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Evitar o galego sexista

No último “Galego de Todo o Mundo”, o presidente da AGAL reflete sobre a línguagem sexista. Para Eduardo Maragoto ela seria reflexo da sociedade que a utiliza, de maneira que nom deveria surpreender que refletisse as principais desigualdades que gera a nossa sociedade dividida em etnias, classes sociais, sexos, etc. Mas também por isso, a ninguém deve surpreender que nas próximas décadas todas as línguas venham a sofrer importantes mudanças que irám ao encontro da reivindicaçom da diversidade nas nossas sociedades. A nossa língua nom irá ficar à margem dessa revoluçom, e também nisto podem colaborar galego e português.

Por isso, segundo Galego de Todo o Mundo, emitido por Nós Televisión, seria “interessante darmos passos para incorporar uma linguagem que restaure o protagonismo das mulheres” nos discursos, acompanhando um movimento que tem avançado muito nas últimas décadas consistente no uso de genéricos reais em vez dos tradicionais genéricos masculinos.

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Entre os genéricos reais mais usados e eficazes para neutralizar a linguagem encontramos nomes:

  1. coletivos: o povo galego (por “os galegos”) / o eleitorado (por “os eleitores”) / a assistência (por “os assistentes”)
  2. neutros: as crianças (por “os nenos/os meninos”) / os membros (por “os sócios”) / as pessoas ricas (por “os ricos”)
  3. abstratos: a redaçom (por “os redatores”), a direçom (por “o diretor”), a judicatura (por “os juízes)

O programa propõe mais estratégias no sentido de alcançar uma língua mais igualitária e defende que também neste campo poderiam colaborar o galego e o português. Nesse sentido, por exemplo, Maragoto diz que “faria todo o sentido que a RAG acompanhasse uma colaboraçom que a própria sociedade já fai espontaneamente nalgum caso, como no uso da palavra criança, incorporada através do português, e cujo uso está estendidíssimo já entre muitas pessoas galego-falantes, empurrada pola necessidade de encontrar nomes neutros como alternativa aos genéricos masculinos (nenos, meninos, cativos, pícaros).”

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