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Burela celebra o 1º Dia da Literatura Cabo-Verdiana

O encontro será inaugurado por Odete Alves, Conselheira da Embaixada de Cabo Verde; na clausura participará o deputado Francisco Pereira, que viaja expressamente por este motivo.

A primeira grande obra narrativa da literatura de Cabo Verde cumpre 75 anos (1947-2023) e com esse motivo Burela vai-se converter por um dia na capital cultural da expressão galego-lusófona. Às 10 da manhã do dia 14 de março quase dois centenares de pessoas irão reunir-se na biblioteca do Instituto Perdouro para fazerem uma leitura continuada do Chiquinho, de Baltasar Lopes. Na inauguração participarão uma estudante, a professora de Língua Portuguesa, o alcaide de Burela e a Conselheira da Embaixada de Cabo Verde.

Pela primeira vez na história, a mais universal das crianças cabo-verdianas vai falar em público no seu idioma próprio: o cabo-verdiano, resultado da síntese do galego-português e das línguas africanas dos povoadores do arquipélago.

A mais universal das crianças cabo-verdianas vai falar em público no seu idioma próprio: o cabo-verdiano, resultado da síntese do galego-português e das línguas africanas dos povoadores do arquipélago.

As palavras do seu discurso foram preparadas para a ocasião por Edilson Sanches Tavares, estudante de Línguas Modernas na Universidade de Santiago, e por Noemy dos Reis Cardoso Borges, a estudante encarregada de abrir o encontro pondo voz a esse fragmento.

Depois desse momento carregado de simbolismo, intervêm na inauguração Odete Alves, da Embaixada de Cabo Verde, e Alfredo Llano, alcaide de Burela. Finalizadas as palavras de saudação e de explicação da atividade começam as leituras. Imediatamente a seguir das autoridades políticas tomará a palavra o escritor Séchu Sende, estreitamente interessado na literatura africana desde a etapa da adolescência; um grupo de alunos e alunas do Instituto Marco de Camballón, de Vila de Cruzes; a politóloga Susana Basanta; Natalia Irimia, coordenadora da Equipa de Dinamização Linguística do Instituto Perdouro; e o professor Lourenço Gomes, da Universidade de Cabo Verde, que intervirá por videoconferência.

Ao longo das quase oito horas de leitura continuada haverá um autêntico rosário de momentos especiais. No tempo de recreio (às 11 horas), a comunidade participante reunirá-se para fazer uma fotografia para deixar constância da feliz iniciativa que reúne pessoas de todas as idades e de muito diversas procedências nacionais e sociais.

Por volta do meio-dia o aluno Breogán Fernández Bouza cederá o testemunho à sua mãe, a historiadora Lucía Bouza, que abrirá a participação das famílias da comunidade escolar. Uma hora mais tarde o Chiquinho reunirá na mesma mesa o professor Manuel Carreira, de Formação e Orientação Laboral, com a professora de Línguas Clássicas Efigenia Maseda, que estará acompanhada por vários alunos e alunas de origem cabo-verdiana. Por volta das 13h30 será o momento da participação de representantes de dois novos países: Argentina e Portugal. A sessões da manhã terminarão com a participação do biólogo Fernando Losada, com longa trajetória em programas de radiodifusão comunitária, e a escritora cabo-verdiana Amália Faustino, inspetora educativa já reformada, que intervirá de Lisboa.

A leitura continuada não terá pausa. Entre as 14h e as 15h, durante a hora do almoço de irmandade, chega o momento da emissão de vídeos. Abrem esta sessão Christian Salles, do Rio de Janeiro, um historiador brasileiro muito ativo nas redes de comunicação no espaço galego-lusófono e com longa trajetória de colaboração com a intervenção educativa Modelo Burela; e a professora e escritora Laura Ramos Cuba, formada nas aulas do Instituto Perdouro. A seguir farão a leitura docentes e estudantes do Instituto do Barral (Ponteareias), da escola de Fondo-Nois (Foz), do Instituto Gamallo Fierros de Ribadeu; e da Escola Oficial de Idiomas de Lugo.

Como a “alimentação espiritual” é absolutamente compatível com a “alimentação material” -especialmente se estiver bem cozinhada-, a comunidade que participa presencialmente terá a oportunidade de partilhar um almoço preparado para a ocasião por Fernando Quelle Cordido, que participará na leitura no primeiro momento da tarde.
Outro dos momentos especiais irá produzir-se às 15h. Será o momento em que o Chiquinho reúna na mesma mesa duas autoridades da cultura em Burela: Rocío Rivera Seara, da Asociación Cultural Ledicia; e Antonina Semedo, uma das fundadoras de Batuko Tabanka. Uns minutos mais tarde, tomarão a palavra a estudante Noa Castro, de 3º de ESO, integrante do Clube de Teatro de Barreiros, e Albano González Cancio, historiador e impulsor da associação musical Dambara. Nessa mesma hora compartirão leitura Moustaphá Sarr, originário do Senegal, e a educadora social Alba Fernández, impulsionadora do café e sala cultural “A Sacabeira”, onde destaca uma grande pintura mural que se converteu num símbolo icónico do convívio entre culturas.

Para entre as 4 e as 5 da tarde está prevista a participação doutras 27 pessoas. Junto a Karina Parga, coordenadora da biblioteca do Instituto Perdouro e uma das integrantes da organização, estarão vários estudantes que mostraram disposição para colaborar fora do horário escolar; a dinamizadora cultural Dolores López Caión, o concelheiro Mario Pillado, as responsáveis dos serviços sociais municipais (Noelia Legaspi, educadora familiar; e Conchi Pernas, da área de imigração), o empresário Ignacio Expósito e o fotógrafo Eduardo de Martís, diretor da iniciativa Galicia Latente.
Por volta das 16h30 compartirão mesa a futebolista Jozie, do Burela FS, e a concelheira de Imigração Noelia Ben.

Na abertura do bloco final intervirá o cineasta Matías Nicieza, que dará passo a Lígia Borges (da Escola Oficial de Idiomas de Mérida), o académico Ramón Reimunde, o editor Francisco Macías (diretor de Edicións Positivas) e em representação da USC as professoras Helena González e Felisa R. Prado e Elias Torres, decano de Filologia. As duas últimas leituras serão as de María José Pardiñas, diretora do IES Perdouro, e Francisco Pereira, deputado do Parlamento de Cabo Verde

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