O trio de músicas galegas do momento falam para o Portal Galego da Língua, após o boom mediático que supujo o seu passo polo Benidorm Fest.

Rocio Cibes
28/01/22
Parabéns polo logro, musical e social que conseguistes no nosso país. Agora que já passarom umhas semanas, como estades a digerir todo o sucesso derivado de participardes no Benidorm Fest?
O passo polo Benidorm Fest foi umha experiência singular, mais para nós o mais relevante, além da projeçom que tiver agora a nossa música, foi a resposta das galegas e galegos. Esse sentimento de pertença, de orgulho, de valorizaçom do nosso, das músicas que vinherom antes e das que virám mais para a frente. De reconhecer as nossas raízes, de vibrar com uma moinheira, de querer foliada, de fazer valer a cultura que herdamos das nossas mães, das nossas avós. Só por isso valeu a pena todo o esforço de termos chegado até aqui. E oxalá esta vaga de orgulho e amor pola pandeireta tenha continuidade.
Falou-se muito, umha vez que nom deu para representar Espanha, da vocaçom, como galegas, de participar entom representando a Portugal, como veríades isto?
Estamos mui agradecidas polo interesse, mais agora estamos centradas nos ensaios da nossa nova digressom Midas e terminando de preparar o disco. Estas som as nossas prioridades. E oxalá atuemos também em Portugal, na Itália e na Europa toda: um dos nossos objetivos é levar o galego por todos os palcos. Sejam bem-vindas todas as oportunidades.
Vós apostastes pola validez da nossa língua para a criaçom e até para a internacionalizaçom. Que opiniom tendes do movimento reintegracionista?
Valorizamos positivamente que se queira realçar este uso do galego. A língua e a cultura sempre som un fator que soma e cada pessoa deve ser livre de expressar tanto na escrita como na fala a língua em que se sentir mais representada.
Apesar do éxito colheitado, as cifras a repeito do galego nom som esperançadoras, que faríades vós para reverter a perda de falantes?
Trabalharíamos em comum com o sector do ensino e da cultura. Teríamos presentes as suas experiências na tomada de decisons. E investiríamos mais recursos em políticas públicas vinculadas à educaçom, à cultura e à normalizaçom linguística.