Segundo o estudo apresentado no mês passado nos XXVI Encontros pola Normalización Lingüística, organizados polo Consello da Cultura Galega, os concelhos com maior presença do território da CAG (Comunidade Autónoma Galega) som Rianjo (com algo mais do 20%), Porto Doçom, Castro de Rei e Lourenzá (por volta do 15%).
Neste encontro, Bernardo Penabade, representando da iniciativa Modelo Burela, umha de cujas linhas de trabalho é a difusom do galego neste tipo de inscrições, enfatizou que “a colheita nom apareceu por geraçom espontánea. É o resultado dum trabalho intenso e prolongado de muitas pessoas e entidades”.
Antes de 1970 a língua galega não existia nas referências funerarias, excetuando casos célebres e pontuais como os de alguns defuntos do Panteom dos Galegos/as Ilustres, Eduardo Pondal ou Leiras Pulpeiro. Esta tendência perviviu até a mudança de século, porém, nos últimos 24 anos, paradoxalmente os de maior retroceso do uso da língua, o galego foi achegando-se ao espaço dos mortos. E nos últimos 24 anos a gente do comum começou a integrar o seu idioma também para registar o espaço funerário.
O estudo de campo está agora disponível para consulta no mapa, desenvolvido polo jornalista David Canto, com base nos 313 concelhos dentro da Comunidade Autónoma Galega, e que pode ser consultado aqui:
Destacam pola presença do galego nas exéquias fúnebres Ortigueira, Lourenzá ou Meira, que passou de 4 a 30% de esquelas em galego nos últimos anos.
Segundo explica Penabade, há quatro fatores que influem nesta mudança de tendência e tenhem propiciado o importante aumento do galego no ámbito funerário: As famílias, as empresas de Pompas Fúnebres, o clero e também a escola.
Empresas funerárias no idioma dos defuntos
As empresas funerarias tenhem um papel central nesta mudança, já que se o serviço nom é oferecido, a maioria das famílias nom lembram a questom linguística num momento difícil como a despedida dum defunto. Porém, quando um destes negócios incorpora o galego, fai com que a paisagem mude, de esquelas e recordatórios até as inscrições nas lápidas e os adornos florais.
Neste sentido normalizador, destacam entidades como Serfuja, responsáveis de que no cemitério de Castro de Rei umha de cada cinco lápidas estejam em galego. Também as funerárias de Monterroso (A Ulhoa), Lourenzá e Foz (A Marinha), propiciarom que 95% das esquelas, adornos florais e lápidas contemporáneas no seu concelho sejam em galego, salvo que o cliente pida o contrario. Exactamente o sentido inverso da prática convencional.