O partido húngaro Jobbik, de tendência ultrarreacionária e religiosa, conseguiu que a Assembleia Municipal de Budapest aprovasse a retirada do monumento a György Lukács (1885-1971) de um parque central de Budapest, dentro de umha campanha ultra que tenciona “eliminar símbolos comunistas dos espaços públicos”.
A proposta foi apresentada por Marcell Tokody, representante dos ultras Jobbik (Movimento por uma Hungria melhor), alega que Lukacs, o mais importante filósofo húngaro de todos os tempos, “desempenhou um papel em três governos comunista”.
O partido Jobbik, filonazi, chauvinista e ultrarreligioso, propom trocar o monumento de Lukacs no Szent István Park por um outro dedicado a Santo Estevo, argumentando que Lukacs foi comunista toda a sua vida e o seu trabalho como filósofo sempre estivo ao serviço da legitimaçom do comunismo.
Para vergonha da Hungria, a Assembleia Municipal aprovou a moçom dos fascistas com 19 votos a favor, três contra e umha abstençom.
Um dos maiores filósofos da história contemporánea
é considerado um dos mais influentes filósofos do século XX, além de militante revolucionário que participou na revoluçom conselhista húngara de 1919, que só conseguiu manter um poder operário durante meses, nos quais Lukács foi responsável pola área cultural, abrindo ao conjunto do povo os museus e iniciando umha política de universalizaçom da atividade artística.
Autor desde muito novo de umha vastíssima obra filosófica e de crítica literária, dentro da qual destacam obras como: “História e consciência de classe”, “A teoria do romance”, “Reboquismo e dialética” e a monumental “Ontologia do ser social”.
O filósofo marxista húngaro mantivo posiçons críticas com determinadas orientaçons dos governos soviético e da Europa oriental, o que o levou a prisom em diversas ocasions. Contodo, nunca abandonou o chamado “campo socialista” e ficou conhecido por umha sentença que sintetiza a declaraçom de princípios a que sempre se mantivo fiel: “É pior socialismo é superior ao melhor capitalismo”.
- Texto originalmente publicado em Diario Liberdade