vacinaçom, nas comunicaçons telefónicas e nas mensagens enviadas à populaçom para a realizaçom de crivados e da vacinaçom.

linhadogalego_2021_presentacion1Marcos Maceira, presidente da Mesa pola Normalizaçom Linguística; Celia Armas, Secretária geral da Mesa; e María Muíño, deputada de Língua da Deputaçom da Corunha, apresentarom a semana passada na Corunha o informe anual da Linha do Galego correspondente a 2021. Segundo recolhe o dito informe, ao longo do passado ano, a entidade de defesa da língua tramitou através de chamadas, correios electrónicos e da app da Linha do galego um total de 601 expedientes, dos quais 488 fôrom queixas, 55 fôrom consultas e 58 fôrom parabéns.

A entidade de defesa da língua tramitou através de chamadas, correios electrónicos e da app da Linha do galego um total de 601 expedientes, dos quais 488 fôrom queixas, 55 fôrom consultas e 58 fôrom parabéns.

As administraçons públicas e, nomeadamente o Sergas, acumulam o maior número de queixas tramitadas pola Mesa. A secretária geral da entidade, Celia Armas, explicou que, em geral, “é no âmbito da administraçom onde a cidadania é mais consciente da existência dumha normativa que ampara os seus direitos linguísticos, polo que tolera menos a sua vulneraçom”. Porém, Armas assinalou que “no setor privado ainda há muito por avançar, for no campo legislativo, for na responsabilidade de atençom digna que devem assumir as empresas”.

Neste sentido, a secretária geral da entidade de defesa da língua denunciou que as empresas que mais queixas registárom em 2021 fôrom Naturgy, Ikea, Gadis, Google, Endesa e o Centro Comercial Vialia. A maioria destas queixas deriva da falta de atençom oral e escrita em galego, da sinalizaçom e rotulaçom dos estabelecimentos exclusivamente em espanhol e da deturpaçom de toponímia galega nas comunicaçons escritas e nas páginas web das empresas.
Armas destacou alguns dos sucessos atingidos depois da atuaçom da Linha do galego, como o feito de que Milanuncios corrigisse o topónimo deturpado da Corunha, o ginásio Be One o de “Las Lagunas” por As Lagoas e Lidl o de Vilagarcía de Arousa. Ademais, Abanca comprometeu-se a pôr à disposiçom de quem o solicite a documentaçom requerida em galego e a plataforma é-saúde da Conselharia de Saude começou a abrir-se, por defeito, em Galego.

A maioria destas queixas deriva da falta de atençom oral e escrita em galego, da sinalizaçom e rotulaçom dos estabelecimentos exclusivamente em espanhol e da deturpaçom de toponímia galega nas comunicaçons escritas e nas páginas web das empresas.

O objetivo do serviço A Linha do Galego é “romper a normalidade e impunidade da exclusom do galego”.  Segundo a Mesa “Denunciar, reclamar, agir som neste momento as únicas ferramentas que tem a sociedade galega, assim como animar a atitude de quem cumpre com o galego muitas vezes sem ajuda nem reconhecimento”. Armas recordou o incumprimento de acordos e legislaçom nacionais, estatais e internacionais em relaçom à língua e que “frente às 500 normas que amparam o castelhano, as poucas a favor do galego nom se aplicam”. “A utilidade da Linha”, concluiu a secretária geral da Mesa, “demonstra-se no incremento de casos resolvidos mas também em que ja é um informe de referência para instituiçom da importância do Conselho de Europa ou o relator da ONU para os direitos das minorias”.

Polo seu lado, o presidente da Mesa, Marcos Maceira, insistiu na grande importância de existir um serviço como A Linha do Galego, único das suas características em Galiza e que só conta com a ajuda da Deputaçom da Corunha. “A medida que o serviço se consolida aumentam as queixas”, explicou, indicando que “a Linha é o único recurso de muitas pessoas contra a frustraçom, as ofensas contínuas e o maltrato a pessoas que o único que querem fazer é viver em galego com toda a normalidade possível”. “Com mais apoio público, direto ou indireto”, advertiu, “poderíamos atuar mais e conseguiríamos que as agressons lingüísticas fossem menos”. “Em qualquer caso”, rematou, “o que apresentamos no informe é umha amostra mínima do que acontece na Galiza com o galego, temos a certeza de que há milhares de casos semelhantes mas só nos chega umha parte pequena”.

“A medida que o serviço se consolida aumentam as queixas”, explicou, indicando que “a Linha é o único recurso de muitas pessoas contra a frustraçom, as ofensas contínuas e o maltrato a pessoas que o único que querem fazer é viver em galego com toda a normalidade possível”.

“Há quem tem interesse em reduzir o galego às mínimas possibilidades de uso e às vezes nem sequer ao âmbito privado”, denunciou Maceira, em referência ao caso de agressom física padecida por umha mulher em Lugo na semana passada. “Também há quem se preocupa de que o galego nom seja útil nem sequer nos espaços que a sociedade foi recuperando para o galego”, lamentou.
Como exemplo de negaçom do direito ao uso do galego com repercussom noutros direitos como a saúde ou a informaçom, Maceira lembrou o caso do vizinho de Rianjo ao que a Delegaçom do governo sancionou com 601€ por reclamar ser atendido em galego antes de entrar a um crivado Covid. “O pior neste caso”, assinalou o presidente da Mesa, “é o desprezo mostrado por quem tem a obriga de garantir os direitos democráticos por estes mesmos direitos”. “Como pode passar em 2022 que a polícia desinforme ou minta a um cidadám sobre os direitos aos que se pode acolher e o governo dê por válida esta atuaçom multando ademais a quem deveria defender?”, pergunta-se o responsável da entidade de defesa da língua. “A resposta foi dada por um dos polícias de Rianjo e é válida para os 480 casos que tramitou a Linha do galego”, assegura: “Quem somos para reclamar atençom em galego. Estamos em Espanha!”
“Devemos assinalar a importância” assegurou María Muíño durante a sua intervençom “que a Linha do Galego para canalizar e visibilizar as queixas ao respeito da vulneraçom dos nossos direitos linguísticos, mas também como ferramenta para transformar e mudar a realidade”. Neste sentido, a deputada de Normalizaçom Linguística qualificou a Linha do Galego como “um projeto necessário, singular e excecional” e anunciou que o seu departamento continuará com o apoio a esta iniciativa em 2022 ao estar já aprovada também a partida orçamentária em pleno —concretamente 34.000 euros dum orçamento total de 42.500, o que significa 80%.

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