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Leitura Continuada da obra de Nélida reune numerosas personalidades da cultura e representantes políticos

A homenagem à escritora brasileira de origem galega, Nélida Piñon, sumou centos de pessoas a lerem o seu romance A República dos Sonhos, umha novela que vincula a Galiza e o Brasil através da emigraçom.

A apertura do ato na Cidade da Cultura foi inaugurada por Valentín García, Secretario xeral de Política Lingüística, quem destacou em declaraçons para este portal que Nélida Piñon é “a melhor ponte literária, pola sua altura intelectual e a implicaçom da sua própria biografia como ponte entre Galiza e o Brasil”, e destacou a escolha da obra: “A república dos sonhos é a gran novela da emigraçom galega”.

A alcaldesa de Santiago de Compostela, Goretti Sanmartim, também avaliou a iniciativa qualificando-a de “magnífica”; Sanmartim pujo em valor o reconhecimento de referentes literários ademais da oportunidade de aprender a ler textos em português “em qualquer dos sotaques possíveis, brasileiro, português, galego, e ver que nom há nenhum problema, que é acessível e que permite melhorarmos o nosso modelo de língua”.

Pola sua parte, o presidente da AGAL, Jon Amil, agradeceu todos os agentes envolvidos no evento e destacou que o evento “supom um salto a respeito das duas anteriores leituras continuadas. Desta vez contamos com a colaboraçom duma instituiçom de outro país lusófono, o qual ajuda a fazer real e palpável aquilo que tantas vezes se fala como desejo”.

Também participou lendo um trecho o alcalde de Cerdedo-Cotobade, Jorge Cubela, vila da que a autora era originária, quem exprimiu que “para um vizinho do concelho dos seus avós, que tem a sorte de ser alcalde, é um orgulho e algo que vai trascender a memória dos meus dias”. Também orgulhoso e satisfeito se mostrou Lino Piñon, primo da autora homenageada, quem viviu alguns anos com ela e destacou todas as experiências vividas da mao da escritora.

Membros de todos os partidos políticos acudirom à cita, entre outros, da corporaçom municipal de Compostela a concelheira e tenenta de alcaldesa María Rozas Pérez, de Compostela Aberta, quem descreveu a iniciativa como “necessária”, parabenizando a AGAL pola organizaçom. A concelheira Mercedes Rosón ou a jornalista e ex-deputada do PSOE, Noa Diaz. E também o voceiro no Concelho de Santiago polo Partido Popular e deputado no Parlamento de Galiza, Borja Verea, quem destacou que já nom é a primeira vez que participa numha leitura continuada, e declarou que “o português e o galego som a mesma língua e todas estas propostas ajudam a trabalhar nesse caminho. Temos que intensificar esse trabalho juntos, porque os que mais saímos ganhando somos os galegos, abrindo-se-nos as portas para 300.000 milhons de pessoas com a sua cultura, com a sua música e os seus sentimentos”.

Personalidades do campo cultural

Participaram da leitura também o reitor da Universidade da Corunha, Ricardo Cao, o reitor da Universidade de Compostela, Antonio López Díaz, e professorado de todos os níveis de ensino, descatando algumhas vozes especialistas do campo académico e cultural, como Elias Torres, decano da faculdade de filologia, Carme Villarino, professora de literatura brasileira especialista na obra de Nélida Piñon, José Luís Rodriguez, catedrático e agente central do reintegracionismo, Vítor Freixanes, presidente da Real Academia Galega, Henrique Monteagudo, catedrático de filologia galega e membro da RAG ou Dario Villanueva, membro da Real Academia Espanhola, entre outros.

Também os dramatugos Quico Cadaval ou Cándido Pazó leram um trecho, a escritora Iolanda Aldrei ou a música Isabel Rei Samartim, quem fechou o ato com um concerto de guitarra.

Homenagem

A homenagem, organizada com a colaboração da Secretaría Xeral de Política Linguística, decorre no aniversário do nascimento (3 de maio) de uma das autoras em língua portuguesa que maior vínculo teve com a Galiza, não apenas afetivo, mas também académico e literário através da sua obra mais celebrada: A República dos Sonhos. Neste romance o vínculo entre a Galiza e o Brasil comparece através de um dos motivos mais frequentados da literatura de ambos os países: a emigração.

Por outro lado, o evento também foi uma homenagem à língua portuguesa, que a AGAL considera comum a Portugal, o Brasil, a Galiza e outras nações africanas e asiáticas, celebraçom que coincide com o final da Leitura Continuada, Dia da Língua Portuguesa. Assim, uma vez que o livro será lido na versão original, pretende-se divulgar a ideia de as obras lusófonas podem ser lidas no original por galegos e galegas.

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