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“Beyond Spain” umha proposta crítica frente a “lavagem da imagem” de Espanha na Feira do Livro de Frankfurt

Esta feira do livro de Frankfurt é um dos maiores eventos do mercado cultural internacional: trata-se da maior feira do livro do mundo e as suas tendências, debates e eventos tenhem repercusom em todo o mundo.

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feira do livro de Frankfurt

As reaçons frente esta “honra” para Espanha nom se figérom esperar e organizou-se umha iniciativa cultural crítica que aponta para a funçom de lavagem da imagem do Reino: “Igual que ocorre com o White- ou Green-Washings, há provavelmente umha tentativa de utilizar vozes diferentes e apresentaçom de outras línguas, que sistematicamente som excluídas na Espanha, como o catalám, o êuscaro ou o galego como a ‘riqueza’ de Espanha”.

Assim, nasce umha iniciativa internacional que tem como objeto “oferecer um espaço para a criaçom cultural e literária, para as línguas e os direitos linguísticos, para as ideias democráticas, antifascistas e anticoloniais”. A proposta pretende desenvolver umha feira paralela na cidade de Frankfurt à feira do livro de 2022: A Feira Beyond Spain, em locais alternativos, e que se desenvolverá mediante umha campanha de microfinanciamento.

A proposta pretende desenvolver umha feira paralela na cidade de Frankfurt à feira do livro de 2022: A Feira Beyond Spain, em locais alternativos, e que se desenvolverá mediante umha campanha de microfinanciamento.

Segundo as organizadoras, a pretensom é “mostrar que, por um lado, nom queremos ter nada a ver com esta Espanha, e, por outro, queremos dar visibilidade às nossas próprias línguas, culturas, memória histórica e lutas sem ser dependentes das diretrizes espanholas.”
A iniciativa esclarece que nom vai dirigida de nenguma forma contra autoras, trabalhadoras culturais, editoras ou promotoras espanholas ou em língua espanhola, mas “a cultura e a literatura tenhem lugar num contexto político.” E para isto apresentam um evento cultural com quatro linhas de conteúdo, produçom literária e ativismo político-social. Estes som os alicerces que assinalam da proposta:

“Euskal Herria, Catalunya e Galiza somos naçons com a nossa língua, cultura e literatura próprias. Vamos criar um espaço para as nossas línguas, produçons culturais e para dar visibilidade à nossa realidade política. Escritoras, poetas e músicas terám um espaço para mostrar o seu trabalho, e as organizaçons sociais poderám dar conta do seu compromisso com a língua e a identidade cultural.

Escritoras, poetas e músicas terám um espaço para mostrar o seu trabalho, e as organizaçons sociais poderám dar conta do seu compromisso com a língua e a identidade cultural.

A “criatividade vibrante” anunciada para a Feira do Livro tem um lado escuro: Na Espanha, as artistas som condenadas a prisão por textos críticos com a monarquia; as chamadas línguas co-oficiais, catalám, êuscaro e galego, som sistematicamente expulsas das funçons públicas e afastadas do parlamento, a economia, a educaçom ou os médios de comunicaçom procurando transformá-las em folclore; Os movimentos democráticos estám a ser legalmente perseguidos e proibidos, só na Catalunya existem atualmente 3000 represaliadas.

Tal e como acontece noutros países europeus as forças populistas de extrema direita estám a aumentar na Espanha. Porém, ao contrário do que noutros países, este aumento foi deliberadamente alimentado polo governo através dumha campanha nacionalista sem precedentes desde o franquismo; a chamada a “Salvar a pátria” contra do movimento independentista de Catalunya que tivo a participaçom do PSOE—Hoje no governo. Isto nom é algo que surpreenda. Ainda hoje as descendentes das vítimas do franquismo estám a lutar por ter justiça —milhares de pessoas assassinadas estám ainda em fossas comuns ou nas cunetas enquanto os culpáveis fôrom amnistiados e continuam hoje a formar parte das estruturas policiais, militares e judiciais do estado.

Espanha é umha antiga potência colonial que tem saqueado e assassinado sem piedade na América. Contudo, no imaginário das forças de direita e neofranquista, a América Latina continua a ter umha dependência da Espanha, que continua a exercer umha hegemonia económica e cultural enquanto se destroem as culturas e línguas indígenas e se explora a sua terra e recursos. Também queremos dar um espaço para aquelas cuja língua, terra e cultura fôrom submetidas pola Espanha durante séculos.”

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