A campanha, desenvolvida por um grupo de estudantes de 4º da ESO do IES Rafael Dieste da cidade herculina é iniciativa do professor Alberto Pombo -que foi diretor deste Portal- quem trabalha na sua aula animando as moças e moços a ultrapassarem as portas do liceu para a sua intervençom.
Com a legenda aquí tamén se fala, proponhem a colocaçom dum cartaz em estabelecimentos comerciais, hostaleiros e lojas do bairro, que sinalam a sua disponibilidade para oferecer atendimento em galego. Segundo o docente “Esta é, por cima de todo, umha campanha feliz, que encheu de orgulho cada bairro da cidade”.
“A acolhida foi espectacular” -declara para o PGL, Alberto Pombo- “Tivem a oportunidade de visitar alguns espaços ou escuitar as declaraçons dalguns dos e das comerciantes em entrevistas radiofónicas, e em todos os casos os elógios à rapaziada fôrom umha constante. E no fundo o que persiste é que a hostilidade à língua, além dos usos de cada um, é residual e minoritária. De facto, houvo negócios que escrevérom para saber que deviam fazer para conseguir o cartaz.”
Em poucas semanas de campanha já som 500 estabelecimentos comerciais corunheses os que luzem o cartaz de “Aquí tamén se fala galego” nas montras.
Em poucas semanas de campanha já som 500 estabelecimentos comerciais corunheses os que luzem o cartaz de “Aquí tamén se fala galego” nas montras.
Por outra parte, a Agra é um bairro de acolhida dumha intensa imigraçom, primeiro de comarcas rurais próximas, e mais recentemente de outros países, o que fai que hoje convivam pessoas de diferentes origens que nom tenhem o galego como língua materna. Porém, segundo o professor Pombo, na campanha participou mesmo alunado exente da matéria: “Todos e todas se envolvérom no projecto procurando umha outra via de aproximaçom à língua e à cultura. Rapaziada que nasceu em África ou na América Latina que combinou no tempo de lazer para espalhar a língua galega nos diferentes bairros da cidade. Ainda, o mesmo aconteceu do lado dos comércios, com lojas dirigidas por pessoas do Pakistao, do Senegal, da China ou da Venezuela, que exibírom orgulhosos um cartaz que di que ali também hai pessoas que falam galego.”
Alberto Pombo fez fincapé, também, no orgulho corunhês: “É hora de rachar com os preconceitos. Milheiros de pessoas empregamos o galego nas nossas interaçons diárias na cidade da Corunha com rotunda normalidade”. Aliás, ainda cumpre destacar o papel histórico da cidade en relaçom à língua, por ser onde “nasceram as Irmandades da Fala, a Cova Céltica, a Escola Regional de Declamaçom ou a Real Academia Galega. Aqui celebrárom-se os primeiros Jogos Florais e coroamos como poeta a Curros Henríquez, no que hoje conhecemos como Teatro Rosalia de Castro, que também foi vizinha da nossa cidade.”