Partilhar

Joám Evans Pim: “O desenvolvimento da Paz Andrade por parte da Junta foi pobre, a pesar de contar com propostas bem articuladas para a sua aplicação”

A Lei nº 1/2014, do 24 de março, para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia, conhecida popularmente como Lei Valentim Paz-Andrade, foi aprovada por unanimidade no Parlamento da Galiza há agora uma década. Falamos com um dos promotores da Iniciativa Legislativa Popular que levou este texto a Lei, Joam Evans Pim, para avaliar o percurso dos primeiros dez anos desta.

Neste ano completárom-se 10 anos da aprovaçom da Lei Paz Andrade, qual é a tua avaliaçom sobre a sua aplicaçom durante esta década de vigência?

O desenvolvimento da lei por parte da Junta foi pobre, a pesar de contar com propostas bem articuladas para a sua aplicação. Muito mais positiva foi a recepção social, com uma normalização muito notável da via lusófona em diversos âmbitos, incluindo o educativo. Tampouco é possível esquecer a obstaculização ativa da lei por parte de certos setores do isolacionismo e polo governo espanhol.

O desenvolvimento da lei por parte da Junta foi pobre, a pesar de contar com propostas bem articuladas para a sua aplicação. Muito mais positiva foi a recepção social, com uma normalização muito notável da via lusófona em diversos âmbitos, incluindo o educativo. Tampouco é possível esquecer a obstaculização ativa da lei por parte de certos setores do isolacionismo e polo governo espanhol.

Que acertos e que erros podes identificar olhando para atrás, desde hoje?

O maior êxito da lei foi o seu papel no reconhecimento e legitimação social e política do reintegracionismo e da importância da Lusofonia para a Galiza. Isso tem implicações profundas, mais além da (in)aplicação e ausência de desenvolvimento dos seus conteúdos. Nisso jogou um papel chave o esforço da comissão promotora de procurar um consenso parlamentar, que levou à aprovação por unanimidade. Entre os erros poderia-se referir a discontinuidade da articulação entre as entidades da sociedade civil que lideraram o processo, o que talvez reduziu a nossa capacidade de pressão para o impulso da lei.

Que vias achas que é mais conveniente apanhar, de agora em diante para otimizar o seu desenvolvimento?

Acho que não devemos desistir da via da integração da Galiza na CPLP como observador associado. Existia uma vontade clara por parte da Junta e do Parlamento de dar esse passo, que foi frustrado polo então ministro de negócios estrangeiros Josep Borell. A adesão do Estado espanhol, no lugar da Galiza, foi um fracasso e hoje faz mais sentido do que nunca que o governo espanhol deixe de vetar a candidatura galega.

A CTNL convoca os VI Premios Mil Primaveras

Aos 20 anos do Plano de normalização impulsionado polo Diretor Geral de Política Linguística, Pablo González Moreiras, esclarecendo, a sua génese

Poesia e música líria este sábado na Casa Museu de Manuel Maria em Outeiro de Rei

Semente Vigo convoca Festa do Magusto

Uma década do domínio .gal, dez anos de uma conquista histórica

Júlio Teixeiro: “Temos que situar a questom nacional galega como umha questom existencial, de ser ou nom ser”

A CTNL convoca os VI Premios Mil Primaveras

Aos 20 anos do Plano de normalização impulsionado polo Diretor Geral de Política Linguística, Pablo González Moreiras, esclarecendo, a sua génese

Poesia e música líria este sábado na Casa Museu de Manuel Maria em Outeiro de Rei

Semente Vigo convoca Festa do Magusto