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Uma ‘Bússola Literária’ para mapear o português na Galiza

Integrantes do projeto 'Bússola Literária' na faculdade de Filologia da USC.
Integrantes do projeto ‘Bússola Literária’ na faculdade de Filologia da USC.

São Marta Carro, Eliana Laiño, Marcos Miguéns e Marta Vázquez. Elas são alunas da cadeira de Sociologia das Literaturas de Língua Portuguesa na faculdade de Filologia da Universidade de Santiago de Compostela. Com motivo duma proposta do seu professor, Carlos Quiroga, decidiram desenhar um mapeamento sociológico da literatura em língua portuguesa na Galiza. O resultado deste trabalho pode ser consultado em ‘Bússola Literária‘, um mapa digital que regista os espaços e recursos ligados com a língua portuguesa no território galego. “O objetivo principal é divulgar e servir de suporte atualizado para a sua consulta por parte de público interessado na aquisição de obras, no estudo da língua ou mesmo nos eventos culturais celebrados à sua volta”, explicam desde o grupo.

Liceus, bibliotecas, editoras, prémios literários, clubes de leitura ou mesmo festivais e centros sociais. Todos estes recursos estão disponíveis na web do mapa, onde também é possível ler as entrevistas que o grupo realizou a vários destacados divulgadores da Lusofonia na Galiza, como o professor de português Séchu Sende ou a co-diretora de Através, Teresa Crisanta Pilhado.

À hora de encetar o desenho do projeto, foi necessária a criação dum inventário e uma categorização dos recursos. Internet foi o principal aliado, embora a falta de informação pus dificuldades à hora de armar o trabalho. “Tive a impressão de que a literatura em língua portuguesa na Galiza não está muito presente. As bibliotecas ainda têm poucos livros editados em português, seja ele literário, gramático ou paradidático. É uma pena tendo em conta que Portugal é o nosso vizinho e temos uma relação cultural e histórica especialmente próxima”, indica Eliana Laiño.

Os liceus são o principal espaço de difusão ao representar 48,7% dos recursos registados

Com as estatísticas na mão, o grupo coincide que “a presença da literatura em língua portuguesa na Galiza continua a ser insuficiente”, com os liceus como principal espaço de difusão (48,7% dos recursos registados), além de ser o item mais distribuído por todo o território. “Temos também de ter em conta que a maior parte dos dados estão localizados nas principais cidades galegas, tendo como foco principal a cidade de Compostela”, comenta Marta Carro. Após a capital, Vigo figura como segunda cidade com mais recursos e, já com uns resultados mais pobres, A Corunha.

Em linha com os dados dos liceus, a Junta da Galiza é apresentada como a principal instituição de difusão da língua e literatura portuguesa, com 89% do total, seguida de perto pelas câmaras municipais (5%) e as Universidades da Corunha e de Santiago de Compostela (2% cada).

Mesmo com uns dados que mostram uma presença menor, o grupo afirma que ficou “ligeiramente surpreendido”. Explicam que esperavam uma presença bastante mais “marginalizada” da literatura em língua portuguesa na Galiza. Com um objetivo comum de dirigir o seu futuro profissional à educação pela saída laboral, nem todas desbotam a possibilidade de aprofundar mais no âmbito da Sociologia da Literatura “se tivermos, em algum momento, uma certa estabilidade económica”. Porém, em relação à presença da Lusofonia na Galiza, concluem: “Resta ainda muito por avançar”.

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