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Cravos vermelhos no IES nº1 da Estrada

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O 25 de abril o IES nº 1 da Estrada amanheceu com cravos vermelhos. Organizada pelo Departamento de Galego, a Bibilioteca e Normalização Linguística, decorreu no liceu a Semana da Lusofonia, de 24 a 28 de abril. Apesar de existir o português como segunda língua estrangeira apenas em 1º e 2º da ESO, as atividades consistiram em palestras para todos os níveis educativos, quer dizer, para todo o alunado. Foram as bem conhecidas palestras da AGAL, OPS.O português simples, visando introduzir os alunos na escrita e na leitura do português a partir da sua vantagem competitiva como Galegos, empregando um material didático de ótima qualidade.

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Concretamente, o 25 de abril decorreu a correspondente a 3º da ESO e 4º da ESO, ministradas por Tamara Varela e Loaira Martínez. Cumpre dizer que o Concelho da Estrada financiou uma destas duas últimas. É uma boa nova que as instituições amostrem o seu compromisso com a nossa cultura, para além da oficialidade reinante.

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Por último, a correspondente a 1º da ESO foi ministrada o 27 de abril por Susana Arins, encerrando com grande sucesso as atividades desta formosa semana de bandeiras, grafias e cravos vermelhos. À qualidade do material didático, cumpre acrescentar a qualidade pedagógica das palestrantes. Muitos parabéns para elas e para a própria AGAL.

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Houve apenas uma exeção, a palestra para os rapazes de 2º da ESO o 25, ministrada pelo autor deste artigo, professor de francês no IES nº 1. Comecei a falar com sotaque português, apresentando as suas linhas gerais, mudando a seguir para o sotaque galego. Os alunos, todos galego-falantes, puderam comprovar a boa compreensão que eles têm da língua, mesmo com diferente sotaque. Destarte, comparei a sorte do galego a respeito das outras línguas oficiais do Reino de Espanha, o catalão e o euscara. Quis fazer fincapé no grave problema da autoestima, nomeadamente nos próprios galego-falantes, e na importância de nos orgulhar da nossa língua, uma língua internacional. Neste sentido, mencionei a palavra e o sentimento da saudade, já perdidos infelizmente na Galiza, mas ainda vivos em Portugal e no resto da Lusofonia, como origem da nossa essência coletiva e da musicalidade do nosso idioma.

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Depois, expliquei um bocadinho o que foi e o que é o 25 de abril em Portugal e fora de Portugal. Falei também da Lusofonia nos cinco continentes, a insistir no facto de o português ser a língua latina mais espalhada pelo mundo, por cima do espanhol, apesar de ser esta língua românica a mais falada. A seguir, comentei as minhas experiências pessoais com a Lusofonia, e recitei um poema meu em português à galega, com o intuito de que os alunos se apercebessem da possibilidade de ler perfeitamente em português conservando a sua própria fonética. Pela expressão dos seus olhos, acho que gostaram do que ouviram. Para mim foi um prazer partilhar com eles, com os bons rapazes das freguesias da Estrada, a apaixonante descoberta da nossa cultura, uma experiência nova, linda e enriquecedora.

Finalmente, escutamos três cantigas do Zeca Afonso. A Grândola, obviamente, mas também Milho Verde e Traz outro amigo também. Foi o momento mais emotivo. Os raparigos adoraram, cantaram e emocionaram-se. Quiseram escutar mais vezes a Grândola, mas não houve tempo para mais música. As letras das canções e a intensa emoção levaram-nas para a casa. Oxalá levaram também o amor pela nossa língua, e o interesse por descobrir até onde ela chegou e até onde ela ainda pode chegar.

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