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Apresentação em Redondela d’o livro de dragom, de Roberto Samartim

Acolhido pola Asociación Alén Nós, o professor da Universidade da Coruña, Roberto Samartim, apresenta o seu primeiro poemário na Casa da Cultura de Redondela o próximo dia 21 de novembro, quinta-feira, às 19 horas.

Previamente, na manhã da terça-feira 19 de novembro, o autor estará no IES Mendiño, da vila dos viadutos, para conversar sobre o seu livro com estudantes do Clube de Leitura deste centro de ensino secundário.

A publicação d’o livro do dragom de Roberto Samartim inaugura a coleção álmafa árvores e livros da Companha Editora. Esta coleção nasce em Compostela com o objetivo explicito de “contribuir para a construção comunal de espaços autónomos e não subalternos, vinculados às artes e às ideias da Galiza contemporânea”. Esta nova coleção da Companha Editora pretende tirar do prelo um número reduzido de títulos por ano em pequeno e cuidado formato, apostando pola qualidade gráfica, a autonomia da literatura e do pensamento, e por uma tomada de posição crítica com as correntes político-culturais maioritárias na Galiza autonómica.

O selo editorial da cooperativa gráfica Sacauntos inicia a publicação desta nova coleção com o livro do dragom, primeiro poemário de Roberto Samartim. Neste volume, o professor da Universidade da Coruña (UDC) resignifica a lenda do dragão da sua Redondela natal, numa viagem em três cantos onde se entrelaçam o poético e o político através do recurso à memória pessoal, comunal e comunitária.

Em palavras de Raquel Bello Vázquez, professora da Universidade Ritter dos Reis (Rio Grande do Sul, Brasil) e autora duma recensão deste volume na Revista Quiasmo, “os poemas de Roberto Samartim, trazendo imagens e ensonhações do passado, mostram caminhos de futuro pautados por uma filosofia do amor, da pausa e dos cuidados, na contramão da vertigem produtivista da contemporaneidade”.

Por seu lado, Isaac Lourido, professor da UDC e responsável polo posfácio, afirma que o livro do dragom nos situa “ante umha mitologia próxima e humilde, um atlas emocional em que a voz se desdobra e, através de um exercício confessional e reflexivo, consegue alcançar umha certa transcendência. Quer dizer, um determinado valor ético e social. Numha tradiçom literária em que o mito tendeu com frequência para umha glória sem fissuras ou, no pior dos casos, para a épica conformista e complacente dos para sempre derrotados, encontramos nestas páginas a enunciaçom poética de um passado que nos reconcilia com nós mesmos, por estar alicerçado nas vozes baixas – pequenas, ocultas- que sustentam e garantem a existência da comunidade”.

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