Será a próxima sexta-feira, dia 7 de fevereiro, às 19h no Centro Social a Gentalha do Pichel (rua de Santa Clara, 21).
A editora Chan da Pólvora é a encarregada da publicaçom do último livro do escritor Séchu Sende, um poemário que recompila, sob o título de Passa-montanhas, dúzias de texto que previamente foram filmados e difundidos na rede Tiktok.

Passa-montanhas é o título dum projeto de video-poesia para tiktok que Séchu Sende desenvolveu entre 2021 e 2023. Som mais de 60 poemas que distintas pessoas leem com os rostos tapados em curtas de vídeo com a intençom de reivindicar as relações sociais e humanas frente às redes virtuais. O livro, de carácter coletivo e escrito em galego reintegracionista, busca representar umha sociedade insubmissa, lutadora, ativa, militante e rebelde. Para o autor, o passamontanhas é um símbolo contrahegemónico e ponhe-lo significa participar dumha revoluçom poética. “Se o primeiro Rexurdimento no século XIX foi escrito”, assegura, “o segundo Rexurdimento, de chegarmos a ativá-lo, deve ser oral e fruto dum processo real de participaçom coletiva”. Essa é, precisamente, a perspetiva sobre a oralidade que impulsa Passa-montanhas.
“As pessoas que participam em Passa-montanhas” , indica Sende, “som pessoas queridas, admiradas e ligadas afetivamente a mim. Cada poema formou parte dum encontro pessoal, físico, emocional, na vida real. O passa-montanhas é um símbolo contra-hegemónico, e pór o passa-montanhas significa participar dumha revoluçom poética com textos mui variados que vam da propaganda ou a crítica social até cançons de amor ou a reflexom existencial”. Neste sentido, acrescenta o poeta, “Passa-montanhas é um livro coletivo, que quer representar umha sociedade insubmisa, luitadora, ativa, militante e rebelde. Estas pessoas que protagonizam o livro som umha parte dum Exército Poético do Povo Galego Ceive. Passamontanhas reivindica a poesia comunicativa e direta, desde a oralidade e dirigida à maioria social. Poesia para comunicar e criar comunidade.

Séchu Sende (Padrón, 1972) é escritor, professor e regueifeiro. O seu primeiro libro, Odiseas (1998), foi um dos primeiros títulos de Letras de Cal e os seus poemas aparecem em várias antologias da denominada Geraçom dos 90. Com a novela Orixe (2004) ganhou o premio Blanco Amor e com os relatos de Made in Galiza (2009) o premio Ánxel Casal. A sua última publiçom é o livro divulgativo O povo improvisador. Aventuras sobre poesia oral (Através Editora, 2022) umha aproximaçom à energia da oralidade poética para transformar o mundo. A sua obra, traduzida a distintas línguas –êuscaro, catalán, curdo, turco ou ruso–, foi adaptada para o audiovisual, o teatro, a música ou para diferentes manifestações da arte pop, de camisolas e roupa infantil até tatuagens, frascos de compota ou grafites.