Em apenas uma semana, o projeto de microfinanciamento do documentário Próxima estação: galego-português, atingiu o objetivo mínimo de 1.575 €. Graças a isto, a equipa confirmou ao PGL que vai iniciar já os trabalhos para o documentário se tornar realidade o quanto antes. No entanto, ainda é possível participar na campanha; de facto, o alvo é agora atingir ou ultrapassar o objetivo definido pela equipa como «ótimo» para o trabalho final ser o melhor possível: 1.775 €.
O documentário
Uma viagem à procura do galego-português «é comprovar que temos uma língua com a qual nos podemos deslocar milhares de quilómetros por terra, mar e ar, por barco, bicicleta ou zepelim a Pernambuco, Rio de Janeiro, Porto, Luanda, Díli, Fonsagrada e Compostela, sempre que a nossa alfândega mental nos conceda uma passagem». Esta é a premissa básica
do documentário Próxima estação: galego-português, que visa divulgar socialmente o movimento reintegracionista.
As entrevistas do documentário procuram demonstrar que o reintegracionismo além disso é um movimento presente em todos os sectores sociais galegos (Universidades, centros sociais, empresas, associacionismo de base, profissões liberais, intelectuais, etc.), em falantes de galego do berço e neofalantes, gente que salienta «polo seu compromisso e experiências na defesa de uma estratégia baseada numa óptica internacional que lhe permita ao galego não desaparecer ao norte do Minho».
Nesta projeto audiovisual dá-se, em definitiva, voz a todas as pessoas que defendem a visão do galego como uma língua não só falada na Galiza mas também no resto de países da Lusofonia. Próxima estação: galego-português pretende conhecer sem intermediários quais as razões dessas pessoas afirmarem que galego e português são variedades do mesmo idioma e quais são as suas propostas estratégicas de futuro para que a língua ao norte do Minho não desapareça.
Equipa
Próxima estação: galego-português é um projeto de Sabela Fernández e José Ramom Pichel. Trata-se da sua primeira experiência no audiovisual. Filóloga e engenheiro informático, são membros da comissão audiovisual da AGAL e levam trabalhando mais de ano e meio nesta «viagem ao redor de um dos debates mais interessantes da cultura galega desde o século XIX», como assim a definem.
Microfinanciamento
A equipa do documentário preparou durante mais de um ano o roteiro e já gravou um imenso número de pessoas. Uma vez filmadas as entrevistas, é a hora da pós-produção, da edição e montagem dos vídeos, labor para o qual iniciaram uma campanha de microfinanciamento através da plataforma Goteo.org.