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Semente apresenta documentário sobre as escolas de ensino galego no ano do seu centenário

O projeto educativo popular vindica o legado pedagógico das Irmandades da Fala mediante um ciclo de projeçons que começará no dia 6 de setembro, às 19 h., na A.C. Alexandre Bóveda da Corunha.

A iniciativa educativa social Semente, que desde a sua fundaçom em 2011 adotou como nome “Escolas de Ensino Galego” para denotar a ligaçom histórica com o empreendimento escolar instituído polas Irmandades da Fala da Corunha, anuncia o lançamento dum novo produto audiovisual visando divulgar e pôr em valor esta experiência histórica no ano do seu centenário (1923-2023). Segundo a entidade promotora, frente ao modelo educativo assimilista estatal, as Escolas de Ensino Galego constituem um exemplo de organizaçom popular para fazer efetivo o direito da infância galega a umha educaçom autocentrada –linguística e curricularmente- , laica e pedagogicamente renovadora.

A iniciativa educativa social Semente, que desde a sua fundaçom em 2011 adotou como nome “Escolas de Ensino Galego” para denotar a ligaçom histórica com o empreendimento escolar instituído polas Irmandades da Fala da Corunha, anuncia o lançamento dum novo produto audiovisual visando divulgar e pôr em valor esta experiência histórica no ano do seu centenário (1923-2023).

O documentário, produzido por Aqueladas S. Cooperativa e co-financiado pola Deputaçom da Corunha, indaga nas motivaçons do grupo irmandinho -constituído por figuras como Ângelo Casal, Maria Miramontes, Elvira Bao e Leandro Carré– para fundar umha escola que “redimisse o povo galego da ignorância e inculcasse nas geraçons futuras a verdadeira consciência galega”. Sinala a professora Sabela Rivas que por este centro educativo gratuito, situado inicialmente na Praça Maria Pita –nº17-, passariam por volta de cem crianças que receberiam o magistério de Ângelo Casal e M. Luís Acunha, assim como visitas de ilustres intelectuais da época como Outeiro Pedraio que, quando olhava para os meninhos a correrem pola rua Real, via vigorar “umha esperança”.

Sinala a professora Sabela Rivas que por este centro educativo gratuito, situado inicialmente na Praça Maria Pita –nº17-, passariam por volta de cem crianças que receberiam o magistério de Ângelo Casal e M. Luís Acunha, assim como visitas de ilustres intelectuais da época como Outeiro Pedraio que, quando olhava para os meninhos a correrem pola rua Real, via vigorar “umha esperança”.

Entre o alunado que frequentou as aulas pode-se aludir aos nomes do dramaturgo Jenaro Marinhas do Vale e, os irmaos Galám Calvete (Fernando, Jaime e Pedro; este último futuro dirigente das Mocidades Galeguistas, assassinado em 1936), assim como os militantes galeguistas Julio Pita e Fernando Suárez, entre outros. A experiência termina quando, em 1939, Ângelo Casal se desloca para Compostela ao atravessar dificuldades económicas devidas ao fracasso do jornal vespertino El Momento. A obscuridade da ditadura franquista apagaria a vida de Casal, sendo alcaide de Compostela, mas nom a memória que hoje vive no propósito fundacional da Semente: a construçom da Escola Nacional Galega.

A obscuridade da ditadura franquista apagaria a vida de Casal, sendo alcaide de Compostela, mas nom a memória que hoje vive no propósito fundacional da Semente: a construçom da Escola Nacional Galega.

O conhecimento desta empresa histórica, sinala a associaçom impulsionadora, constitui um espelho onde se vê refletido o presente, através dum diálogo aberto entre épocas que confluem em problemáticas semelhantes: discriminaçom linguística, centralismo educativo e menorizaçom cultural. O filme achega-se, ademais, à realidade doutros povos da Europa, como o basco, que encontrou nas Ikastolas o alicerce mais sólido para garantir o futuro da sua língua. Do mesmo modo, a fita investiga o papel dos movimentos sociais na promoçom e dinamizaçom cultural, os valores dum modelo educativo laico, feminista, galeguizador e inovador, a importância da improvisaçom oral em verso para os novos neofalantes urbanos, assim como a recuperaçom e divulgaçom do lendário Apalpador, entre outros aspetos.

Ao longo do mês de setembro decorrerám diversas projeçons e mesas redondas sobre as Escolas de Ensino Galego em diferentes cidades do País. A primeira delas será no dia 6 de setembro, às19h., na A.C. Alexandre Bóveda, Corunha, com a participaçom de Antón Costa (Catedrático de História da Educaçom), Irene Pim (Aqueladas S. Cooperativa) e Santiago Quiroga (Coordenador nacional das Escolas de Ensino Galego Semente). As seguintes convocatórias anunciadas pola entidade som:

  • 18 de setembro, às 20 h. Duplex Cinema, Ferrol.
  • 23 de setembro, às 12 h., Sala Numax, Santiago de Compostela
  • 29 de setembro, às 19:30 h., salom de actos da Deputaçom de Lugo.

A sinopse do trailer finaliza indicando que se trata “dumha contra-história dos tópicos coloniais atribuídos ao povo galego, o testemunho vivo da capacidade organizativa da cidadania galega na defesa do seu direito inalienável a umha educaçom própria”.

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