Partilhar

Editorial Galaxia abre-se ao galego-português em ‘Tempos chegados?’

Com a saída do prelo de Tempos chegados? Sobre o futuro político da Galiza, a Editorial Galaxia abre-se à publicação de textos na norma internacional do galego, ainda que seja só de maneira parcial. Por trás do livro encontramos Arturo de Nieves e Carlos Taibo; esta dupla é uma reedição da parceria que já deixara na Através Editora o interessante volume Galego, português, galego-português?.

tempos chegados (capa)Sob a coordenação destes dous especialistas, em Tempos chegados? encontramos textos de José Antonio Portero, em castelhano; Justo Beramendi e Xavier Vence, em galego ILG-RAG; e Joám Evans, já na norma internacional da nossa língua. No epílogo da obra, De Nieves e Taibo assinalam que o seu intuito com este livro é «contribuir para o que consideramos deveria ser uma escolha madura e reflexiva por parte da cidadania galega», pois «a forma de organização política duma sociedade é determinante no bem-estar das pessoas que a integram».

Contactados polo PGL, os coordenadores aprofundam nesta ideia. «Após algumas mudanças, bem conhecidas, que tranformaram o sistema político galego durante o último, lustro pareceu-nos que o debate sobre o futuro político da Galiza voltou estar na agenda pública com uma força que não se observava desde meados da década de 90 do passado século». Dada a importância que tem um debate destas caraterísticas para o futuro de qualquer país, «achamos que seria interessante contar com um trabalho em que ficassem expostas as principais propostas de organização político-territorial para a Galiza com um rigor na argumentação maior que o que pode outorgar a conversa informal ou a informação jornalística».

Portero, Beramendi, Vence e Evans defendem no livro quatro maneiras diferentes de perceber o futuro da Galiza, respetivamente a continuidade como comunidade autónoma dentro do Estado espanhol, uma Galiza integrada num Estado federal espanhol, uma Galiza soberana e uma Galiza situada fora da instituição Estado.

«O nosso labor, ademais de coordenar o trabalho dos quatro co-autores do livro, consistiu em redigir um prólogo no qual explicamos a pertinência da obra e um epílogo que inclui uma reflexão sobre o debate arredor do futuro político da Galiza, bem como uma análise descritiva dos principais problemas que afetam a sociedade galega atual», explicam Taibo e De Nieves. «A ideia era que o leitor ou leitora poda contrastar cada uma das propostas com as principais problemáticas a afetarem o país, no convencimento de que qualquer tipo de organização política dum país deve servir para melhorar o bem-estar da sua população», salientam.

A(s) língua(s)

Como já se indicou, o livro está escrito em galego —dous textos seguindo o modelo ILG-RAG, um outro seguindo o padrão português— e castelhano —o texto restante—. Segundo os coordenadores, este trabalho é «por cima de tudo, um exercício de democracia e de pluralismo que, felizmente, inclui também a língua», e agradecem também que os quatro autores demonstraram «a melhor atitude de diálogo e de compromisso com este projeto». Quanto à editora, tampouco «qualquer peja ou dificuldade no que atinge à nossa liberdade linguística ou à dos co-autores». «A nossa opinião é a de que esta obra contribui humildemente a reforçar o debate democrático e o diálogo aberto na Galiza. Sem tabus nem sectarismos, nem no que tem a ver com as propostas de organização política para a sociedade galega, nem no que tem a ver com a língua», insistem De Nieves e Taibo.

 

A Mesa tramitou mais de um milhar de expedientes em 2023

Areias de Portonovo, uma jornada atlântica da Galiza ao Brasil

A USC comemora os 50 anos da revolução de 25 de Abril que deu início à democracia contemporânea em Portugal

Sónia Engroba: ‘Não somos conscientes nem conhecedores do poder da nossa própria língua’

Novidades Através: 50 anos de Abril na Galiza

Lançamento do livro González-Millán, a projeção de um pensamento crítico, em Braga

A Mesa tramitou mais de um milhar de expedientes em 2023

Areias de Portonovo, uma jornada atlântica da Galiza ao Brasil

A USC comemora os 50 anos da revolução de 25 de Abril que deu início à democracia contemporânea em Portugal

Sónia Engroba: ‘Não somos conscientes nem conhecedores do poder da nossa própria língua’