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CICERONES II. Cursos aPorto 2018

Continuamos a descobrir as pessoas que vão gerir as sessões de conversa, suas preferências e planos para esta nova atividade da edição 2018 dos cursos aPorto.

Aliás, é possível encontrar mais informação das pessoas participantes  no próprio site.

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JOANA FÉLIX

Porque razão, o Porto é a “tua” cidade? O que não podes deixar de fazer, no Porto?

Quem nasceu e vive em Vila Nova dejoana-felix Gaia, como eu, não pode deixar de sentir o Porto como a sua cidade. Afinal, é como se o rio apenas separasse duas margens de uma mesma cidade: as pontes são, como diz a canção, uma passagem, pr’a outra margem. De Gaia temos as melhores vistas da cidade do Porto, aquelas dos postais. E ao atravessar a ponte nunca me senti a sair nem a entrar: sinto sempre e apenas a beleza desta cidade de granito e neblina que se entranha na alma da gente. No Porto, são minhas paragens obrigatórias os Teatros, principalmente o belo Teatro Nacional São João, a Universidade, minha Alma Mater, a baixa e suas ruas pedonais, cheias de vida e o Estádio do Dragão, essa catedral do futebol nacional, casa da minha equipa do coração, o F.C.Porto.

O que pensas fazer ou onde pensas levar, o grupo que vais gerir? À volta de quais questões imaginas que possam decorrer as conversas com esse grupo?

Rui Veloso, na sua canção Porto Sentido, diz “quem vem e atravessa o rio junto à Serra do Pilar/ vê um velho casario que se estende até ao mar”. Penso começar precisamente na Serra do Pilar para que o grupo possa absorver aquela vista fabulosa do Porto, seguindo pela ponte D. Luís até ao Teatro Nacional São João, onde podemos conversar sobre o teatro e a língua enquanto apreciamos as iguarias do Chef Rui Paula e o espumante das caves da Murganheira servidos no seu salão nobre. A partir daí, quem sabe onde a conversa nos levará…

A Galiza e o norte de Portugal, não apenas partilham fronteira, mas, também, língua e cultura. Quais achas que deveriam ser as ações para estreitar esses e outros laços?

Faz todo o sentido essa aproximação. Uma possibilidade será partindo das escolas (que na Galiza têm o Português como disciplina), levando a cabo intercâmbios entre os estudantes, os adultos do futuro. Outra ideia que me ocorre é “projectos” de teatro em conjunto, juntando língua e cultura numa abordagem artística.

 

HUGO BRITO

Porque razão, o Porto é a “tua” cidade? O que não podes deixar de fazer, no Porto?hugo-brito

O Porto tornou-se a minha cidade em 2000 após ter vindo viver para a Grande Área Metropolitana do Porto. A chegada ao Porto dá-se por motivos académicos. Assim, o que não posso deixar de fazer no Porto é estar ligado à minha atividade profissional – a música.

O que pensas fazer ou onde pensas levar, o grupo que vais gerir? À volta de quais questões imaginas que possam decorrer as conversas com esse grupo?

Penso levar o grupo a dois locais importantes ligados à música: um de formação e outro de performance – o Conservatório de Música do Porto e depois em passeio até à Casa da Música. Desconheço ainda a possibilidade de visitar as instalações de um e de outro espaço, porém, mesmo que vedadas à visita pública a Casa da Música terá sempre o Bar dos Artistas e o espaço exterior onde poderemos conversar um pouco. Imagino que as questões decorrentes dos locais em visitar serão relacionadas com a relação entre o Porto e a Música Clássica, entre a formação de jovens músicos e as oportunidades para interpretes, as dinâmicas culturais e pedagógicas que Portugal viveu e continua a viver e que são, segundo sei, bastante diferentes do que se passa pela Galiza. No fundo falar-se-à obrigatoriamente de política educativa, política cultural, história, música, dinâmicas e correntes artísticas.

A Galiza e o norte de Portugal, não apenas partilham fronteira, mas, também, língua e cultura. Quais achas que deveriam ser as ações para estreitar esses e outros laços?

Portugal e Galiza têm os laços históricos e linguísticos já conhecidos e acredito que, na verdade, ambos pertencemos ao mesmo povo numa mescla de influências difusas e que proporcionam a união destes povos irmãos. A cultura é, para mim, a arma de excelência – concretizada na música – para a aproximação. A formação de agrupamentos musicais galaico-portugueses, o estudo e disseminação dos repertórios orais e eruditos de ambos os lados da linha imaginária que o rio Minho concretiza seria um paço forte para o estreitar de laços que são já de grande admiração mutua.

 

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