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Fundaçom Meendinho realiza petiçom em defesa da língua

carvalho-calero-bustoA petiçom pode-se assinar aqui e expõe o seguinte manifesto:

Nesta Europa de abatimento das fronteiras, não deve ser problemático para ninguém, que os galegos e galegas, é dizer a Galiza, podamos estar no mundo inseridos no nosso espaço cultural, vivendo-o com plena normalidade.
O que significa, que se cumpra a Lei da Galiza 1/14. A Carta Europeia das línguas Regionais e Minorizadas, em todos os seus extremos. As duas diretivas europeias sobre ensino de línguas. E para a Galiza, minoria nacional do estado (no quadro do direito internacional, no quadro constitucional “nacionalidade histórica”), se respeitem as resoluções da ONU a esse respeito.
A Espanha tem que entender que isso além de não supor nenhum problema para ela, deveria fazê-la mais forte e segura e achegar-lhe muitos benefícios ao passar de políticas de submetimento e negação, a políticas de respeito e empatia.

Porque reclamamos isso:

A- Para Carvalho: Espanha não sente a Galiza, como algo que lhe é consubstancial e próprio. Se isso fosse assim: Espanha amaria a nossa língua, reconheceria o direito dos galegos e galegas a vivermos nela. Nem confundiria o conhecimento do castelhano com o direito dos castelhanos a serem atendidos na sua língua na Galiza de jeito universal, simples exercício de imposição. As relações comunicativas com Portugal meios TVs seriam o normal e não impedidas como estão. As grandes datas e fatos comemorativos da nossa história, seriam festejados por todos, e formariam parte do acerbo comum da Espanha; mas infelizmente são apagados, ocultados, tergiversados, como mais um caso de povo submetido e negado.

B- Para Carvalho: Que enquanto se reforça continuamente o fator da utilidade e a correspondente necessidade da língua castelhana; para a língua da Galiza, as políticas reduzem-na, a um sentimento carente de utilidade e necessidade, o que a faz perceber como uma escolha na intimidade privada e sentimental, despida do que é a realidade das línguas: uma criação coletiva que se vive socialmente e como tal é necessária e útil.

C- Para Carvalho: Sob a pretensa normalização da língua da Galiza, sempre inacabada, as autoridades espanholas apresentam-na carente de qualquer sentido de utilidade e expurgada da sua dignidade e da sua condição de ser uma das línguas europeias de maior difusão internacional, usada em todos os continentes, que com a variedade própria das línguas internacionais é falada por centos de milhões de pessoas no mundo.

D- Na Galiza pre-autonómica constituiu-se uma comissão oficial para regulamentar a língua. Carvalho como Presidente da Comissão oficial de elaboração das normas da Língua com participação de todas as correntes (publicadas: 1980 Boletim Oficial de Galicia pré-autonómica núm 6), e tendo em conta a “história clínica da língua”; a Comissão propõe na altura umas normas de mínimos de reintegração no modelo histórico, e nas que todos se pudessem sentir bem cómodos e ir avançando segundo as necessidades e a sua consolidação, a começar pelas universidades etc. Mas foram por Espanha e as suas políticas banidas. O ensino não foi transferido à Galiza até o curso 1982-83; porém em junho de 1980 o ministério desde Madrid publica uma orde, na que se declara que essas normas não serão seguidas pelo Ministério por se afastarem de mais do padrão castelhano. E no verão do 1982, quando Filgueira Valverde (desde a Galiza e na linha do ministério), impulsiona o modelo fácil de língua, não seja que ele for quem de causar problemas ao ensino da língua séria, o castelhano, em palavras dele (entrevista em La Voz de Galicia).

E- Para Carvalho Calero: Hoje seguimos no ensino, sem “o recebermos de jeito integral na nossa língua”. (isso está proibido). E além disso, somos impedidos do conhecimento da diversidade interna que há no seu espaço, não acessando ao conhecimento das suas variedades sob a lei de ferro da fronteira do estado, violentando assim a normativa legal que nos ampara. Como vem de dizer os Ministros do Conselho da Europa nas suas recomendações sobre aplicação da Carta europeia “O estado espanhol, ainda que se reclama como “autonómico”, não desenvolveu uma cultura interna da pluralidade”

A doutrina de D. Ricardo Carvalho Calero

Ele o exprimia-o nesta sentença: Ou o galego é galego-português ou é galego-castelhano. E o galego-castelhano é muito forte na adesão da subcomunidade linguística nossa no estado a comunidade castelhana, e liquidador da comunidade galego-portuguesa. Para o galego-castelhano qualquer cousa que for castelhana pode-se passar por galega, mesmo por isso, por ser castelhana, e ao ser o castelhano a língua imposta ao cento por cento dos galegos e galegas, é língua teito, e elemento de correção dos utentes do galego-castelhano.

A Fundaçom Meendinho fez grande homenagem a Carvalho há dez anos, como não fez ninguém, com este monumento:

 

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