Partilhar

Esther Estévez: “Há mais gente da que pensamos que usa a norma reintegracionista”

foto-esther-estevez-2Neste ano 2021 há 40 anos que o galego passou a ser considerada língua co-oficial na Galiza, passando a ter um estatus legal que permitiria sair dos espaços informais e íntimos aos que fora relegada pola ditadura franquista. Para analisar este período, iremos realizar ao longo de todo o ano, umha série de entrevistas a diferentes agentes sociais para darem-nos a sua avaliaçom a respeito do processo, e também abrir possíveis novas vias de intervençom de cara o futuro.
Desta volta entrevistamos a jornalista Ester Estévez, apresentadora do espaço Dígocho eu sobre dicas linguísticas na TVG.

Qual foi a melhor iniciativa nestes quarenta anos para melhorar o status do galego?
É difícil optar por umha iniciativa, porque há milhares de projetos maravilhosos que fam muitíssimo polo galego. Acho que o simples facto de usarmos a nossa língua para criar (músicas, películas, series…), para comunicar, para explicar qualquer tema em qualquer cenário ou rede… Todo isso contribui a normalizar o galego e que todos o vejamos como umha ferramenta mais do nosso dia a dia.

Mas se tenho de escolher umha iniciativa a mim o que mais me marcou foi o Xabarín. Ajudou a que as geraçons que medramos com ele víssemos o entretido e útil que era o galego. Os tempos mudárom e agora as crianças vem desenhos animados de um jeito totalmente diferente. Para mim é um grande honra que às vezes comparem a repercussom do nosso #DígochoEu com a do Xabarín, porque é mui difícil conectar com as crianças como ele o fazia e porque sendo o mais difícil, também acho que é o mais importante, porque elas som o futuro da nossa língua.

Se tenho de escolher umha iniciativa a mim o que mais me marcou foi o Xabarín. Ajudou a que as geraçons que medramos com ele víssemos o entretido e útil que era o galego.

Se pudesses recuar no tempo, que mudarias para que a situação na atualidade fosse melhor?
Acho que nom nos devemos martirizar pensando no que poderíamos fazer melhor tempo atrás. Todos temos um percurso diferente com o galego nas nossas vidas, mais o importante é o caminho que está por fazer.

Eu mesma, que sempre estivem em contacto com o galego desde pequena, houvo vezes em que mudei de língua para falar em diferentes contextos, sobretudo influenciada polos companheiros de aulas. Agora penso que isto é umha parvalhada. Embora a rapazada de um colégio fale castelhano, tu podes falar galego com eles porque nom vai haver absolutamente nenhum problema de compreensom. Seguramente muita gente tenha experiências semelhantes a estas. Mas o importante é tomarmos consciência e fazer futuro, que esse si que está nas nossas mãos.

Eu mesma, que sempre estivem em contacto com o galego desde pequena, houvo vezes em que mudei de língua para falar em diferentes contextos, sobretudo influenciada polos companheiros de aulas. Agora penso que isto é umha parvalhada.

Que haveria que mudar a partir de agora para tentar minimizar e reverter a perda de falantes?

Como referi antes, acho que o melhor que podemos fazer para cuidar da língua é falá-la, obviamente, e usá-la para qualquer atividade da vida cotiá. Eu fago conteúdos em galego para as redes sociais, e ainda que nom todo o nosso público fale galego, vejo que há um interesse polos nossos conteúdos.

Portanto, tanto tem a língua que uses se o que fás é atrativo e interessante para a gente. E se chegares a muita gente, pouco e pouco esses recetores irám-se afazendo à língua e, quem sabe, talvez após tanto ler ou escutar música ou ver vídeos em galego, no dia de amanhá essas pessoas acabem por falá-lo. O que quero dizer é que, para mim, o facto de estar em contacto com alguém que fala galego e o tem mais que normalizado ajuda a que outra pessoa simpatize com a língua e a que poda começar a falá-la.

Achas que seria possível que a nossa língua tivesse duas normas oficiais, uma similar à atual e outra ligada com as suas variedades internacionais?
Há mais gente da que pensamos que usa a norma reintegracionista. Nom sei o que pode acontecer no futuro com respeito à normativa, porque as línguas estám vivas e todo está em constante mudança. Suponho que, se em qualquer altura essa corrente medrar, poderia haver outra normativa oficial, mas quem o sabe!

Comissom Linguística da AGAL reinicia os seus trabalhos

AGAL organiza obradoiros de português para centros de ensino primário e secundário em Moanha

Saioa Sánchez, neofalante: “Para mim faz muito sentido falar galego se vais viver na Galiza”

Lançamento do livro “André”, de Óscar Senra, com Susana Arins em Vedra

AGAL e Concelho de Cotobade apresentam Leitura Continuada da República dos Sonhos

Queique de abacate e limão

Comissom Linguística da AGAL reinicia os seus trabalhos

AGAL organiza obradoiros de português para centros de ensino primário e secundário em Moanha

Saioa Sánchez, neofalante: “Para mim faz muito sentido falar galego se vais viver na Galiza”

Lançamento do livro “André”, de Óscar Senra, com Susana Arins em Vedra