Seguimos com a publicaçom da série de entrevistas aos principais partidos políticos, com motivo da convocatória eleitoral para o Parlamento da Comunidade Autónoma Galega prevista para o próximo 12 de julho. Há uns dias publicávamos as respostas da candidata polo BNG, Ana Pontón, e ao candidato de Podemos Galicia, Antón Gomez-Reino. Hoje achegamos as respostas do PPdeG.
Como pensa desenvolver a Lei Paz Andrade?
A Lei Paz Andrade desenvolve-se desde o 2014 corretamente. O ensino do português implantou-se na educaçom secundária, o alunado medra de jeito constante e a aproximaçom aos países de língua portuguesa é cada vez maior, como mostra o apoio da Xunta ao ingresso da Galiza na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Pensamos que a lei está cumprindo o seu cometido e que estamos avançando neste eido. Portugal sempre estivo aí, mas a raíz da lei a nossa relaçom com este país medrou muito. Sobretodo, há umha mudança de profundidade, umha conciência das oportunidades a nível social que nos dá o nosso vencelho cultural e linguístico.
Contempla avanços concretos para a introduçom do português no ensino formal?
Continua a medrar o número de alunado que estuda português e nom temos dúvidas de que isto seguirá a ser assim nos próximos anos. Na etapa da ESO e no Bacharelato, este curso já o estudam 2897 alunos e alunas em 74 centros educativos. A esta cifra somam-se os 1056 alunos e alunas que estudam a Língua Portuguesa nas Escolas Oficiais de Idiomas. Com eles alcançamos já um total de 3953 alumnos. Em paralelo, nas últimas oposicões a professorado de ensino secundário convocárom-se por primeira vez vagas de português e já se avançou que voltarám a sair vagas na convocatória de 2021, um feito mui importante para a estabilizaçom e consolidaçom do ensino do português.
Considera avançar para a integraçom oficial no CPLP?
Apoiamos esse ingresso, mas cumpre ter em conta que a CPLP agrupa Estados e Galiza nom é um Estado. De facto, as negociaçons forom mais rápido quando Galiza se decatou de que, se queríamos negociar com a CPLP ou com o governo de Portugal, a via nom era Santiago-Lisboa. Esse foi um mecanismo erróneo durante muito tempo. No momento em que começamos a abrir vias de diálogo através da embaixada de Portugal em Madrid, ganhamos agilidade. Esse é o conduto correto, o que eles entendem e asumem. Assim que é imprescindível a colaboraçom do Estado para levar este assunto adiante.
A CPLP agrupa Estados e Galiza nom é um Estado. De facto, as negociaçons forom mais rápido quando Galicia se decatou de que, se queríamos negociar com a CPLP ou com o governo de Portugal, a via nom era Santiago-Lisboa. Esse foi um mecanismo erróneo durante muito tempo. No momento em que começamos a abrir vias de diálogo através da embaixada de Portugal em Madrid, ganhamos agilidade. Esse é o conduto correto, o que eles entendem e asumem. Assim que é imprescindível a colaboraçom do Estado para levar este assunto adiante.
Avançará-se para a emissom das televisons portuguesas na Galiza?
Achamos que sim. A possibilidade de recebermos a Televisom portuguesa na Galiza e de que a Televisom da Galiza seja também recebida em Portugal nom está nas nossas maos, porque o espaço televisivo debáte-se em Madrid e, no caso de Portugal, em Lisboa. Isso sim, chegará um momento em que, graças aos acordos e aos avanços tecnológicos, também poderemos ver a televisom portuguesa.
A possibilidade de recebermos a Televisom portuguesa em Galicia e de que a Televisom de Galicia seja também recebida em Portugal nom está nas nossas maos, porque o espaço televisivo debáte-se em Madrid.
Mas o feito de que a Televisom Portuguesa e a Televisom da Galiza estejam já a producirem séries, que a Televisom da Galiza comece já a emitir séries em português e sem legendas paréce-nos muito importante e que o faga sem nenhum tipo de conflito e com total normalidade.
Que opina da proposta reintegracionista de avançar para um modelo binormatista, como o norueguês? Em que medida e prazos pensa que se poderia concretar?
Nós temos mui claro que temos umha língua própria. Mas nom entramos nisso porque por lei temos a normativa sancionada pola Real Academia Galega. É um debate que entendemos que é académico.
Como valora a homenagem a Carvalho Calero este ano, pensa que pode servir-nos para reconsiderar a orientaçom da língua?
Paréce-nos que é um passo importante na superaçom dum processo que muitas pessoas viveram com dramatismo. Os que nom experimentárom em carne própria o afastamento de Carvalho Calero da Academia veem-no com mais distância, mas algumhas pessoas sentem-no ainda mui perto.
Em todo o caso, parece evidente que, polo seu valor intelectual, dom Ricardo tem méritos sobrados para receber a homenagem do Dia das Letras Galegas e alegrámo-nos de que a RAG, que é a quem lhe corresponde eligir o homenageado o 17 de maio, desse este passo.
[Este texto foi respondido por escrito na norma da RAG e adaptado ao reintegrado polo PGL]