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Leandro Lamas: “As editoras têm espias e sabem cousas minhas que nem lembrava”

 

Leandro Lamas (1973) é um dos pintores contemporâneos mais reconhecidos da Galiza atual. Falamos com ele em relaçom com a campanha de micromecenado que está a decorrer lançada pola Através Editora para publicar um livro sobre a sua obra.

Foto de José Pardo

Parece estranho ver que se vai publicar um livro teu -ou sobre a tua obra-, mas nom por iniciativa tua, como foi isto?
Pois sim, a mim surpreender-me muito! Nunca pensei tal cousa! Suspeito que foi iniciativa do Séchu. A verdade é que me sinto tam surpreendido como agradecido. Ademais parece-me um esforço brutal o que estades a fazer quem estades trabalhando nisto. Estou alucinado.

Tens um trabalho diverso, em técnicas e formatos, para além dos lenços, pintas de muros a pandeiretas. Consegues destacar algumha técnica da que gostes em particular? E algumha temática por cima das outras?
Quanto à técnica, agradeço o de ir variando, ainda que só seja posturalmente falando em nome das minhas costas.
Quanto à temática, quase sempre vem dada polo que me contam quando me encarregam umha obra. Ilustro a sua história.
A natureza, a música, o ambiente tranquilo… som temas bastante recorrentes. Procuro provocar boa onda porque merdalhada já temos avondo no mundo.

Para além de pintor, também tens criaçom como autor teatral, que papel tem esta atividade para ti?
O do teatro é amadorismo, nom o fago profissionalmente.
Para mim é um mundo com infinitas possibilidades… Das puramente estéticas às éticas… Quando ensaiamos, nom paramos de explorar cousas, provar, descartar…
Ademais, agradeço muito poder trabalhar algo acompanhado, pois no obradoiro estou mui bem más nom tenho com quem botar umha parolada.
Ensaiar presta que mete medo e depois ir tomar umhas birras é o máximo.

O teu trabalho é especialmente reconhecido e tivo muita presença em materiais gráficos dos movimentos sociais, em cartazes ou murais em interiores de centros sociais. Como se relacionam o Leandro artista e o Leandro ativista?
Eu suponho que se és ativista nalgum movimento social e podes dar a tua achega com aquilo que sabes fazer, pois fazes. Se fosse canalizador iria arranjar as tubagens do local e seria tam importante ou mais que, por exemplo, fazer o desenho para um cartaz. O que acontece é que há labores que têm menos visibilidade.

Um dos teus compromissos é com a língua, em que destaca a tua prática reintegracionista. Como tem sido para ti essa escolha?
O meu achegamento/descobrimento ao reintegracionismo foi aló polos anos 90 quando me encarregárom fazer umha banda desenhada da História da Galiza desde a Asociaçom da Língua Artábria (daquela ainda nom era fundaçom) e pareceu-me que, por lógica, sendo a norma de que vimos, devia ser também a que aspirássemos a normalizar.

O meu achegamento/descobrimento ao reintegracionismo foi aló polos anos 90 quando me encarregárom fazer umha banda desenhada da História da Galiza desde a Asociaçom da Língua Artábria (daquela ainda nom era fundaçom) e pareceu-me que, por lógica, sendo a norma de que vimos, devia ser também a que aspirássemos a normalizar.

Também há umha ingente quantidade de obra tua “derivada”, desde pessoal que levou as tuas pinturas ao têxtil, à joalharia, até gente que tatuou desenhos teus. Como é isso?
Na maioria dos casos, estas ideias nom saírom de mim, fôrom propostas… Alguém queria fazer bolsos, comentou-mo e aló fum, outra queria fazer umha tatuagem e figem um desenho para ela e assi vou enredando dumha cousa a outra.
E sempre repito que as propostas que me fam som mui apetecíveis: O desenho do Apalpador, a capa do disco de Guádi… Um cento de cousas que quando me fôrom propostas pensei “que sortudo sou!”

A campanha de micromecenado para a ediçom do livro está a decorrer com muito sucesso, o que aguardas do livro?
Parece que vai mui bem e, saia o que sair, sei que vou ficar encantado… Ademais, parece que vou ter surpresas pois polo que vou vendo as editoras tenhem espias e sabem cousas minhas que nem lembrava… Pronto, só podo dizer que estou emocionado e agradecido a partes iguais!

 

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