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C.S. Gomes Gaioso: “Eu acho que a língua galega, no meio em que eu vivo, seja a cidade da Corunha, seja a de Ferrol, está em perigo de extinçom claramente, mas nom creio que a cultura galega o esteja”

O Centro Social Gomes Gaioso é um ponto de encontros situado no bairro de Monte Alto, na Corunha. É um centro dedicado ao ensino (cursos de línguas, mas também de música tradicional galega e outras ofertas), ademais de ser lugar de concertos e celebrações (como o Magusto de Estudantes do ano 2015).

O centro qualifica-se como independentista galego, reintegracionista, socialista, feminista e ecologista.

Foi fundado no ano 2007, sendo dedicado ao político e ativista Gomes Gaioso, que chegou a ser secretário geral do PCE na Galiza, sendo executado no 1948, depois de três anos na guerrilha contra o regime franquista.

 

 

-Desde 2007 até hoje em dia, como qualificais o vosso peso social? Quantos associados tendes?

Conhecemos a realidade dos centros sociais e do independentismo no país, entom sabemos que um local como este, tam marcado politicamente, tem um handicap à hora de facilitar a aproximaçom das pessoas em relaçom a outros locais que nom tenhem umha autodefiniçom política tam grande. Mas é isto que nos fai ser quem somos e aprender das dificuldades de ter em mente um projeto político. Nom aspiramos à marginalidade.

E a respeito de como qualificaríamos todo este tempo, pois positivamente, nom? Eu nom diria ‘mui positivamente’ porque sempre se pode melhorar e desde logo pudemos ter feito melhor e poderíamos estar a fazer melhor, mas dentro das possibilidades que a pequena massa de sócios e sócias, a pequena massa de pessoas que trabalhamos no espaço, podemos modestamente contribuir ao desenvolvimento do projeto, sobretodo tendo em conta que quase todos e todas somos, afortunadamente, trabalhadores e trabalhadoras em ativo, agora mesmo, pois as dificuldades para levar isto adiante dumha forma autogerida ao longo de tantos anos, o facto de estarmos vivos em todos estes anos já é um prémio mui grande.

-Qual é a importáncia do vosso centro dentro da cultura galega na Corunha?

Dentro da cidade da Corunha houvo um movimento espanholista mui eficaz. Lingüisticamente, provavelmente seja, junto com Ferrol, Vigo e Ponte Vedra, umha das cidades mais espanholizadas do país. E isso também se reflete, nom só no tema lingüístico, senom no aspeto cultural e associativo.

Existem outras iniciativas que promovem a língua e a política com parámetros nacionais galegos mas nunca somos suficientes. Nom existe um ativismo social muito profundo. E ainda por riba está limitado polas dificuldades para trespassar o filtro dos meios de comunicaçom de massas. Temos as nossas dificuldades de coletivos autogeridos que vivem, entre aspas, à margem do sistema ou contra ele e as dificuldades que isto dá para anunciar-se e para crescer e para criar um espaço próprio.

-Que vos levou a comprometer-vos com o reintegracionismo?

Como centro social levou-nos o facto de que as pessoas que constituímos o centro social éramos previamente reintegracionistas, estávamos agrupados num projeto político que lançou no seu momento este projeto, e esse projeto político era plenamente reintegracionista. Esse projeto político desapareceu, mas as pessoas que continuamos a formar parte deste centro social e as pessoas que se incorporaram de fora desse projeto político todas formamos parte todas do reintegracionismo.

Se me perguntas a título individual, como pessoa da Corunha que se criou em Ferrol, foi o simples facto de que eu vivim a minha língua como normalizada no único espaço que eu conhecia em Ferrol onde ela era plenamente normal, que era Fundaçom Artábria. Com 15 anos conhecim esse centro social em Ferrol; até entom eu o que conhecia era umha normativa oficial que me ensinavam na escola completamente ineficaz. Havia um número de pessoas que faziam a sua vida dumha forma normal, utilizando umha normativa distinta, e as razões desta normativa eram a aproximaçom da nossa língua ao mundo cultural que lhe é próprio, à lusofonia, e nom tivem nengum problema em compreender que entre ñ e nh o próprio era respeitar o ñ para o espanhol e o nh quer para o português quer para o galego. Som línguas da faixa ocidental da Península Ibérica nas quais só o ñ é umha grafia estrangeira, nom necessária, e que apenas se justifica pola necessidade de manter subvencionadas umhas quantas famílias que vivem da Real Academia Galega e do Conselho da Cultura Galega, com um compromisso que eu questionaria dadas as suas constantes declaraçons a respeito dos que nom pensamos como eles.

-Na vossa página web aparecem duas ideias ao redor do galego: o reintegracionismo lingüístico e o monolingüísmo social. Estas ideias poderám vingar num futuro nom muito longínquo?

Nom o creio. Para que se produza umha transformaçom em favor do monolingüísmo social em galego deveria existir umha força social e política capaz de implementá-lo, utilizando ferramentas de poder tanto institucional como popular para que na batalha lingüística e diglóssica entre galego e espanhol no nosso país umha das duas tenda a dominar, que é o que ocorre em todos os contextos bilíngües. Isso agora mesmo está a fazê-lo o espanhol num processo mui prolongado. Suponho que para reverter a situaçom também haveria que fazê-lo num espaço mui longo de tempo. Num contexto que tivéssemos capacidade de penetraçom social, de criaçom de poder popular e de penetraçom institucional suficiente como para que, por exemplo, umha ou duas gerações fosse escolarizadas num galego respeitoso com a história e com a ciência linguística e nom com os interesses maniqueus de criar um idioma que nom seja português nem espanhol.

-Que papel pode ter a cultura galega numa cidade como a Corunha, onde só 15,8 por cento da populaçom respondeu no censo do ano 2011 que falavam o galego “sempre”?

Utilizando esses dados, mesmo poderias pôr-te numha situaçom mais dramática se dis que entre a juventude a percentagem seria de 5% aproximadamente, mas temos que distinguir o que é cultura galega e o que é língua galega. Eu acho que a língua galega, no meio em que eu vivo, seja a cidade da Corunha, seja a de Ferrol, está em perigo de extinçom claramente, mas nom creio que a cultura galega o esteja. Eu creio que vincular indissoluvelmente cultura e língua é um erro que nos pode levar a umha depressom absoluta e umha incapacidade para reagir frente à abominaçom lingüística espanhola. Nom é assim. A pergunta tem um problema relativo a esse tema.

Que papel pode ter a cultura galega na Corunha? É absolutamente dominante. Nom o é a língua, mas a populaçom responde aos traços psicológicos de comportamento político, sociais, de relacionamento e cognitivos que som próprios dumha cidade que forma parte dum país que é Galiza. Isso fai com que a cultura galega na Corunha nom esteja todo o presente que eu gostaria, mas sim esteja presente. Já respeito à língua, é importante e nom é o momento de fazermos a diferença, que seria um debate muito interessante, mas cultura e língua nom som exatamente o mesmo. E este Centro Social Gomes Gaioso talvez seja um exemplo disso, porque há muita gente que fala espanhol que se achega ao centro social a partir, nom de parametros exclusivamente independentistas, mas sim a partir de umha simpatia polo independentismo galego e polos demais principios políticos que nos definem.

Resumindo esta pergunta, diria que, como centro social, a difusom da cultura galega nom é necessariamente um trabalho que desenvolvamos nós à margem do povo em que vivemos, senom que é a aproximaçom da gente ao centro social o que facilita que a cultura galega se desenvolva na multidom de iniciativas que a gente pode ter, porque a cultura galega na nossa cidade existe em praticamente todas e todos nós.

-Dentro da promoçom da cultura galega, que lugar corresponde aos centros sociais e associações sem animo de lucro?

Pois talvez como entidades sem ánimo de lucro e autogeridas o papel mais protagonista das alternativas populares daquelas pessoas que nos organizamos com algum critério que nom sejam os hegemónicos é que permitam criar espaços de contrapoder. Eu creio que os centros sociais tenhem nisso o seu principal motivo de existência.

-O vosso labor cultural está centrado na reforma da cultura galega já existente, ou a ocupaçom de espaços nom tratados com anterioridade?

Somos espaços livres para desenvolver toda a cultura galega na Corunha. Como mencionava, o nosso labor é político e cultural. Nom há que esquecer que o centro social Gomes Gaioso nom é só umha entidade cultural, é umha entidade política também, porque a entrevista está mui centrada no tema cultural . Sim que há coletivos que desenvolvem um trabalho basicamente cultural; nós nom, nós assim como desenvolvemos cursos ou promovemos atividades como concertos vinculados com a música tradicional, o canto tradicional e a dança tradicional, também fazemos outro tipo de atividades. De facto, o motivo de criaçom deste coletivo fai-se sobre quatro pilares políticos mui concretos: anti-capitalismo, feminismo, socialismo e independentismo.

O fomento da cultura galega fai-se sem muitas dificuldades pola existência de um grande espaço que cobrimos nesse sentido. Há umha rede mui grande que tecer ainda para que numha cidade grande como a Corunha se encontrem espaços de desenvolvimento cultural e político à margem do sistema e do ritmo marcado polas tendências dominantes em aspetos musicais, aspetos culturais ou aspetos políticos.

-A Corunha foi sempre considerada como umha das cidades mais “antigalegas” de toda a Galiza, com determinados coletivos a reivindicar a limitaçom ou eliminaçom do galego na escola. A promoçom do galego na Corunha é tempo perdido?

Porque vai ser tempo perdido? Por promover umha língua que existe na nossa cidade e que 15% da populaçom indica que utiliza sempre e que é reconhecida como própria da cidade por umha imensa maioria da populaçom? Nom é em nengum caso umha perda de tempo. É a promoçom dumha língua minorizada e já minoritária para que recupere espaços de desenvolvimento e de normalidade que tem perdido.

Tampouco é umha perda de tempo baseando-nos nos resultados práticos. Eu antes mencionava, noutra pergunta, como umha das grandes conquistas para mim como militante deste centro social é que conseguimos ver como gente que para nada milita em movimentos que poderíamos definir como próximos ou pertencentes ao independentismo, ao feminismo, ao ecologismo, ao reintegracionismo, venhem por aqui por simpatia, por proximidade ideológica, por um sentimento de afinidade, que posteriormente se desenvolve e que vai a mais e que se transforma numha adesom particular, eficaz e real no uso, por exemplo, da língua galega, nas conclusões em debates ao redor da questom feminista, em relaçom à questom nacional, etc. Claro que nada do que fazemos aqui é tempo perdido. Eu vejo um resultado prático.

-A Corunha foi governada há uns anos polo alcalde Paco Vázquez, conhecido pola insistência em chamar à cidade “La Coruña” e por proclamas municipais onde anunciava “No seas entroido, ven al carnaval”. Desde o fim da sua legislatura, melhorou a posiçom do concelho sobre o galego dentro da Corunha?

Atualmente há um governo local na Corunha dirigido, provavelmente desde Merino, polo primeiro alcalde galego-falante. Isto, simbolicamente, tem um peso. Também é certo que, desde que está o novo governo local, tem havido mudanças que mostram umha sensibilidade para a língua que evidentemente antes, em governos dirigidos polo PSOE ou polo PP, nom existia. Isso nom nom o podemos negar. A galeguizaçom da rede urbana de autocarros, tanto a voz da comunicaçom interna, como a galeguizaçom de todas as paragens é umha demonstraçom real disso. Se bem que isto nom solucione todos os problemas, mostra umha sensibilidade que antes nom existia e tem havido umha mudança em relaçom a épocas anteriores. De todas as formas, eu nom definiria a Corunha em funçom do que foi Paco Vázquez, igual que nom faria umha definiçom de Vigo em funçom de Abel Caballero, nem faria umha definiçom do que agora é a Corunha em funçom de quem é agora o nosso alcalde. Há muitas dinámicas que intervenhem na escolha do voto por parte das pessoas, que raras vezes colocam em primeiro lugar a questom lingüística ou cultural. O facto de que um alcalde tenha mais ou menos sensibilidade pola língua ou pola cultura galegas nom é um dos motivos mais determinantes na hora de votar por parte das pessoas que o fam, que nom esqueçamos que rara vez som mais de sessenta por cento.

-Nos últimos anos, o galego perdeu umha quantidade importante de falantes. Quem é ou som os culpados desta descida?

Do meu ponto de vista particular, eu acho que a inexistência dumha burguesia nacional num país capitalista, no qual o poder está em maos do capital, umha classe dirigente que prestigie a língua fai com que o motor lingüístico tenha que estar sempre nas maos dos despossuídos e despossuídas e isso acarrete um handicap imenso com respeito a outros países. Se na Galiza existisse umha burguesia nacional ou um projeto nacional galego é mui provável que a situaçom de dominaçom lingüística fosse outra. Isso é mui relevante. Sobre a perda dum idioma num país, temos que ser mui conscientes do orgulho que devemos sentir por formar parte dum território inserido dentro da coroa espanhola, que culturalmente é umha das coroas mais genocidas que tem existido ao longo dos séculos em todo o planeta.

No entanto, num território que fica a quinhentos quilómetros da metrópole, ao contrário do que ocorreu com o asturiano e com o leonês, com o aragonês, com o catalám em Valência e com muitíssimas línguas indígenas na América, na Galiza ainda conservamos o nosso idioma. Isto deve ser motivo de orgulho e a prova de que nem sempre todas as alternativas passam pola classe dirigente.

-Na vossa oferta de idiomas, para além de galego para imigrantes, galego reintegrado e português, também há cursos em russo, inglês, francês, italiano, catalám e alemám. Qual é o motivo desta oferta tam variada?

O motivo é casual. Há um grupo de pessoas que se move à volta deste centro social. Nom som militantes, senom pessoas chegadas, sócios e sócias que nom desenvolvem um trabalho militante, mas que som simpatizantes e membros, amigos e amigas do centro social, que temos o grande interesse, ou o conhecimento por cima da média de determinados idiomas, ou estamos titulados, como no caso do português, do russo, italiano, inglês ou francês. É interessante porque nos permite umha experiência, ou experimentaçom, que é ensinar línguas estrangeiras em galego-português. O requisito para qualquer curso do centro social é que seja lecionado em galego, nom especificamos galego-português porque muitos deles nom se apoiam numha gramática, mas os cursos de língua que sim necessitam umha normativa ou um idioma de referência a partir da qual ensinar, fam-no a partir do galego-português.

-Comparando com a vossa oferta do ano passado, podemos ver um aumento dos cursos em línguas indo-europeias (russo, italiano), mas desapareceu o curso de euskara. Porquê?

Isso foi por indisponibilidade da professora por motivos laborais. A professora levava muitos anos dando esse curso aqui, e era um dos que mais anos tinha, mas desta vez nom pudo ser.

-No ano passado figestes um comunicado público contra umha campanha municipal polo “Concurso de tapas Picadillo” onde criticastes que só se empregava o espanhol. Como é de necessária a colaboraçom de concelhos e administrações na recuperaçom do galego?

Este ano, o curso Picadillo tem também um aspeto lingüístico que queremos denunciar: um dos prémios realiza-se através da empresa Termaria Casa del Agua, empresa que utiliza única e exclusivamente o espanhol. Pensamos que o Concelho nom deveria fazer este tipo de convénios. Deveria promover, incentivar que aquelas empresas que tenhem algumha relaçom com o Concelho, como umha que gere um prémio para um concurso, tenha um mínimo de respeito pola língua galega.

Quanto à colaboraçom do Concelho na recuperaçom do galego, é mui importante numha sociedade em que as instituições públicas tenhem muito poder. O que estas fagam ou deixem de fazer é mui importante. Nós, como entidades autogeridas que trabalhamos à margem, em paralelo e às vezes em confronto com as instituições públicas, temos que preocupar-nos muito com que estas administrações, que existem graças a que nós pagamos os nossos impostos e que nós estamos trabalhando todos os dias, cumpram com aquilo que nós desejamos que cumpram, para isso som os nossos representantes.

-Qual papel consideras que tenhem os ativistas voluntários na atual defesa da língua galega?

O ativismo dissidente, em qualquer situaçom de minorizaçom, é mui importante. Se nom houver ativistas que fagam contrapoder ao poder existente, ao desleixo das administrações públicas, ao poder mediático e a toda a sua capacidade de penetraçom na sociedade nom haveria nengumha outra cousa. Viveríamos em sociedades monolíticas.

Infelizmente para os poderosos, isso nom ocorre, porque nós, entre outros muitos coletivos, estamos aqui, e estamos aqui porque há ativistas que voluntariamente desenvolvem o seu trabalho convencidas e convencidos de que um mundo melhor é possível e que para que seja possível, um país com umha língua própria deve desenvolver-se plenamente com ela e nela, e ser umha referência para outros países do mundo.

-Que obstáculos pensais que tenhem associações como a vossa na Galiza atual? Como poderiam as instituições políticas ajudar no desenvolvimento de centros como o vosso?

Nom nos interessa particularmente que as instituições políticas ajudem no desenvolvimento, antes bem que nom o obstaculizem.

Por exemplo, na Corunha, vai fazer dentro de pouco um ano que o Centro Social Gomes Gaioso reclamou para a pessoa a quem homenageamos com o nosso nome e também para Antonio Seoane, companheiro comunista e antifranquista de Gómez Gayoso e depois dum ano nom só nom recebemos resposta, senom que sabemos polos funcionários do Concelho que na comissom de honras, que ao longo deste tempo só se reuniu umha vez e é aonde som levadas as propostas de nomes, a proposta de nome nom foi levada. Isto quer dizer que talvez estejamos numha fase em que o que precisamos por parte das administrações públicas é fundamentalente um reconhecimento do nosso labor. Isto em lugar da mera obstaculizaçom, visível na ausência de resposta a pedidos, na recusa a colaborar quando é solicitada umha ajuda tam simples como um ponto de luz ou a cessom dum espaço público para desenvolver umha atividade, etc.

Nom creio que seja o papel das instituições. Este é um centro social autogerido, e, como tal, pretende viver do trabalho dos e das militantes deste centro social. Quando este centro social deixar de viver do trabalho voluntário e militante de pessoas que acreditam nunhas ideias que fam contrapoder, entom poderemos ser um coletivo administrado institucionalmente, mas nom será já o que é. Para isso, já há muitos espaços dirigidos ou geridos polas administrações públicas, mas nós existimos precisamente na margem do poder dominante, e pedimos a este poder, que também nós financiamos com os nossos impostos, que nom nos faga a vida impossível.

 

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