O desfalco financeiro efectuado polos grandes patrons do mundo das finanças (nom esqueçamos que nengum grande executivo do sector está na cadeia) obedece à própria dinâmica do capitalismo, nom é um castigo dos deuses nem dos demos. Os oráculos do neo-liberalismo (leia-se neo-fascismo) que até onte nos atestavam a cabeça com o seu discorrer vougo e finchado da eficacia do privado contra o público, estám de novo com o seu falar sem cancelas martelando-nos tentando o cérebro de que esta crise é só umha crise cíclica e financeira. Porém, as ruas do planeta inçam-se de miséria: o desemprego, a economia mergulhada, a carestia dos productos básicos (vivenda, alimentaçom, etc.) som três das pechas que travam a liberdade das classes trabalhadoras.
As vítimas do sacrifício ante o Moloch do dinheiro: os de sempre, o conjunto das classes populares e cada umha das pessoas que em particular as conformam; os verdugos, também os de sempre, as oligarquias económicas e os seus assistentes, os políticos beneficiados polo capitalismo (a corrupçom, os privilégios, etc. som as constantes que definem as angueiras dos grandes partidos do sistema) e demais raleia da esmorga: eirejas, donos do “mass média” …
Nunca como agora se fam palpáveis as análise de Marx e demais estudiosos comunistas: Os bancos som os donos e tenhem o controle total sobre a comunidade. A simbiose “dinheiro-governo” nunca foi tam manifesta como hoje. A realidade crudelíssima na que estám sulagada o grosso da povoaçom do planeta, obriga-nos aos trabalhadores e cidadáns a mudar os piares nos que se assenta o terror financeiro. O tempo urge, demanda a construçom de outra sociedade, livre, onde cada quem seja dono de si e que a existência dos muitos no dependa da arbitrariedade duns poucos, de serem contratados ou nom, é fulcral para a nossa sobrevivência. Mostrárom por activa e passiva a sua incapacidade para artelhar a sociedade, só a guerra, a fame, a tortura, a alienaçom, som as suas ferramentas para se seguir mantendo no cimo desta incivilidade. É umha tarefa formidável que demanda toda a nossa inteligência, toda a nossa coragem; e como nom, toda a nossa irmandade. Temos que reconstruir os instrumentos para o lograr, a formaçom política e cultural é umha das chaves para quebrar o alheamento no que imergem às grandes maiorias. Quando um servo pensa como o amo lhe diz que deve pensar, podemos assegurar que a possibilidade de emancipaçom do servo nom existe. Se os dominados querem quebrar as cadeias e se ceivar tenhem que construir umha leitura de seu da realidade. Fazer que a versom subjacente abrolhe é a faina presente e futura.