Neste mês de setembro, dia 21, em Meira, houve um acto no que se fixo uma homenagem a nosso querido Isaac Alonso Estraviz. A iniciativa chegou da mão de Mero e o seu grupo de amigos. Esteve bem organizado e nele participaram muitos amigos que falaram da trajetória do homenageado. Ainda que num princípio estava previsto desenvolver o ato no Pedregal de Irima, onde nasce o rio Minho, o parte meteorológico anunciava temporal. Por essa razão, o evento mudou para um local onde depois houve um jantar conjunto.
Não faltou a presença dum grupo de gaiteiro, acompanhados com um tambor e um bombo, que tocaram peças galegas com gaitas galegas. Estamos fartos em Ourense de ver gaitas escocesas coas chaves fechadas, e ouvir sons estridentes ante o som doce das nossas. Logo vieram as palavras de Estraviz que, como sempre, fazem Terra, fazem Povo e lutam pela língua. A mesma língua que floresce em Portugal, coma afirmava Castelao. Se pudesse destacar só uma frase das que disse (podem ver o corte inteiro no video) destacaria a que nos anima a todos a respeitar todas as línguas, povos e culturas.
Isaac A. Estraviz deu parte da sua vida pela língua galega e pela Galiza, por isso também esta homenagem foi fora do comum. Estraviz não se emociona, mais bem desfruta de ver que os seus amigos fazem País, falam galego e lutam contra os que não querem que medremos. O valor das pessoas não se olha desde as suas próprias palavras, por isso quero animar a todas as pessoas para que leiam os seus livros. Com uma entrevista concedida a Bernardo Penavade e através dum epistolário com Ramom Pinheiro, podemos concluir que o seu trabalho foi o eixo fundamental para a língua deste país. As traições e trampas de outros também saem à luz. Estraviz conta as coisas para que o futuro não tenha atrancos do passado. Ele sabe que se perdéssemos a língua, deixaríamos de ser uma Nação.