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Coma quem diz, um ninguém

Xian Naya Sánchez – Mudar de língua é… coma tingir os cabelos, mas de verde, ou dumha outra cor bem rechamante. Depois de passar bom tempo refletindo chegas à conclusom de que deves tingir-te, e é nesse intre no que te dás de conta de que nom tés – nem deves ter – volta atrás.

Passar-te ao galego na Corunha aos 20 anos nom é doado. Nem muito menos. Grande atrevimento é o de sair da casa falando algo que nom é o esperado, que se sai do “normal”.

O normal… utópica palavra numha cidade em que nem os caixeiros automáticos falam na nossa língua. O normal… que raios é isso!

***

Pois é que um dia decides ir por aí com os teus verdes cabelos ao ar, sem mais, farto já de aguardar polo momento, e com fôlegos abondo para aturar o que che poda vir, que virá… tranquilinho… que virá cedo!!

Conto por acaso umha das muitas anedotas que lhe pudérom acontecer a “um ninguém”.

Um dia polas céntricas ruas da capital, topei cum amigo, o qual à sua vez andava acompanhado de outros dous colegas. Sem mediar palavra apresentou-me um dos seus companheiros, o qual depois de escuitar o meu nome perguntou-me, com cara de assombro:

– mmm…Y en español, ¿Cómo es?.

Eu, estranhado pola questom respostei, nom com mais (nem menos) retranca do que a situaçom exigia:

-Pois home, em espanhol nom che sei, eu chamo-me Xian, sem mais 😉

A “nom traduçom” pola minha parte nom pareceu agradar-lhe muito ao nosso “amável” desconhecido, que pensou (e mesmo sentenciou) que eu “debia ser uno de esos separatistas radicales que les da por hablar gallego”, desses que a ele “no le molan nada, porque esto es España (this is Spain, para os bilingües), y cuando gana la selección bien que saltamos todos”. (Depois tivem também de lhe explicar que nom gostava de futebol. Ainda nom deveu entender nengumha das duas cousas.)

Eu como dizia antes som Xian. Ou Cibrao, ou Brais, ou Lua, ou Jurjo, ou Ugia, ou…tantos outros. Som, ao fim a ao cabo, um rapaz de cidade, um neo-falante. Coma quem diz, um ninguém.

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