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Promover entre as crianças o prazer por ler, com o documentário ‘Neira Vilas. Memórias de um Neno Labrego’

Memorias dum neno labrego Dia do livro infantil Cartaz0O Dia Internacional do Livro Infantil é comemorado todos os anos em 2 de abril. A data foi escolhida para homenagear o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. A literatura infantil é a porta de entrada para um universo lúdico e cheio de possibilidades. Uma criança que recebe o estímulo à leitura certamente será um adulto leitor, e todos nós sabemos dos incontáveis benefícios que o hábito de ler proporciona em diversos aspetos da nossa vida. Para divulgar a literatura e assim conquistar novos adeptos, foi instituído o Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil, celebrado a cada 2 de abril. A data não foi escolhida ao acaso, já que o dia 2 de abril é o aniversário de nascimento de um dos mais importantes nomes da literatura infantil, o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. Andersen não foi o primeiro a escrever para o público infantil, mas é considerado o primeiro autor a adaptar fábulas já existentes para uma linguagem mais adequada ao universo dos pequenos. Foi dele a ideia de transmitir, por intermédio de antigas histórias, moral e valores, conceção que ainda não fora abordada por Charles Perrault, considerado o pai da literatura infantil, e pelos Irmãos Grimm, que apenas adaptavam as histórias cujos finais não eram tão felizes assim…No Brasil, nomes como Cecília Meireles, Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Pedro Bandeira, Tatiana Belinky, Lygia Bojunga, Ziraldo, entre tantos outros, há anos divulgam a literatura infantil, que no Brasil é comemorada no dia 18 de abril, dia que marca o aniversário de nascimento do precursor do género no país, o escritor Monteiro Lobato. Lobato não só produziu clássicos da literatura infantil, como as histórias do Sítio do Picapau Amarelo, como também traduziu e adaptou clássicos mundiais, como Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, e Robin Hood, lenda inglesa recontada por vários escritores. Mais do que lembrar e celebrar a data, é fundamental que a literatura infantil seja divulgada, para que possa, então, tornar-se uma realidade na vida dos pequenos.

Vale ressaltar que, além de permitir que as crianças explorem as inesgotáveis possibilidades que existem no mundo da imaginação, o hábito da leitura é fundamental para o aumento da proficiência da escrita e da própria leitura. Ler, além de ser divertido e prazeroso, é também fonte de conhecimento, e é através do conhecimento que uma sociedade crítica e pensante é construída.

OLYMPUS DIGITAL CAMERASegundo a educadora brasileira Sara Viega, pensamento que eu comparto, o hábito da leitura é benéfico para todas as pessoas: enriquece nosso vocabulário, evita que cometamos erros ortográficos na hora de escrever, faz-nos mergulhar em um mundo imaginário. Por tudo isso e muito mais, é necessário que as crianças criem o hábito de ler desde pequenas e entendam a importância desta atividade. Nunca deve ser uma obrigação, mas deveremos motivá-los para que leiam de forma constante, para que isso se transforme em uma diversão. Da mesma maneira, deveremos dar o exemplo e ler nós também para que eles vejam que a leitura não tem idade. Para tornar a tarefa mais fácil e para que as crianças e jovens desfrutem lendo. Assinalo a seguir 7 estratégias para fomentar a leitura entre crianças e jovens, e celebrar a data internacional dedicada à literatura infanto-juvenil:

  1. Para poder ler de forma adequada, deveremos dispor de uma boa luz, já que ler no escuro é ruim para a vista e fará com que as crianças se cansem muito rapidamente.
  2. Além disso, o requisito indispensável para fomentar a leitura infantil será encontrar livros ou contos que interessem e motivem as crianças. A leitura deverá ser adaptada à idade de cada um e procurar aquelas temáticas que mais se encaixem com eles e despertem o desejo de ler.
  3. Seria conveniente habilitar em casa um espaço para a leitura, seja o escritório ou o sofá da sala, desde que seja um lugar tranquilo para que o ruído não incomode ou distraia os pequenos.
  4. Também podemos estabelecer horários de leitura compartilhados entre os pequenos e nós, seja diária ou semanalmente. No caso dos menores que ainda têm dificuldades para ler corretamente, temos de ajudar a acompanhar e a compreender a história. Com os mais velhos, podem ser momentos para compartilhar o silêncio e mergulhar na leitura individual.
  5. Dar o exemplo é outro fator bastante importante que ajudará a que as crianças decidam ler. Se eles virem vocês lendo, seus irmãos mais velhos, etc. entenderão que é uma atividade importante e não uma obrigação entediante.
  6. Sugerir e não impor as leituras, erro que cometem muitos mestres. Regalar livros de literatura infantil às crianças, em datas significativas.
  7. Apoiar-se em estratégias lúdicas para motivar a leitura nas crianças: jogos e brinquedos, conta-contos, filmes, dramatizações, fantoches, teatro, jogos dramáticos…Tudo para desenvolver a curiosidade.

Dentro da literatura galega temos interessantes autores que se preocuparam, e preocupam, pela literatura para crianças, como Manuel Maria, Pura e Dora Vázquez, Carlos Casares, Curra Figueroa, Fernández Paz, Concha Blanco, João Babarro, e, especialmente, José Neira Vilas, com a sua trilogia Memórias dum neno labrego, Cartas a Lelo e Aqueles anos do Moncho. E escreveu tambem outros lindos livros como Querido Tomás, Contos de três mundos, Espantalho amigo, A marela Taravela, O cavalinho de buxo, Contos velhos para rapazes novos, De quando o Suso foi carteiro e Chegam forasteiros. E, em colaboração com sua esposa Anísia Miranda, Cantarolas e contos para a gente miuda. Neira Vilas felizmente ainda está entre nós e mora em Grês-Vila de Cruzes, onde dirige a Fundação que leva seu nome.

FICHA TÉCNICA DO DOCUMENTÁRIO:

  • Título original: Neira Vilas. Memorias dun neno labrego.
  • Diretor: Ismael González Diaz (Galiza, 2002, 55 min., a cores).
  • Roteiro: Ismael González, segundo o livro do mesmo título de Neira Vilas.
  • Fotografia: Dani de León, João Leira e Xavier Bar Núnhez.
  • Produtora: Acuarela Comunicación, S.L.
  • Intérprete: José Neira Vilas, que é entrevistado.
  • Nota: Disponível em VHS e DVD no IGAEM de Corunha, por empréstimo.
  • Argumento: Baseado no famoso livro de Neira Vilas, que teve grande sucesso. Balbino é o protagonista principal do livro. Aparecem também outras personagens com ele relacionadas: seu pai, sua mãe, a tia Carmen, o padrinho, o cacique da aldeia, Manolinho (filho do cacique), Lelo, a mestra Eládia e os irmãos de Balbino Célia e Miguel. Este termina como muitos galegos por emigrar a América.

UM ESTUPENDO LIVRO PARA LER, FAZER UM LIVROFORUM E DEPOIS ANALISAR:

Memorias dum neno labrego Capa livro2O protagonista do livro é um rapaz chamado Balbino. Membro de uma família labrega de poucos recursos, o que não lhe vai impedir que lhe sucedam muitas aventuras que vai plasmar num caderno. É uma criança aventureira, muito pícara e valente. Pensa muito no mundo e reflete-o nos episódios da sua vida como labrego. O livro está situado na época do Ressurgimento, nas emigrações dos galegos a América por falta de recursos na sua Terra, nos anos 20 e 30. A história sucede numa pequena aldeia de labregos dirigida por um cacique que fala castelhano. A aldeia é bastante pobre, e também pobre é a família do pequeno protagonista.

As personagens principais do livro são as seguintes:

  • Balbino: é o pequeno protagonista desta história. É uma criança labrega pícara e aventureira. Decorre depois uma série de acontecimentos que estão relacionados com a pobreza na que vive. Isto não lhe impede enfrentar-se aos problemas que sofre e acabar trabalhando para um senhor que o trata bastante bem.
  • O Pai: é um homem sério e compreensível com seu filho, que quer um bom futuro para ele e a maioria das vezes acaba discutindo com seu filho por isto.
  • A Mãe: sempre vai com a tia Carmen.
  • Tia Carmen: ajuda a Balbino em várias ocasiões e sempre o compreende.
  • O Padrinho: dá conselhos a Balbino sobre a vida para chegar muito longe e ser uma pessoa de importância.
  • O Senhor: é o chefe e cacique da aldeia. Teve um grande problema com o pai de Balbino por culpa do rapaz e quase os deita para fora.
  • Manolito: é o filho do senhor que sempre insulta a Balbino e o rapaz farto disto atira-lhe uma pedra que o faz sangrar.
  • Lelo: é o melhor amigo do protagonista que tem que emigrar a América, embora continuam em contacto por carta.
  • Célia e Miguel: são os dous irmãos de Balbino. Miguel emigra a América e Célia acolhe ao rapaz e o ajuda a encontrar trabalho.
  • Eládia: mestra do protagonista da que fica namorado.
  • Em ordem cronológica a temática dos capítulos do livro é a seguinte: no primeiro, sob o título de “Eu sou…”, Balbino apresenta-se. Os capítulos a seguir recolhem nesta ordem os temas que resenho: Perdido na fraga, o judeu, o luto, os grandes (ou maiores), América, o cão Pachim, o rebusque, Eládia (a mestra da aldeia), o fumaço, a morte, o meu amigo, o sacristão, o juramento, a pedra e o destino. Finalmente, Balbino remata a história servindo na casa do Senhor Landeiro, na que tem muitos livros para ler e o caderno cai nas mãos de Alberte, que jura que não lho vai ensinar a ninguém.

A MENINA GALEGA CARMEN GARCIA ESCREVE A SUA IMPRESSÃO SOBRE O LIVRO:

“Do livro Memórias dum neno labrego gostei muito. Nunca lera um romance como este. José Neira Vilas assombrou-me muito. Quando escolhi esta novela, finalmente, soava-me o autor, já que escuitara falar na casa de ele. Este livro achegou-me à Galiza do passado. Durante a minha leitura do livro, perguntava à minha avô e ao meu tio o vocabulário em galego “antigo” que eu não entendia (já que a edição do livro é antiga). Aprendi sobre o campo e sobre os instrumentos da agricultura tradicional galega, como o carro, por exemplo. Penso que seria uma mágoa perder este tipo de conhecimentos sobre a cultura galega. Não é muito estranho que um rapaz da minha idade, por exemplo, nunca ouvira falar sobre a “leira”. Ademais, o que eu não aturo é que uma pessoa fale do “monte”, por exemplo, de maneira ou de forma despectiva e inculta, já que, provavelmente, os seus avós trabalharam nele como era normal antes. O rapaz conta as suas aventuras numa pequena aldeia e, ainda que a sua família seja pobre, goza jogando. Na atualidade, já não é igual. Os tempos cambiaram. No passado, proibiam falar o galego, embora a gente não perdia a esperança e seguia a fala-lo. Em troca, no presente, está “totalmente normalizado” e permitido (como teria que estar sempre), mas a gente prefere falar o castelhano porque dizem que “é mais culto”. Eu estou a favor de que se protejam as línguas de uma terra.

Há gente à que não lhe gosta o galego e que apoia que no ensino não se trabalhe com ele. Já se dizia na canção de Fuxam os Ventos, O Lelo, que está baseada no poema de Celso Emílio Ferreiro. A letra da canção tratava dum menino (da época de Balbino, mais ou menos) que falava galego, como era natural, ia ir o primeiro dia à escola. O mestre fala-lhe castelhano e o rapaz conta-lhe ao seu avó o que lhe acontecia. Diz que seu professor utiliza falas estranhas. Que usa “Abuelo” no lugar de “Avó”, “Madre” em vez de “Mãe” e “Suelo” na vez de “o chão”. O rapaz da canção conta-lhe ao avó que não precisa essa língua para o seu trabalho, diz que lhe chega com a sua língua de sempre, a língua de seus avós e a língua de seus pais.

Alguns capítulos do livro cansaram-me mais, como por exemplo, “O Luto”. Gostou-me muito o livro, já que a temática é do meu agrado. Gosta-me muito o sentimento que Balbino sente pela sua professora. Eu recomendaria-lhe a qualquer companheiro meu este relato para que o goze como o gozei eu.

Com esta leitura, aprendi vocabulário em galego que não conhecia e cousas e conceitos relacionados com a Galiza desta época: como era a cultura, a religião, o poderio, a língua, os direitos… Realmente, esta leitura foi do meu agrado. Parece-me bem que o professor nos amostre uma listagem de livros em galego, para que nós escolhamos o que mais nos goste”.

JOSÉ NEIRA VILAS, FELIZMENTE AINDA VIVO:

Memorias dum neno labrego e Neira Vilas autor entrevistadoNasceu em Grês, Vila de Cruzes, a 3 de novembro de 1928. Filho de labregos, como o Balbino protagonista do livro, estudou comércio por correspondência e trabalhou de contável. Em janeiro de 1949 emigrou à Argentina e entrou em contato com galeguistas como Luís Seoane, Rafael Dieste, Ramón Soares Picalho, Lourenço Varela ou Ramón Valenzuela. Em 1953 funda as Mocidades Galeguistas e casa com a escritora Anísia Miranda em 1957, ademais de fundar a editorial Folhas Novas. Em 1961 vai para a Cuba com a sua esposa, onde desenvolve um interessante labor. Deopis de trinta e um anos na ilha caribenha, já reformados, regressam à Galiza em 1994 para viverem em Grês, onde dirigem a Fundação José Neira Vilas e continuam com o labor cultural e jornalístico.

José Neira Vilas é membro numerário da Real Academia Galega, Doutor Honoris Causa pelas Universidades da Corunha e da Havana, Prémio da Crítica Espanhola (narrativa) e prémio da Crítica Galega (ensaio). Recebeu a medalha Castelão, o Pedrão de Honra, o prémio Celanova Casa dos Poetas, o Prémio Laxeiroe o Prêmio Trasalva em 2004, e foi nomeado sócio de honra da AELG em 1999. A sua obra Memórias dum neno labrego é um livro dos mais lidos da história da literatura galega. Tanto esta como outras de suas obras posteriores refletem o mundo rural e a emigração. Entre elas as crianças são protagonistas principais na obra citada, e em Cartas a Lelo, Aqueles anos do Moncho, Espantalho amigo, O cabalinho de buxo, A marela Taravela, Chegam forasteiros e Contos velhos para rapazes novos. Procurando na internet podem encontrar-se muitos dados sobre ele e a listagem das obras que escreveu, nos diferentes géneros literários.

FOMENTAR A LEITURA ENTRE AS CRIANÇAS:

Aproveitando a data do 2 de abril, dedicada à literatura infantil e juvenil, temos que organizar nos estabelecimentos de ensino de todos os níveis atividades educativo-didáticas, de tipo lúdico e criativo, muito motivadoras para fomentar entre as crianças a leitura. Partindo do princípio pedagógico de que “Associar a leitura a momentos de prazer, e participar ativamente, ajuda a formar novos leitores”. Os adultos são como modelos para as crianças, pois elas querem imitar suas atitudes e seus hábitos. A infância é um período crucial para a formação da personalidade e do caráter do indivíduo, por isso é importante que existam bons exemplos a serem seguidos. A leitura, por exemplo, é um hábito que deve ser incentivado pelos pais o mais cedo possível. Não basta oferecer livros para ler, tem que dar o exemplo e criar um ambiente que seja propício a esta atividade. A leitura contribui para a construção de princípios individuais, visão crítica, desenvolvimento intelectual e ético e tem contato com diferentes visões do mundo. O potencial reflexivo também é lapidado por meio da literatura, já que o texto a leva a indagar, questionar, pensar, articular, fazer associações e reformular suas ideias. O contato literário amplia os horizontes, estimula a imaginação da criança. Além disso, a literatura é como uma ponte entre a realidade e o mundo infantil e a criança expressa seus sentimentos em forma de fantasia, com desenhos, brincadeiras, histórias e músicas.

Memorias dum neno labrego e Neira Vilas autor com criançasEspecialistas ressaltam que quanto mais cedo for desenvolvido o gosto pela leitura, melhor será a compreensão que o indivíduo terá de si mesmo e do mundo que o cerca. A sociedade precisa de pessoas que pensem, criem coisas diferentes, tenham um vasto repertório cultural e que tenham senso crítico sobre as regras e a cultura da sociedade na qual eles estão inseridas. Caso contrário, ficaremos sempre na rotina e aborrecimento. Outro benefício que a literatura proporciona é o enriquecimento do vocabulário, que se reflete na escrita correta.

A escola e os professores são agentes importantes no que diz respeito a incentivar a leitura, mas se os pais não se envolverem nesta missão os resultados não serão os melhores e ainda há o risco do hábito ser deixado de lado com o tempo. O primeiro passo é associar a leitura a um momento de lazer e prazer. Ao levar os filhos ao mercado os pais podem aproveitar e ir à livraria. Geralmente há um espaço lúdico, reservado para que as crianças possam conhecer as obras infantis. Mesmo que naquela ocasião não seja comprado nenhum livro, o passeio será associado à leitura. Os pais também podem ler histórias e estórias em voz alta para as crianças, até mesmo para os bebês. Este tipo de leitura promove o desenvolvimento mental e evita problemas de aprendizagem na idade escolar. Não é preciso ser um contador de histórias, a intenção e a boa vontade são suficientes. Dá para improvisar, imitar vozes diferentes para cada personagem, pegar brinquedos, desenhos e imagens para ilustrar o que está sendo contado, usar músicas instrumentais, enfim, vale tudo, basta usar a imaginação. É recomendado que os livros sejam inseridos na rotina da criança antes mesmo dela aprender a andar. Para os bebês existem várias opções de livros com texturas, feitos de material que pode ser molhado e inclusive com objetos que fazem barulho. Para os mais crescidos os pais devem reservar um momento especial para a leitura em voz alta. Quando a criança já consegue ficar quieta e se concentrar em alguma atividade é hora de levá-la para conhecer uma biblioteca. Frequentar feiras de livros também é uma boa alternativa para aumentar o contato com a literatura infantil. Os pais devem lembrar que os livros também podem ser dados como presente, aumentando a sua importância. Mesmo quando já há certa autonomia na leitura, os pais podem participar fazendo comentários sobre a estória, sobre as personagens e fazendo comparações com a realidade da criança. Discutir o tema trabalhado é fundamental. Por exemplo, na obra brasileira “As Estórias de Zé Doidinho” o bullying ou acosso é tratado de uma forma subtil e lúdica para que os pequenos leitores passem a discernir entre o que é ou não preconceito. Neste caso é possível perguntar a criança se por acaso ela já sofreu alguma discriminação ou se ela já discriminou alguém e ensiná-la a maneira certa de agir. Esta é uma função primordial da literatura, ajudar a construir o caráter dos leitores.

TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR:

Depois de olhar o documentário, utilizando a técnica do Cinemaforum, podemos analisar o filme de Ismael González, tanto desde a perspetiva formal como de fundo. No debate-papo entre estudantes e docentes podemos intercambiar opiniões sobre o que o que a cada um nos sugere a fita.

  • Organizar nos centros de ensino uma ampla amostra sobre o escritor José Neira Vilas. Com cartazes, frases, fotos, textos, livros, esquemas, listagem das obras, biografia do autor, textos recolhidos da internet, capas dos livros e um apartado especial para a obra Memórias dum neno labrego. Com todo o material recolhido também podemos redigir uma monografia ou caderno, para ser logo policopiado.
  • Criação de um Clube de Leitura e uma Oficina Literária, nos nossos centros de ensino. Com a finalidade de fomentar a leitura, usar a técnica do Livroforum e a freinetiana do Texto livre, e desenvolver nos escolares a sua criatividade linguística (poesia, conto, relato, lenda, coplas, aforismos..).

Nota:

Na série As Aulas no Cinema já tratei este tema em dous depoimentos, que podem ser consultados entrando aqui e aqui.

Wael Al-Dahdouh, Pablo González, Nilufar Hamedi e Elahe Mohammadi e Fran Sevilla, candidaturas ao XX Prémio de jornalismo José Couso

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