Partilhar

O escritor Victorino Pérez Prieto dá o passo para o reintegracionismo

Eduardo Castro Bal
Eduardo Castro Bal

O escritor e teólogo, especializado no estudo das relaçons entre galeguismo e cristianismo, é doutor em teologia com umha tese sobre a dimensom religiosa da Geraçom Nós. Também tem estudos sobre a ligaçom entre ecologismo e cristianismo e investigaçons de interculturalidade. É membro do conselho de redaçom da revista Encrucillada, estudoso da figura de Prisciliano e com ligaçons intelectuais na lusofonia vém de fazer público num artigo intitulado O galego con nh e lh publicado no Nós Diario o seu processo de aproximaçom à norma reintegracionista, que partilhamos a seguir:

Desde há anos tenho bastante correio com colegas e amigos portugueses e brasileiros; por amizade e polas minhas investigações e publicações. Em Portugal, o interesse polas publicações sobre Prisciliano levaram à edição do meu livro Prisciliano, um cristão livre. O seu eco na cultura galaico-portuguesa (2017); um livro que, para a minha surpresa, teve duas edições num ano. No Brasil interessaram-se mais polos meus trabalhos sobre diálogo inter-religioso (o livro La búsqueda de la armonía en la diversidad, 2014) e sobre Raimon Panikkar (três livros). Nesse correio –eu escrevendo no meu galego e eles no seu português de Portugal ou Brasil– funme afazendo sem conflito a usar a grafia lh, nh e ç, simplesmente para facilitar a comunicação e porque eles não têm o ñ espanhol –símbolo de identidade do castelhano– nos seus computadores.

Não passei a fazer esse uso nas minhas publicações em galego só por inércia ou preguiça. Mas o certo é que essa comuhão (fazer um caminho juntos) entre o galego e o português sempre teve as minhas simpatias. Sem renunciar ao meu peculiar galego, no que apostei por escrever sempre na Galiza há mais de quarenta anos, sempre me pareceu uma opção acertada para a supervivência do galego dentro e –sobretudo– fora da Galiza. Os meus amigos reintegracionistas sempre respeitaram que não dera o passo, e nunca foram ralhantes para que o fizera. Agradeci essa postura, pois sempre fui muito livre nisto, como em tudo.

O debate na web de Nós com os meus ultimos artigos, muito favorável verbo das minhas palavras, levou-me a tomar finalmente esta decisão, que este diário me faz mais doada. O câmbio para mim é polo de agora muito singelo, algumas questiões de grafia e ser ainda mais livre no vocabulário, às vezes já em conflito com a normativa oficial.

Sei que esta postura pode desgostar a alguns dos meus amigos que têm uma opção diversa do reintegracionismo; mas sei que os amigos de verdade não me vão pôr problema, respeitando a minha decisão. Contudo, sei que medrará a amizade cos amigos lusistas e aparecerão novos amigos. Bénia a todos.

Lançamento do livro 50 anos de Abril na Galiza, em Vigo

A Mesa tramitou mais de um milhar de expedientes em 2023

Areias de Portonovo, uma jornada atlântica da Galiza ao Brasil

A USC comemora os 50 anos da revolução de 25 de Abril que deu início à democracia contemporânea em Portugal

Sónia Engroba: ‘Não somos conscientes nem conhecedores do poder da nossa própria língua’

Novidades Através: 50 anos de Abril na Galiza

Lançamento do livro 50 anos de Abril na Galiza, em Vigo

A Mesa tramitou mais de um milhar de expedientes em 2023

Areias de Portonovo, uma jornada atlântica da Galiza ao Brasil

A USC comemora os 50 anos da revolução de 25 de Abril que deu início à democracia contemporânea em Portugal