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Apresentaçom do “Livro alheio. Antologia de traduções de Haroldo dos Santos” em Compostela

Na sexta-feira dia 30 às 19:30 a Livraria Couceiro de Compostela acolherá a apresentaçom do Livro Alheio, Antologia de Traduções de Haroldo dos Santos. Falarám Xandra R. Grey (por videoconferência), Igor Lugris e David Barreiro.

A última novidade dentro da coleção “Através das letras” recolhe fragmentos das traduções realizadas por Haroldo dos Santos entre 1961 e 1999: quase 40 anos de criação, transcrição e tradução resumidos nestas 128 páginas que oferecem uma crestomatia diferente e plural.

A brasileira Xandra R. Grey, professora na Universidade Federal de Santa Catarina, e o galego Igor Lugris, investigador do Instituto Gallaecia de Altos Estudos Culturais, foram as encarregadas de terminar o projeto começado polo próprio Haroldo em 2006, e que ficou inconcluso devido ao seu falecimento.

O livro abre-se com duas citações, uma de Bernardo Atxaga e outra de Lavinia Itzá, as duas indicando (sendo coerente com o conjunto da obra), o nome das pessoas responsáveis da tradução:

Dirán que son un autor acabado, incapaz de escribir un libro por min mesmo, e que por iso recorro á obra allea; porén, a verdade derradeira é outra”.

Bernardo Atxaga, Soinujolearen Semea, O fillo do acordeonista (2003) (Traduzido por Ramón Nicolás Rodríguez, na edição galega de Xerais, Vigo, Brasil, 2004).

“Não há, porém conceito de plágio; foi estabelecido que todas as obras são autoria de uma só pessoa, atemporal e anônima”.

Lavinia Itzá, One writes, Uma pessoa escreve (1971) (Traduzido por Angélica Freitas, para Editora 34, São Paulo, Brasil, 2005)

Temos ante nós uma obra literária, onde se amalgamam e entremeam as obras de múltiplos autores e autoras, e que, entre outras cousas, pretende debater sobre o conceito de autoria (mesmo a partir das citações iniciais do volume) e de criação, recriação, plágio, fontes literárias… jogando, entre outras cousas, com conceitos como a polifonia, a intertextualidade ou as isotopias.

Temos ante nós uma obra literária, onde se amalgamam e entremeam as obras de múltiplos autores e autoras, e que, entre outras cousas, pretende debater sobre o conceito de autoria (mesmo a partir das citações iniciais do volume) e de criação, recriação, plágio, fontes literárias… jogando, entre outras cousas, com conceitos como a polifonia, a intertextualidade ou as isotopias.

Com nomes e apelidos reconhecíveis (Cortázar, Woolf, Bolaño, Michel, Sartre, Mistral, Burnout…), e outros que serão uma verdadeira descoberta (Reyes Heredia, Gaurem, Grünen Danz, Trilore, Marinelli, Descotte…), Haroldo tece com a sua antologia de traduções uma única voz que, como toda obra literária, pretende provocar-nos: até onde é que podemos transcender os limites? Até onde é que aceitamos ou que se torna possível abolir os géneros e apagar as suas fronteiras? Há uma definição possível para toda a literatura possível?

Os dous responsáveis da obra fazem um apelo a leitoras e leitores na sua Introdução, reproduzindo as palavras que o mesmo Haroldo utilizou para apresentar a sua obra “Linguagens selvagens”, de 1986: “Não se predica a transgressão, pratica-se: como forma imprescindível da linguagem, como fundo necessário do pensamento. Fugir da imposição da escrita; deixar para trás a opressão da norma. Provisoriamente definitivo, definitivamente provisório, começar o final finalizando o começo que nos persegue. A questão será ficar conforme com aquilo que já sabemos, ou aceitar o abismo do desafio de sermos aquilo que não conhecemos?

 

 

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