Lois Alcayde Dans é um jornalista e escritor da Corunha de 24 anos. Decidiu mudar ao galego na adolescência. “Tive os meus séculos escuros desde os seis/sete anos até quase ao final da adolescência”, lembra. Escrevia em galego, mas falava em castelhano. Portanto, decidiu “mudar de língua por afeto e praticidade” porque o seu entorno começou a ser galego-falante.
Destaca que o galego tem “uma riqueza e variedade impressionante” e que “quando se fala galego não se trata de nada melancólico, senão de uma ferramenta de futuro”. “Creio que a língua própria nos dá uma localização, um lugar no mundo. Há um estigma como língua menorizada e aí a política, através do ensino, é muito importante”, ressalta.
Contudo, enquanto corunhês, destaca a importância de falar em galego nas cidades. “Nas cidades galegas há uma maior desigualdade do galego, mas fala-se galego, não graças ao poder político, mas graças a um avanço social que se dá. Eu penso que as cidades não têm que suportar esse estigma”, afirma, porque “o importante é chegar a todo o mundo e não conquistar os que estão conquistados”.
[Esta entrevista foi publicada originariamente em neofalantes.gal]