Eu tivem a sorte de dar com um mestre que resultou ser um pedagogo da mudança social

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Pois eu som umha dessas moças e moços que tivemos a sorte de que Bernardo se cruzasse no nosso caminho.
Sem Bernardo, eu seria outro. E, estou seguro, o Made in Galiza, O povo improvisador e tantas tantas outras das minhas palavras nunca chegariam a ter nascido.
Ainda lembro hoje Bernardo a explicar a sociolinguística de Txepetx em COU, Um futuro para o nosso passado!, a acompanhar-me com meu pai recolher o prêmio Minerva, a animar-me naquela regata de bateis, a passear com nós por Viveiro, a dar-me conselhos sobre o coraçom, a apressentar-nos no instituto o Caladinho de “Sempre Xonxa” ou aquele poeta que falava raro de “Ronseltz”, a dar exemplo sobre como construír língua desde a diversidade social, procurando aliadxs entre quem nom o parece, a abrir-me o mundo do NH com Mayombé, a surprender com Polaroid, Retorno a Tagen Ata ou a Revista Nós, entre outras muitas, muitas, muitas aventuras.
Confiou em mim, como em tantas moças e moços que hoje ainda o levamos dentro e continuamos, de muitos jeitos diferentes, a intentar mudar a realidade. A sua pedagogia será um modelo a estudar neste país no que mais gente do que pensamos sabe da importância que tem a engenharia da transformaçom social. E aí, Bernardo é um dos grandes e humildes transformadores sociais da história da Galiza.
Mais alá deste programa da TVG, que vem sendo um reconhecimento justo, carinhoso e mui pop, sempre é um bom momento para enviar um abraço, assim, público, ao meu querido professor, que tantos abraços nos deu ao longo destes anos.
Máis de Séchu Sende