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HANNAH ARENDT, A PENSADORA DA LIBERDADE

 A 8 de março celebra-se em muitos lugares do mundo o «Dia Internacional da Mulher», tema que deve ser estudado nas aulas dos diferentes níveis do ensino, organizando atividades educativo-didáticas adequadas, de tipo lúdico e artístico. Dentro da série que estou a dedicar aos grandes vultos da humanidade, que todos os escolares devem conhecer, e tendo em conta esta comemoração, encontrei uma mulher excelente, grande filósofa e especialista em teoria política, que, embora tenha gerado antes, e mesmo agora, bastante polémica pelas suas ideias e opiniões, e pelos livros que escreveu, não deixa de ser uma mulher essencial no pensamento mundial, que nesta altura, com uma grande crise em muitos campos, não deixa de ser uma lufada de ar fresco, para entender muito do que acontece no planeta. Esta mulher de origem judaica é Hannah Arendt (1906-1975), cuja opinião básica, que compartilhamos, é que o essencial é pensar, mesmo como ato revolucionário fundamental. Com ela completo o nº 38 da série que no seu dia iniciei com Sócrates.

Hannah Arendt (com nome inicial de Johanna Arendt), nasceu em Linden-Hanôver (Alemanha) a 14 de outubro de 1906. Faleceu em Nova Iorque (EUA) a 4 de dezembro de 1975. Foi uma filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX. A privação de direitos e perseguição de pessoas de origem judaica ocorrida na Alemanha a partir de 1933, assim como o seu breve encarceramento nesse mesmo ano, fizeram-na decidir emigrar. O regime nazista retirou-lhe a nacionalidade em 1937, o que a tornou apátrida até conseguir a nacionalidade norte-americana em 1951. Trabalhou, entre outras atividades, como jornalista e professora universitária e publicou obras importantes sobre filosofia política. Contudo, recusava ser classificada como filósofa e também se distanciava do termo filosofia política; preferia que suas publicações fossem classificadas dentro da teoria política“.

Arendt defendia um conceito de pluralismo no âmbito político. Graças ao pluralismo, o potencial de uma liberdade e igualdade política seria gerado entre as pessoas. Importante é a perspectiva da inclusão do Outro. Em acordos políticos, convênios e leis, devem trabalhar em níveis práticos pessoas adequadas e dispostas. Como frutos desses pensamentos, Arendt se situava de forma crítica ante a democracia representativa e preferia um sistema de conselhos ou formas de democracia direta. Entretanto, ela continua sendo estudada como filósofa, em grande parte devido a suas discussões críticas de filósofos como SócratesPlatãoAristótelesImmanuel KantMartin Heidegger e Karl Jaspers, além de representantes importantes da filosofia moderna como Maquiavel e Montesquieu. Justamente graças ao seu pensamento independente, a teoria do totalitarismo, seus trabalhos sobre filosofia existencial e sua reivindicação da discussão política livre, Arendt tem um papel central nos debates contemporâneos.

 Como fontes de suas investigações Arendt usa, para além de documentos filosóficos, políticos e históricos, biografias e obras literárias. Esses textos são interpretados de forma literal e confrontados com seus pensamentos. Seu sistema de análise, parcialmente influenciado por Heidegger, a converte em uma pensadora original situada entre diferentes campos de conhecimento e especialidades universitárias. O seu devir pessoal e o de seu pensamento mostram um importante grau de coincidência.

Hannah Arendt nasceu em 1906 no seio de uma família de judeus secularizados, perto de Hanôver. Seus antepassados vieram de Königsberg, na Prússia (a cidade atual russa de Kaliningrado), para onde voltaram, seu pai, o engenheiro Paul Arendt, que sofria de sífilis, sua mãe Martha (de nome de solteira Cohn) e ela, quando Hannah tinha somente três anos. Depois da morte de seu pai, em 1913, foi educada de forma bastante liberal por sua mãe, que tinha tendências social-democratas. Nos círculos intelectuais de Königsberg nos quais se criou, a educação de meninas era comum. Através de seus avós, conheceu o judaísmo reformista. Não pertencia a nenhuma comunidade religiosa, mas sempre se considerou judia, inclusive participando do movimento sionista.

Aos quatorze anos, já havia lido a Crítica da razão pura de Kant e a Psicologia das concepções do mundo de Jaspers. Aos 17 anos é obrigada a abandonar a escola por problemas disciplinares, indo então, sozinha, para Berlim, onde, sem haver concluído sua formação, teve aulas de teologia cristã e estudou pela primeira vez a obra de Søren Kierkegaard. De volta a Königsberg em 1924, foi aprovada no exame de maturidade (Abitur).

Em 1924, começa seus estudos na Universidade de Marburg e durante um ano assiste às aulas de filosofia de Martin Heidegger e de Nicolai Hartmann, e as de teologia protestante de Rudolf Bultmann, além de estudar grego. Heidegger, pai de família de 35 anos, e Arendt, estudante, dezassete anos mais jovem que ele, foram amantes, ainda que tivessem de manter em segredo a relação. No começo de 1926, por não suportar mais tal situação, decidiu trocar de universidade, indo para a Universidade Albert Ludwig de Freiburg, para estudar sob a orientação de Edmund Husserl. Ela também estudou filosofia na Universidade de Heidelberg e se formou em 1928, sob a tutoria de Karl Jaspers, com a tese O conceito de amor em Santo Agostinho. A amizade com Jaspers duraria até a morte do filósofo.

Arendt havia levado uma vida muito recatada em Marburg, como consequência do segredo de sua relação com Heidegger. Mantinha amizade apenas com outros alunos, como Hans Jonas, e com seus amigos de Königsberg. Em Heidelberg, ampliou seu círculo de amigos ao qual pertenceram Karl Frankenstein, que, em 1928, apresentou uma dissertação histórico-filosófica, Erich Neumann, seguidor de Jung, e Erwin Loewenson, um ensaísta expressionista. Jonas também se mudou para Heidelberg e realizou alguns trabalhos sobre Santo Agostinho.

FICHAS TÉCNICAS DOS FILMES E DOCUMENTÁRIOS:

A. Longa-metragem: Hannah Arendt.

Diretora: Margarethe von Trotta (Alemanha, 2012, 113 min., cor).

Roteiro: Pam Katz e Margarethe von Trotta. Produtora: Heimatfilm

Fotografia: Caroline Champetier. Música: André Mergenthaler.

Prémio: Espiga de Prata na Seminci-Festival de Valhadolid de 2012.

Ver dobrado em castelhano

Atores: Barbara Sukowa (Hannah Arendt), Janet McTeer (Mary McCarthy), Klaus Pohl (Martin Heidegger), Nicholas Woodeson (William Shawn), Axel Milberg (Heinrich Blücher), Julia Jentsch (Lotte Köhler), Ulrich Noethen (Hans Jonas), Michael Degen (Kurt Blumenfeld), Victoria Trauttsmansdorf (Charlotte Beradt), Freiderike Becht (Hannah Arendt, de jovem), Harvey Friedman (Thomas Miller), Megan Gay (Francis Wells), Claire Johnson (Ms. Serkin), Gilbert Johnston (Professor Kahn) e Tom Leik (Jonathan Schell).

hannah-arendt-filme-cartazArgumento: Hannah Arendt (Barbara Sukowa) e seu marido Heinrich (Axel Milberg) são judeus alemães que chegaram aos Estados Unidos como refugiados de um campo de concentração nazista na França. Para ela a América dos anos 50 é um sonho, e se torna ainda mais interessante quando surge a oportunidade dela cobrir o julgamento do nazista Adolf Eichmann para a The New Yorker. Ela viaja até Israel, e na volta escreve todas as suas impressões e o que aconteceu, e a revista separa tudo em 5 artigos. Só que aí começa o verdadeiro drama de Hannah: Ela mostra nos artigos que nem todos que praticaram os crimes de guerra eram monstros, e relata também o envolvimento de alguns judeus que ajudaram na matança dos seus iguais. A sociedade se volta contra ela e a New Yorker, e as críticas são tão fortes que até mesmo seus amigos mais próximos se assustam. Hannah em nenhum momento pensa em voltar atrás, mantendo sempre a mesma posição, mesmo com todo mundo contra ela.

B. Documentários:

1. Hannah Arendt. O que fica? Fica a língua materna (1964). Duração: 73 min., com legendas em castelhano. Entrevista a Hannah Arendt realizada por Günter Gauss e emitida pela televisão de Alemanha Ocidental em 28 de Outubro de 1964.

2. Hannah Arendt. Grandes pensadores do século XX. Duração: 64 min. Cor.

3. Hanna Arendt. Pensar apaixonadamente. Duração: 58 min.

Diretor: Jocken Kölsch (para Canal Arte).

https://www.youtube.com/watch?v=p9dmyXdnyhk

UMA INTERESSANTE CRÍTICA DO FILME:

Por considerá-la muito acertada, tenho a bem colocar a seguir a crítica que fez do filme de Von Trotta Jörg Taszmann, revisada pela portuguesa Luisa Frey.

A tese da “banalidade do mal” tornou Hannah Arendt famosa. A filósofa judia nascida na Alemanha abandonou o país em 1933, devido ao avanço do antissemitismo. Como repórter, ela viajou em 1961 a Jerusalém, para assistir ao processo contra o nazista Adolf Eichmann.

Na posição de obersturmbannführer (equivalente a tenente-coronel) das SS (organização policial militar do partido nazista) ele organizara a expulsão, deportação e extermínio dos judeus europeus. O ainda jovem Estado de Israel o sequestrara para fora da Argentina, numa operação espetacular. Como a maioria dos espectadores, Arendt esperava encontrar no tribunal um monstro humano, através do qual o mal se manifestava.

No entanto, ela se deparou com um burocrata, um criminoso de escrivaninha, cuja banalidade a surpreendeu. As reportagens que escreveu da sala do tribunal foram objetivas, frias e perturbadoras. Os críticos a acusaram de indiretamente fazer das vítimas corresponsáveis ao dizer que teriam se comportado de maneira excessivamente passiva ou até cooperativa.

Na “desdemonização” de Eichmann feita por Arendt, muitos observadores viram uma minimização da periculosidade do réu. Na verdade, ela argumentava como a filósofa, a pensadora que foi durante toda a vida. Seu modo de ver o mundo gerou controvérsia, fazendo com que até mesmo amigos e companheiros se afastassem dela.

É justamente essa controvérsia que compõe o núcleo do filme Hannah Arendt, de 2012. A cineasta Margarethe von Trotta criou uma obra sensata e equilibrada. A atriz Barbara Sukowa incorpora o papel principal com alto grau de concentração. A era do pós-guerra e o clima entre imigrantes alemães e judeus em Nova York são capturados com precisão.

Por que as teses de Arendt chocaram a opinião pública e sobretudo os intelectuais de 50 anos atrás a tal ponto? Von Trotta atribui isso à maneira, então muito difundida, como diversos observadores judeus do processo mostravam sua dor e luto abertamente. Isso era algo que a filósofa teuto-americana não fazia. “Arendt não expressava sua dor, coisa que as pessoas não entendiam. Para ela, isso seria uma falta de compostura”, argumentou a diretora.

Nascida em 1906, Arendt cresceu num lar judaico secular. Ainda moça, foi estudar Filosofia e conheceu o filósofo alemão Martin Heidegger, cujas aulas eram disputadas sobretudo pelos estudantes mais jovens. O filme que leva o nome da filósofa e se desenrola principalmente na década de 1960 dá destaque ao grande pensador Heidegger, através de breves «flashbacks». Para Von Trotta, um ponto importante. “Ele lhe ensinou, de fato, como pensar. Ela própria disse: ‘Pensar pode salvar a pessoa das opções erradas e das catástrofes’. Heidegger tinha que estar no filme. Não como amante, mas sim como alguém que a ensinou a pensar.” A produção Hannah Arendt apenas sugere que houve uma breve e apaixonada relação amorosa entre os dois filósofos. De um modo geral, a diretora evitou abordar os diversos estágios da vida de Arendt, como gostam de fazer os norte-americanos em seus filmes biográficos, os chamados biopics. Em vez disso, preferiu enfocar uma época essencial da vida da protagonista.

Duas decisões artísticas de Von Trotta tornam o filme especialmente consistente. A atriz Barbara Sukowa fala inglês diversas vezes, com forte sotaque alemão, como fazia Arendt. Curioso é que a alemã vive há mais de 20 anos em Nova York e teve que treinar esse sotaque. Essa opção consciente pelo bilinguismo é vantajosa para o retrato cinematográfico.

A segunda decisão importante foi a de não colocar um ator no papel de Adolf Eichmann, mas sim mostrá-lo exclusivamente em sequências originais da época. Para tal, Von Trotta recorreu a tomadas que já haviam sido utilizadas pelo cineasta franco-israelense Eyal Sivan em seu Un spécialiste, portrait d’un criminel moderne, de 1999.

A cineasta alemã já conhecia esse documentário bem antes de qualquer plano para um filme de fição sobre Arendt e o processo contra o criminoso nazista. “Para mim, a confrontação com Eichmann foi muito importante. Por isso, não peguei nenhum ator, mas sim incluí o verdadeiro Eichmann. Eichmann, o irrefletido: ele não faz uso do dom de pensar.”

Outro motivo para a decisão foi evitar que o público se concentrasse no desempenho do ator e não percebesse o que a filósofa viu na época: um criminoso assustadoramente banal, que sempre tentou se projetar como mero executor de ordens.

Durante os preparativos para a produção Rosentrasse, de 2003, Von Trotta teve pela primeira vez a oportunidade de se ocupar de forma mais detalhada com Arendt. O filme aborda um caso isolado de coragem civil, em que as esposas de judeus presos conseguiram forçar os nazistas a ceder, através de protestos continuados. Em suas pesquisas, a diretora deparou-se com textos da filósofa teuto-americana.

Von Trotta conta que, de início, não estava muito convencida quanto à ideia de filmar momentos da vida de Arendt. Com outras mulheres famosas que colocou na tela, fora diferente: o interesse por Rosa Luxemburg ou Hildegard von Bingen existiu desde o início. Quando um produtor amigo propôs que ela fizesse um filme sobre Arendt, sua primeira reação foi recuar. “Como descrever uma filósofa?”, pensou. Só muito lentamente estabeleceu-se uma relação mais próxima com essa mulher fora do comum, que tantas vezes escandalizou e provocou.

Arendt passou boa parte de sua vida fora da Alemanha, embora não tenha abandonado a terra natal voluntariamente. Aqui, Von Trotta identifica paralelos consigo mesma, que viveu longo tempo em Roma e reside em Paris há vários anos. “Eu mesmo fui apátrida durante muito tempo. Nasci em Berlim e durante anos só tinha um passaporte de viagem.” Somente após seu primeiro casamento, a cineasta obteve também documentos alemães.

Von Trotta sente-se ligada à Arendt nesse aspecto, o de “poder viver aonde o vento a leva, por não ser tão apegada ao próprio país”. Mas a diretora também reconhece um aspecto contraditório nessa relação com a filósofa: “Não me sinto parte, mas quero compreender”.

IDEIAS BÁSICAS DE HANNAH ARENDT:

O seu livro que maior sucesso teve, com múltiplas edições e em diversos idiomas, foi o intitulado As Origens do Totalitarismo. Esta sua obra tornou-se um clássico logo depois de sua publicação, e até hoje a obra é considerada a história definitiva dos movimentos políticos totalitários. Hannah Arendt primeiro elucida o crescimento do antissemitismo na Europa Central e Ocidental nos anos 1800 e prossegue com a análise do imperialismo colonial europeu desde 1884 até a deflagração da Primeira Guerra Mundial. A última seção discute as instituições e operações desses movimentos, centrando-se nos dois principais regimes totalitários da nossa era: a Alemanha nazista e a Rússia stalinista. Arendt considera a transformação de classes em massas, o papel da propaganda para lidar com o mundo não totalitário e o uso do terror como fatores essenciais para o funcionamento desse tipo de regime. E no brilhante capítulo de conclusão, ela avalia a natureza de isolamento e solidão como precondições da dominação total. Neste seu livro assemelha de forma polêmica o nazismo e o stalinismo, como ideologias totalitárias, isto é, com uma explicação compreensiva da sociedade mas também da vida individual, e mostra como a via totalitária depende da banalização do terror, da manipulação das massas, do acriticismo face à mensagem do poder. Hitler e Stalin seriam duas faces da mesma moeda, tendo alcançado o poder por terem explorado a solidão organizada das massas.

Em 1932 escreveu uma interessante crítica do livro de Alice Ruhle-Gerstel, O problema da mulher na atualidade. Em que mostra as suas ideias feministas e comenta a emancipação da mulher na vida pública, mas também discute as suas limitações, sobretudo no casamento e na vida profissional. Constata o «menosprezo fático» que sofre a mulher na sociedade e critica os deveres que não são compatíveis com a sua independência.

No seguinte ano já defendia a postura de que se devia lutar ativamente contra o nacional-socialismo hitleriano. Pelo que criticava duramente a posição de muitos inteletuais alemães, inclusive alguns de origem judaica, que se aproximaram ao nazismo, subestimando a ditadura, e inclusive elogiando os novos donos do poder. Pouco antes de sua morte sustentou que muitos pensadores fracassaram frente ao nacional-socialismo quando se comprometeram com o regime. Ela não exigia deles uma oposição ativa, pois reconhecia que já o silêncio era uma recusa do totalitarismo.

Nos EUA trabalhou nos primeiros anos em diversas editoras e organizações judaicas, tendo escrito para o Weekley Aufba. Embora fosse de família hebraica, não teve a educação religiosa tradicional judia e sempre professou sua fé de forma livre e não-convencional, tema que é importante saber porque ela dedicou toda sua vida a compreender o destino do povo judeu perseguido por Hitler. No seu livro A condição humana, publicado em 1958, interroga-se sobre os núcleos essenciais dos conceitos políticos chave, como os de democracia, poder, violência e domínio. Já em 1963, no seu livro Sobre a Revolução, examina a revolução francesa e a americana, mostrando o que têm de comum e de diferente, defendendo que a preservação da liberdade só é possível se as instituições pós-revolucionárias interiorizarem e mantiverem vivas as ideias revolucionárias.

O trabalho filosófico de Hannah Arendt abrange temas como a política, a autoridade, o totalitarismo, a educação, a condição laboral, a violência e a condição feminina. As suas ideias continuam a incomodar hoje igual que há mais de 50 anos. Nada na história é branco e preto, e as suas análises despertam animadversão dos que preferem explicar tudo com esquemas simples que não permitam a dúvida nem obriguem a refletir sem fim. Por isto, é mais preciso que nunca ir à fonte e ler esta autora, porque ela pôs de manifesto que o mal pode ser obra da gente comum, daquelas pessoas que renunciam a pensar para abandonar-se à corrente de seu tempo. E isto é válido também para os tempos em que vivemos.

Compartilhamos a sua magnífica ideia de que o mais importante é pensar e refletir, embora sem perder de vista o que comentou no seu momento o filósofo e matemático galo Pascal (1623-1662), «Nada é mais difícil que pensar».

TEMAS PARA REFLETIR E REALIZAR:

Vemos a longa-metragem e os documentários citados antes, e depois desenvolvemos um Cinema-fórum, para analisar a forma (linguagem fílmica) e o fundo (conteúdos e mensagem) do filme e também os conteúdos das curta-metragens.

Organizamos nos nossos estabelecimentos de ensino uma amostra-exposição monográfica dedicada a Hannah Arendt, o seu pensamento, as suas ideias, a sua vida e a sua obra. Na mesma, ademais de trabalhos variados dos escolares, incluiremos desenhos, fotos, murais, frases, textos, lendas, livros e monografias.

Podemos levar a cabo um Livro-fórum lendo entre todos, estudantes e docentes, alguns dos livros escritos por Hannah Arendt, como, por exemplo, Origens do totalitarismo (antissemitismo, imperialismo, totalitarismo), livro do qual existem várias edições na nossa língua por diversas editoras de Portugal e do Brasil, e entre elas a da Companhia de Bolso do grupo Companhia das Letras de Rio de Janeiro-São Paulo, e a edição da portuguesa Publicações Dom Quixote. Poderia valer também a leitura de alguma das monografias escritas por outros autores sobre o seu pensamento. Dentre elas é muito interessante a intitulada Compreender Hannah Arendt, escrita por Karim A. Fry, e publicada pela Editora Vozes. Também Hannah Arendt, pensadora da crise e de um novo início, escrita por Eduardo Jardim, e publicada pela Civilização Brasileira.

 

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