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A equipagem está pronta

Há uns dias, pudemos ler uma interessante entrevista ao presidente da RAG, Víctor Freixanes. Embora algumas das suas respostas fossem criticadas por pessoas do âmbito do reintegracionismo -com argumentos com que eu concordo totalmente- houvo várias afirmações suas que, na minha opinião, não recebêrom o interesse devido.

Afirma Freixanes que “sempre digo que a nosa lingua non está illada no mundo, que está conectada coa gran familia común (…) se queres unha proxección internacional, usa o portugués. Todos podemos estar xuntos nesa viaxe sen a necesidade de perder no camiño a nosa identidade.” Não lembro ter ouvido nenhum presidente da RAG nas últimas décadas falar da pertença do galego ao mundo lusófono, nem considerar o português como uma projeção internacional do galego. Logicamente, se eu tivesse que responder estas perguntas faria-o de outra maneira, pois não concordo com essa dicotomia local/global nem utilizo os termos galego e português para designar entes distintos, mas não tenho interesse em fazer casus belli destes aspectos formais, na mesma linha que o presidente da AGAL na sequência da mesma entrevista.

Vivemos num país onde somos capazes de discutir energicamente com pessoas que estão a dizer o mesmo que nós, onde andamos à caça de matizes argumentais para construir discursos diferenciados ou onde concorrem a umas eleições vários partidos com o mesmo programa. Por isso não quero hoje polemizar com o Freixanes por afirmações que, a priori, já sabia que divergiriam do meu ponto de vista, e prefiro destacar aqueles aspetos que podam ser a base de um entendimento.

A situação da nossa língua na Galiza é tão dramática que não permite gastar energias entre pessoas que procuramos um objetivo comum. Suponho que nenhum/a membro da RAG quer a sua desaparição, nem que as crianças a esqueçam ao entrar no sistema educativo, nem sacralizam o gallego do pueblo como referente. Isto deveria ser o importante e onde deveríamos centrar os nossos esforços. As diferenças de focagem teriam que servir para cada sensibilidade incorporar à causa comum pessoas que ainda não estão convencidas. Eis a essência do binormativismo: somarmos entre todas para fortalecer a língua, como acontece na Noruega ou no Luxemburgo.

Esta boa vontade deve existir em todas as partes. Na AGAL levamos tempo a trabalhar nesta linha de celebrar apoios e de ignorar críticas. Se o atual presidente da RAG manifesta a sua disposição a viajar conjuntamente, que saiba que temos a equipagem pronta.

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