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Sara Mejuto: «Quando alguém se limita nom vê mais além das suas próprias fronteiras»

Sara Mejuto:

  • Idade: 18 anos
  • Procedência: Arçua
  • Estudos: aluna de 1.º de Ciências Políticas (USC)

Existe umha imagem, tópica como muitas imagens, de que as pessoas da vossa idade nom se interessam por questons de índole social. Sodes umha exceçom?

Nom penso que o nosso liceu seja umha exceçom mas acho que há algumhas professoras que sim som a exceçom e aí está a conseqüência, um alunado com outro tipo de valores e aspiraçons na vida.

Como é a fotografia lingüística dumha turma de secundário em Arçua? Que línguas som usadas e quando som usadas, tanto dentro quanto fora das aulas?

Da minha ótica creio que em Arçua maioritariamente se emprega o galego, mas pude ver nos últimos anos da minha andaina académica como o número de castelhano-falantes ia aumentando sobretudo os que começavam o liceu (1º de ESO…). Apesar disto, muitos dos que falam castelhano dentro das aulas mudam a sua língua para o galego por um ligeiro contágio das suas companheiras.

Sara Mejuto (Arçua)
Sara Mejuto (Arçua)

Outra imagem tópica revela que quando umha pessoa galego-falante conversa com umha castelhano-falante, dumha cidade por exemplo, acaba por renunciar a usar a sua língua. É mesmo assim?

Acho que sim. Na maior parte das vezes a gente deixa-se influir polo idioma castelhano. Para nom fazê-lo, penso que devem de ser pessoas com muita personalidade e caráter que lhes permita nom se sentir incómodas quando usam o galego. Mas no meu caso, por pôr um exemplo, nom renunciei a falar o galego apesar de que a maior parte da minha turma nom faga assim.

Para vós, a língua galega nom acaba na Galiza, e sim é compartilhada com outras sociedades como a brasileira ou a portuguesa. Como chegaste a essa forma de ver e de viver a língua?

Sincera e simplesmente através dumha charla e dumha professora que me teve que aturar durante alguns anos com as minhas dúvidas e ensarilhados com a língua. Depois de já saber um pouco do assunto comecei a pesquisar e até agora.

Que é o que seria preciso para haverem mais companheiras e companheiros vossos com essa vivência?

Muita mais formaçom, implicaçom por parte do sistema educativo público e mais interesse por parte do alunado pola questom lingüística.

Que é o que dirias a alguém que vive o galego como sendo só a língua da Galiza?

Diria-lhe que já se dará de conta que isso é limitar-se e quando alguém se limita nom vê mais além das suas próprias fronteiras.

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