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A Fundação Meendinho no Local da Arca da Noe, o sábado dia 4 de setembro, fez a entrega dos prémios Meendinho correspondentes aos anos 2020 e 2021.

A ganhadora do 2020 fora a activista e dinamizadora social Noemi Vasques Nogueiras por muitas e fundamentais razões, das que se dera conta nesta notícia do PGL.
A ganhadora do ano 2021 foi a Associação transfronteiriça Ponte nas Ondas, polo seu trabalho impagável para o reconhecimento pela UNESCO e obtenção da devida proteção do nosso património imaterial, que  é comum a um lado e a outro da raia dos estados, pois a fronteira é política, e não cultural, nem linguística. O nosso património imaterial, é comum, dum jeito que só se dá entre espaços que conformam um único povo.
O nosso Património Imaterial, esteve para ser reconhecido no 2005, 2008 e 2015 e isso leva-nos a dar o prémio a Ponte nas Ondas, pola segunda importante razão que deve ser bem elucidada, pois eles sem pretendé-lo em nenhum caso, põem de relevo o caráter étnico no comportamento do estado, e como este age sempre em função de interesses que entendem que correspondem a etnia dominante, a castelhana e a sua dominação e imposição sobre as outras do estado.
Como todo projeto transfronteiriço necessita que ajam mais estados que um, e Portugal assumiu o reto de pôr em relevo o seu património imaterial, é dizer o que é nosso também, por serem comuns; e uma vez e outra, a questão esteve nas cimeiras ibéricas e por isso nunca desapareceu da agenda o projeto. Porém o comportamento da Espanha foi sempre o boicote ao projeto, “pois Galiza é Espanha e Portugal não”, e o que houver de comum a eles (a Espanha) não interessa. E essa posição de Espanha é comum com independência do tipo de governo que haja, da linha progressista ou reacionária que tiverem.
Em 2005 o governo Zapatero, que dera muitas boas palavras, porém chegado o caso, tiraram da gaveta outro assuntinho e pediram retirar este, por achar que não era bem amadurecido. No 2008, com governo Psoe-Bloco na Galiza, as garantias que deram em todos os fóruns foram salientáveis, mas chegado o caso, retiraram o apoio ao projeto e defenderam que o Património que deveria ter proteção era o Flamenco.
Desde o 2009 os projetos transfronteiriços já não precisam de avaliação na sede da Unesco em Paris, é suficiente com que os estados o impulsionarem.  Portugal no 2013 conseguiu o compromisso do governo Rajoi de apoiar este projeto, No 2015 ia ser levado a cabo, mas Espanha realizou todo tipo de trapaçarias para incumprir a palavra dada ao outro estado ibérico e parceiro na União Europeia, convertendo o projeto em 2015 em águas de bacalhau.
Agora temos um governo no estado espanhol do Psoe com a asa progressista da esquerda, o Podemos, e Portugal de novo conseguiu levar o assunto a cimeira ibérica para que o Património fosse aprovado no 2022.  O Sanchez grande manipulador e prestigiador político, diz que sim, mas pouco tardaram em modificar a proposta, propondo que a Associação transfronteiriça Ponte nas Ondas, fosse o alvo a ser declarada Património Cultural Comum transfronteiriço, mas isso sim, sem que se pudesse reconhecer nem uma vírgula do Património Cultural Comum galego-português, por entenderem que isso vai contra o ser da Espanha (é dizer, da Imposição da etnia castelhana sobre as outras), e tentando assim deste jeito que Portugal deixe de maçar com isso do Património Imaterial Comum. Já vocês tem um reconhecimento transfronteiriço com a Galiza…
O prémio tem o objetivo de se manter na tona esta reivindicação e esclarecer qual é a verdadeira natureza da Espanha, e como nos trata, sim, como um povo submetido, ao que tem que apagar, e cuja cultura nada tem a dizer a sua.
O ato consistiu num almoço muito gostoso de todos os que se deslocaram lá, para o acontecimento, logo após o jantar, houve o ato de entrega dos prémios que está no vídeo na íntegra. E depois duas intervenções musicais.  Primeiro a intervenção bem brilhante de José Luís Fernandez Carnicero e Xico Paradelo (Águalevada), que ademais há pouco que deram a luz o seu fantástico livro/CD Cantando a Carvalho Calero. No vídeo só se recolhe uma peça deles. Depois o grupo de Guimarães Rota da Utopia, deu um magnífico concerto, do que se recolhem no vídeo dous temas. Tudo acabou pouco antes das sete, deslocando-nos às pressas para visitarmos o Museu da Límia que há em Vilar de Santos.

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