Respire, e se já recuperou o fôlego, continuamos.
Se conduzir não beba, mas lembre:
Saltar é bom, e neste desporto olímpico qualquer pessoa pode levantar os pés do chão e até melhorar as suas marcas, pois até às vezes uma pessoa fica um pouco bêbada e mais confiante em si própria de apanhar tanto ar fresco e com excesso de oxigénio lá pelas alturas.
Iá, eu sei, em desportos “participar é o que conta”, o importante é saltá-lo… o espírito desportivo não tem nada a ver com a pontuação ou com comes e bebes mas quando dás por ti…. embebedaste-te de ar puro, a língua anda à solta e começas a tagarelar.
Lembrem também que sem saltar com certa regularidade dificilmente poderemos obter progressos na marca que deixamos lá na areia.
Por essa razão, para quem gostar mesmo de ver avanços nas suas marcas pessoais, fazer tais desportos no dia a dia fica ainda melhor a tal ponto que, ao inscrever pegadas novas na areia do quotidiano, atletas podem acabar por sentir que afinal, isto sim, é a sua praia. A cultura do esforço e repetição nos desportos é parte do processo de diversão. E nestas modalidades e a estas horas da noite ou do dia é tudo saltitante, pega-pega, esconde-esconde, lusco-fusco e fala-fala. É assim minha gente, é a brincar que tudo corre melhor. Para o caso, é também verdade que como em qualquer outro desporto, as primeiras vezes podemos até cair muito aquém do salto desejado. Mas… quem se importa com as marcas temporárias? O pá, a sério, saltar…é tão bom mesmo, percebem? Não percam o ânimo!
Vamos com as dicas:
Uma maneira simples de começarmos a saltar para fora da caixa do nosso peganhoso chão (e entrarmos na caixa do desporto internacional adulto) é através daquilo que podemos chamar, meio a brincar, de salto passivo: podemos ouvir podcast em que se salta, podemos ver filmes saltitantes na netflix e podemos até legendar as séries para o caso em que a compreensão for, nos primeiros momentos…. aos saltos.
Mas o salto ativo, ah pessoal! Isso é um outro patamar de satisfação.
Façam o que eu faço e também o que eu digo: visitem grupos que já saltam há uns tempos, falem de refogados a saltitar na frigideira, façam novas amizades que pratiquem a mesma vontade de pular degraus e quebrarem juntos com simbólica violência tectos de vidro que nos foram colocados sem repararmos. Aquilo que produz uma nova força em nós é dar pulos de alegria com o grande que pode ser a nossa comunidade se saltarmos com vontade coletiva.
Quase a acabar já a minha defesa de meterem o salto nas vossas vidas até na sopa ou nem que seja um saltinho assim pequenino de chinelo, coloco a questão dos medos do salto coletivo, que eu já ouvi dizer que lá que os há, há.
Não admira, é desde crianças que ouvimos “vais cair” e também “que pone tu DNI?”. É assim, agora vemos as consequências: há quem tenha medo a se passar das marcas ou passar as raias e atingir lugares aos quais não ousa (ou não queria) ter chegado.
Não admira, é desde crianças que ouvimos “vais cair” e também “que pone tu DNI?”. É assim, agora vemos as consequências: há quem tenha medo a se passar das marcas ou passar as raias e atingir lugares aos quais não ousa (ou não queria) ter chegado.
Há muitos tipos de salto e num saltinho vou ir acabando com o estado a que isto tem chegado antes de perder o fôlego ou chegar à centésima página. Para essas pessoas o meu conselho-parvo: Pessoas podem dar saltos diferentes. Mais curtos ou mais compridos. Não existe o conseguir pularem de mais. Não, não vai nascer bigode ou aparecerem embriagados lá em casa para o almoço a cantarem “às armas” ou “Coimbra tem mais encanto” só por finalmente conseguirem… saltar baim.
Até mesmo no caso de atingirem uma marca profissional nível pró(-academia) acreditem em mim: vão poder saltar menos ou mais segundo as suas vontades ou circunstâncias! É mas é tão intuitivo sabermos quando, quanto, até onde, por quê, para quê e com quem saltar que não vão ter qualquer dificuldade.
Já para concluir o último conselho publicitário: Tal e como recomenda a ONL (Organização para a aprendizagem Normal das Línguas), entre outros benefícios para a saúde associados a uma hora ao dia de salto estão ainda a redução da pressão ambiental doutras línguas, o aumento da capacidade de produção oral e da expressividade própria, a manutenção dos níveis de domínio e competência linguística e, consequentemente, a diminuição do risco de vir a desenvolver substituição, paralisia ou incapacidade comunicativa. Podem comprovar se entraram nalgum destes riscos sanitários verificando que ainda conseguem pronunciar a regra dos três efes: Fala, Fátima e Futebol ou, para o caso, também serve o clássico mnemotécnico VêCêCêBê: Voltei com cartazes de cravos nas bochechas.
Finalmente lá se aproxima a conclusão, por isso só me resta mandar beijinhos ou qualquer coisa do género com a divisa da nossa equipa de salto malandro escrita com luzes de Natal em letra bem grande (à grande e à viguesa):
“Uma hora de salto ao dia não sabem o bem que lhes fazia”.
Boas entradas e boas saídas!
Pulem!